briga por besteira

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Junior chegou no quartel em poucos minutos, comigo atrás dele com as minhas mãos em sua cintura. Devolvi o capacete para ele e passei pelo guarda e pelo portão que guardava meu trabalho. Eu entro no quartel primeiro e cumprimento a recepcionista que sempre fica ali na entrada. Percebo que Junior janestava vindo também, ele cumprimenta a garota da recepção que dá um sorriso e mais especial para Junior.

Eu espero ele e então andamos de lado a lado, ergo as sobrancelhas para ele que percebe.

— Cala a boca — disse Junior.

— Não disse nada.

— Mas me julgou com o olhar.

Damos risadas, a gente pega nossas coisas no armário e vamos juntos para o vestiario a gente se tranca em um dos box e nos beijamos por alguns minutos.

— Vejo você em poucos segundos — Junior diz me dando um último beijo.

Eu me arrasto para a ala hospitalar e vejo a Dayane conversando no telefone com alguém.

—Tem certeza que está tudo pronto?  — ela me cumprimentou quando me viu — Ótimo não se esqueça de usar as quantidades certas, se isso não sair de acordo a gente vai ter que fazer tudo de novo.

Ela desliga o telefone e me cumprimenta com um bom dia novamente. E fala sobre vários trabalhos que tinha para mim. Curioso, resolvo perguntar sobre o desaparecimento do garoto.

— Ah, estão resolvendo. — ela disse, eu e Dayane nunca tivemos uma relação cheia de conversas, mas ela era o tipo de pessoa que parava para conversar —Vai dar um rolo bem grande e acho que nos não podemos nos responsabilizar. Não estavamos aqui no quartel, pelo menos não eu, você estava mas ninguém é de pedra, acho que o mínimo que podemos fazer quando tiver um garoto aqui e trancar as portas para ninguém sair e nem entrar. Nunca houve esses problemas com a ala, nenhum garoto nunca entrou aqui sem a minha permissão.

Está última parte eu não tive que concordar, já entrei uma vez para conversar com o Junior que estava muito doente uma vez, mas não foi na má intenção, foi apenas para conversar.

— Um garoto desaparecer e algo muito estranho. — ela ainda estava falando — Fique atento em quem entra e quem sai daqui.

Ela se ergueu pegando sua bolsa.

— Bom, como você sabe não fico aqui. Ouvi dizer que você vai viajar com os garotos para ajudar, caso alguns deles se machuquem. Não se esqueça de levar uma mala com remédios adequados para a viagens como esta.

Concordo, então Dayane se retira da sala para ir para onde quer que ela sempre tem que ir. Eu organizo duas malas repletas de remédios e curativos e coisas que podem ajudar os garotos que tenho total certeza que vão se machucar. Quando finalizo, saio da sala para ver o que Junior estava aprontando com os garotos.

Vejo alguns garotos passarem por mim com suas mochilas enormes nas costas, todos eles pareciam empolgado para a viagem.

— Será que eles vão nos dar armas? — pergunta um.

— Cara, não sei, mas eu quero muito e vou até tirar umas fotos para postar no meu instagram.

— Acho que vamos, e provavelmente vamos até ganhar facas, uma vez que vamos estar em uma floresta.

—Vocês sabem o que a gente vai fazer lá mesmo? — perguntou um garoto magricela.

— Comandante Junior não disse ainda.

Todos os garotos se organizaram em várias filas para ouvir o que Junior tinha a dizer antes de entrar no ônibus que já estava passando pelo portão e fazendo uma manobrar ficar por perto. Vários outros caras com armas se aproximavam do ônibus, acredito que eles estão querendo dar uma certa segurança no quartel.

GAY NO EXÉRCITO (não revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora