fracasso no plano de ficar longe

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Por incrível que pareça, eu tinha que dormir no quartel. Isso porque os meninos tinha que passar por um grande treinamento na floresta posto por Junior e a equipe dele. Não entedi muito bem o motivo pela qual eu deveria estar incluso nesta lista para trabalhar na madrugada.

— Foi aquele jovem chamado Junior que decidiu que você deveria vim caso alguém se machucasse no momento do treinamneto. — foi o que Dayane me disse, ela não ficava muito tempo na ala hospitalar comigo, o que era muito ruim pois eu definitivamente precisava dela em alguns momentos.

Eu tentei não revirar os olhos quando ela falou o nome do Junior.

— Bom, seja como for esse treinamento, espero que ninguém se machuque. — ela disse pegando a bolsa, eu até sabia o que ela iria falar neste exato momento — eu preciso ir para o a ala hospitalar aqui perto, você pode tomar conta de tudo?

Eu concordei enquanto clicava em alguns documentos que separei em uma pasta no computador que costumo a mexer.

— Certo, eu já estou indou. Bom trabalho para você. — ela disse abrindo a porta e saindo.

Quando Dayane saiu, depois de uns dez minutos, o garoto chamado Alessandro entrou.

— Opa! — ele me cumprimenta ao fechar a porta.

—E aí — respondo.

Ele estava usando o uniforme do exército dele. Deixando-o mais atraente do que ele costuma a ser com roupas normais.

— Está afim de sair para meu apartmento qualquer dias desses? — ele disse.

Em seu olhar havia um leve ar de ''você sabe o que vai acontecer quando for para minha casa''.

— Pode ser — digo. — O que vai rolar, posso levar alguma coisa pra gente beber ou comer?

— 'Tó bem afinzão de fuder um cu, mas se quiser leva algo pra misturar com uísque que tenho na minha geladeira.

Eu fiquei meio desconexo quando ele disse ''fuder um cu'', mas eu não era nenhum santo. Dei um sorriso e confirmei. Quando ele se retirou da sala eu poderia jurar que vi um volume na calça dele.

Depois do almoço, as horas foram se arrastando. Ao que parece, Junior reformulou o treinamento desse ano. Ele disse que teria dois cabos, que seriam os idiotas do Marcelo e o Paulo, fazendo o manitoramneto por fora da floresta. Se caso desse algo de errado como: acidentes, ou os garotos sairem misteriosamente para uma festa clandestina (essa parte eu tenho certeza que ele pensou nas festas que faziam quando nós estava nos treinamentos). Eu, estaria disponível com os  primeiros socorros para ajudar em qualquer problema que podesse acontecer com algum deles.

Quando o momento chegou, todos os garotos estavam bem uniformizados com bolsas e alguns acessórios. Junior, como era o principal representante tinha que iniciar com algumas falas importantes.

— Não será permitido nenhum tipo de brincadeira sem graça, está me ouvido Camargo? — disse Junior referindo-se a um garoto que parecia mais empolgado do que todos ali.

— Estou, senhor Conto.

— Certo, agora quero que vocês fiquem todos preparados. Os grupos já estão todos organizados?Ótimo, bom senhores, agora dividam-se em seus grupos criados por vocês mesmo. Opitei em fazer isso para voês aprenderem alguma coisa com os seus colegas, seja de quarto ou desde o proprio quartel. Agora, vocês estão prontos?!

— ESTAMOS! — Os garotos responderam em uníssono.

Em seguida, eles se dividiram em quatros grupos em diversas direcões da floresta. Fiquei observando eles me lembrando do tempo em que eu e os outros iamos para a floresta. Dei uma risada ao me lembrar de Paulo e Marcelo, e é claro, Mike. Saudades dele.

— O que você está pensando? — era Junior, ele surgiu tão de repente que eu poderia ter jurado que ele surgiu do chão ao meu lado.

— Estava aqui pensando no meu tempo aqui, com todos aqueles garotos idiotas. Mike e... tudo o que aconteceu.  — Continuei observando a floresta como se observar ela podesse me fazer  voltar naquela época louca.

Não percebi a tempo, mas Junior estava me observando, antes de falar alguma coisa.

— Faziamos coisas erradas juntos, lembra?

Ele provavelmente estava falando das noites que transavamos no banheiro. Dei uma leve risada.

— Até quando vai durar esse treinamento? — pergunto querendo mudar de assunto.

— Até o amanhecer. Por quê? — disse.

— Quero que isso acabe logo — respondo com um suspiro.

Eu me afasto do Junior intencionalmente. Era definitivamente chato ficar esperando algum dos garotos se machucar, o que na minha sincera opinião seria bem difícil de acontecer. Os terrenos do quartel estavam bem diferentes, como eu havia observado; os ultimos meses trabalhando aqui me fizeram ficar mais dentro da ala hospitalar do que fora. Observo atentamente a enorme quadra improvisada que eles criaram para os treinos. Resolvo entrar nela.

Senti que o local pareceu bem masculino, não que isso fosse um problema ou coisa do tipo, mas aquele local estava distante de mim. Havia umas arquibancadas feitas de madeira a um canto, o local parecia um campo de futebol, mas havia alguns instrumentos de treinos.

— O que você está fazendo aqui?

Era Júnior novamente. É sério que ele estava me seguindo. Qual era a intenção dele?

— Estava curioso para ver essa quadra. Não  tinha uma no nosso tempo. Agora ficou bem legal. — disse observando o local ao redor.

Junior caminhou ao meu redor, senti como se ele flutuasse, como se...como se andar ao meu redor fosse a coisa que ele mais queria fazer. Ele, vestido com aquelas roupas do exército deixava ele muito excitante. Droga, por que fui pensar em algo sexy em relação ao Junior, quando eu  e ele estamos a sós aqui.

— Por que você está fazendo isso comigo? — ele perguntou de repente.

— Isso o quê? — perguntei mesmo sabendo do que se tratava.

Junior se aproximou de mim.

— De ficar me evitando, de simplesmente decidir que o que tivemos não significa nada.

— Em nenhum momento eu disse que o que tivemos nunca significou nada. Pelo contrario, sempre significou; você sabe disso. — respondi começando a senti minha garganta ficando seca.

— Então decide me evitar, sai do nosso apartamento, sem motivos?

Sem motivos!? Ai meu Deus, ele esqueceu que transou com aquela garota que eu não me lembro o nome. E eu também chupei aquele outro cara. Então, sinto que estávamos quites. Não era um julgamento,  não tínhamos nada antes, e nem agora, e esta tudo bem para mim.

Droga, porque será que eu não falo isso para ele, são só palavras? Que machucam, deve ser por isso.

— Junior,  não vamos começar um briga aqui, por favor. Estamos em hora de trabalho.

— E quem disse que eu quero brigar...hein.

Eu não sabia que ele iria fazer isso, ele me puxou e me beijou. Eu precisaria de apenas um motivo para me entregar aos beijos dele, e tudo estava perdido para mim, e está aí: dias me convencendo de que ele significado nada para mim foi por água abaixo. Aquele planinho de manter Junior longe de mim, acabou ali. Eu estava me entregando aos beijos dele.

— Vamos para tras daquelas arquibancadas — ele disse, eu poderia dizer não já que meus lábios não estavam colados no dele, mas o seu pau estava duro e de lado. Forçando o meu, que também estava duro.

Concordei e agarrei a mão dele e deixei que me guiasse para a arquibancadas para qualquer lugar.

GAY NO EXÉRCITO (não revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora