um plano perdido

396 38 2
                                    

-Espera - disse Maicon no meio do caminho - deixar eu descansar um pouco.

Soltei ele para que pudesse descansar. De onde nos encontrávamos dava para ver a casa estranha de longe. Fiquei olhando para ela com curiosidade.

Maicon percebeu meu olhar.

- Vamos dar uma olhada nessa casa? - ele disse observando a casa com interesse. - talvez a gente possa pedir ajuda a alguém.

Concordei com um aceno. Ajudei ele a seguir em direção a casa. A medida que nos aproximavamos percebia que não era de fato uma casa, lembrava um posto de saúde, apesar de ainda não ter encontrado as portas de entradas.

- Como vamos entrar ou chamar alguém, não tem janelas ou portas - eu disse para Maicon, afinal foi ele quem deu a ideia de ir até ali.

- Não sei, vamos pular essas grades - Maicon começou a pôr as mãos em lugares específicos para se apoiar.

- Você está louco! Está ferido, e nem sabemos de quem é essa casa.

- Não importa, vamos.

Sacudi a cabeça com desaprovação mas segui ele. Depois de muita dificuldade conseguimos passar para o outro lado. Agora, Maicon caminhava com agilidade como se subir a grades tivesse lhe dado forças. Observei o local, de fato não havia portas em nenhum lugar e nem mesmo as grades que envolvia aquele lugar parecia ter uma passagem. Que estranho.

Maicon caminhava a frente observando as coisas a procura de algo que eu não sabia. Enquanto eu olhava em volta.

- Veja o que eu achei! - Exclamou Maicon.

Corri para ver o que se tratava. Ao me aproxima vi uma tampa de madeira coberta de grama. Ela tampava um estranho poço.

- Vamos pular lá dentro.

Agora ele estava passando dos limites, apesar do poço não ser tão fundo não acreditava que Maicon se daria bem caindo naquele lugar, era perigoso.

- Não mesmo. - eu disse.

- A para de ser medroso! - Maicon me empurrou dentro do posso.

Eu me estatelei no local a tempo de me erguer com ódio e xingar aquele maldito infeliz que foi baleado.

- Você está louco, desgraçado! QUASE ME MATA!

- Vê o que tem aí - disse Maicon com agitação ignorando meus insultos.

De fato havia algo no final do paço, uma portinhola na parede. Com curiosidade eu entrei naquele local agachado, era uma espécie de túnel. Será que ele daria no lugar que eu estava pensando...

Ouvi um barulho atrás de mim, Maicon pulou também, ele soltou um gemido.

- Você está bem?  - perguntei no meio do trajeto.

- Estou de boa, relaxa.

Continuei engatinhando. Então quando cheguei ao fim do estreito túnel eu estava em uma enorme sala. E para meu horror vi Paulo, Marcelo, Elias,  William e vários outros garotos no chão, todos estavam desacordado. E não parou por aí, próximo a eles estava Quintamante e Júlio apontando uma arma para mim.

Eu me virei para fugir, e Maicon estava no meu caminho.

- Vamos sair daqui é uma emboscada!

Mas...Maicon permaneceu calado me encarando. Não havia sofrimento de dor por conta dos machucados, invés disso havia um sorriso.

- Muito bom, saldado Maicon você trouxe Guilherme para nós. - disse Quintamante atrás de mim - de acordo com o nosso plano.

Me virei para Quintamante e engoli em seco. Maicon não estava do meu lado.

GAY NO EXÉRCITO (não revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora