fantasma do passado

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Estava tudo escuro e a gente seguia pela árvores tropeçando por coisas que não conseguiamos ver. Eu não prestava atenção em quem eu seguia, a única coisa que sei é que queria saber onde o Junior estava. Será que foi ele mesmo quem pediu socorro, eu não podia arriscar e se for apnas um alarme falso? Acho que de toda a dúvida, eu iria fazer o que fosse para tentar ajudar, mesmo se eu quebrasse a cara.

Eu acompanho os meninos quase não conguia vê-los através da escuridão, uma vez ou outra, eu via pequenas luzes pairando ao meu redor, eu até cheguei pensar que era alguma lanterna vista ao longe, mas era apenas pequenos vagalumes que voavam ao redor. Não havia nenhum barulho, pelo menos não muitos e os poucos que ouvimos eram de seres noturnos como corujas, barulho de sapos cantando ou o bater de asas de algum passaro mudando de lugar para encontrar um aconchego nas galhas das árvores.

Outro barulho era a dos nossos passos e das folhas secas que pisavamos. Junior precisava de ajuda e eu não sabia por onde começar. Será que já fizeram algum mal para ele? Eu nem percebo que meus dedos estavam cruzados, como se eu quisesse que tudo o que tive acontecendo de ruim com o Junior fosse pausado até o momento que eu chegar para salvá-lo. Como se eu fosse forte o suficiente paea isso.

- Estou tentando voltar para as barracas, onde tudo começou - disse o garoto loiro, era ele quem estava guiado todos ali. Sua voz quebrou o silêncio daquele momento de caminhada, se não soubesse que ele estava ali teria pensado que era um fantasma.

Era a única coisa que podíamos fazer naquele momento, já não fazia mais sentindo ficar nisso, se haviam pessoas estranhas soltas pela mata fazendo coisas erradas com os garotos desatentos, isso se ja nao tiverem feito. Eu não tinham noção para onde estavamos indo, mas como as barracas ficavam na direção norte da floresta, provavelmente em algum momento eles chegaríamos lá.

Então, como eu era o último da fila, fui atacado por alguém atras de mim, em questão de segundos aparecem mais outros atacantes na escuridão iminente caindo sobre a gente como se a própria escuridão tivesse revoltada. Por um momento achei que fossem ursos ou como haviam falando uma certa vez ''lobisomens", mas não era isso, eram pessoas.

Eu e o meu atacante caímos no chão escuro enquanto os outros meninos eram contidos por outros homens. Eu consegui mais uma vez me dar bem nessa luta, só que eu ouvi dois disparos e alguém caiu fazendo um barulho.

Pego minha arma e consigo dar um tiro certeiro e a pessoa que me segurava caiu no chão. Eu poderia aproveitar para ver seu rosto se ligasse a lanterna do meu celular, mas poderia perder mais tempo então apontoei a arma para os outros que estavam atacando Maxiel, Otávio e o garoto loiro, mas eles correram, entraram na floresta.

Eu corro atrás deles penso em apontar a arma e atirar mas sabia que não conseguiria me sair tão bem. Eles se perderam na floresta enqunrto eu tento voltar, só que paro no meio do caminho. Assim que viro a cabeca vejo uma especie de rocha maior do que as árvores, sera que era um morro. Eu me aproximo e vejo que ali perto tem uma passagem, era um tunel ou algo do tipo resolvo voltar para os garotos.

Pego o corpo do Maxiel que estava desacordado, será que ele foi baleado, eu não conseguia ver com toda aquela escuridão mas nao tinha muito tempo a perder precisa me esconder e usar meu celular para ligar a polícia, então resolvo levar ele até aquele tunel, depois volto para pegar o Otávio que era dez vezes mais pesado que seu namorado (eu acho que eles são namorado). E em seguida, eu retorno para pegar o loiro.

Só que ele não estava mais ali, eu tento procurar ele com mais cuidado, talvez a escuridão tenha escondido ele entre a mata. Resolvo pegar o meu celular e acender a lanterna. Para todos os lados que iluminei eu não encontrava ele.

Que estranho.

- Que saudade de você, jovem Guilherme.

Essa voz...

GAY NO EXÉRCITO (não revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora