uma briga e uma proposta

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No dia seguinte, retornamos ao trabalho. Júnior estava decidido a ir comigo em um uber o que me fez levantar suspeitas de que ele queria deixar claro que estava tudo bem entre nós.

Ao chegarmos no Exército, seguimos para nossos respectivos setores. Antes, seguimos ao vestiário dos funcionários em uma desculpa, acredito eu, para termos mais um momento juntos.

Júnior se vestia com suas roupas do exército e eu como minhas roupas da ala hospitalar.

- Ainda acho que existe um problema com você - ele disse de repente.

Provavelmente estava falando sobre o sexo que tivemos a uns dias atrás quando me lembrei do Quintamante.

- Quando vai me contar? - ele perguntou com um ar de "você é obrigado a me falar".

Pensei em ficar calado, se caso dissesse algo que pudesse mostrar que talvez não existisse, mostraria o contrario disso.

- Quando eu tiver preparado, eu prometo que conto a você, juro - digo.

Nós dois estávamos em boxes lado a lado. Júnior saiu do box dele e entrou no meu sem avisar.

- Júnior! - exclamo só de cueca e camisa branca.

- Cala a boca.

Ele me empurra contra a parede e me beija. Encaro ele quando nossos lábios se separam.

- Você poderia ter me beijado em casa - digo ficando excitado.

- Não teria a mesma graça.  Agora vamos trabalhar e mostrar que somos decentes.

- Vamos, sai do meu box.

Ele se retira apressado e fecha porta comigo dentro, ouço ele dizer:

- Já vou indo, beleza.

- Ok, bom trabalho.

Ele sai enquanto me organizo para sair em seguida.

Quinze minutos depois estou na ala hospitalar. Como havia imaginado, o trabalho duro vinha logo em seguida.

Ao que parece um jovem se machucou correndo pela noite escura dos corredores.

- Isso é definitivamente errado - disse Dayane ao garoto. - não pode andar pela noite no quartel.

- Mas eu precisava ir ao banheiro.

- Correndo?

- É...bom...

Eu estava limpando o ferimento nele enquanto ouvia. Isso decididamente me lembrava das minhas noites com Júnior, eu poderia comentar mas não queria entregar um segredo meu e do Júnior.

- Pronto - disse - consegue andar?

Ele pulou a maca e gemeu de dor.

- Nossa, sem chances, está doendo muito!  - ele exclamou.

- Bom, isso significa que treinos para você não,  não é mesmo?

O garoto deu um sorriso de orelha a orelha.

- Vou preparar um atestado para você de três dias. - disse Dayane, acompanhei ela para aprender a preparar atestado. Ela me explicou tudo.

Os momentos seguintes foram bem entediantes mas logo veio o almoço, Dayane não pôde ficar pois foi chamada para resolver um problema em uma clínica a poucos metros de distância daqui. Eu tirei meu jaleco e me encaminhei para o refeitório dos garotos mais uma vez. Para minha surpresa Júnior, Paulo e Marcelo estavam lá juntos com a recepcionista e o garoto que eu me esqueci o nome.

Em outras mesas encontrava-se vários garotos esfomeados graças ao treino pesados que tiveram.

Júnior me lançou um olhar de "senta perto de mim" eu fiz uma confirmação mínima e fui pegar meu prato.

GAY NO EXÉRCITO (não revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora