as baterias

640 47 7
                                    

Quando saímos do banheiro.  Junior e eu resolvemos tomar um banho. Para não brincarmos com a sorte, eu fui banhar primeiro e Júnior logo em seguida.

Depois disso fomos dormir.

O nosso último dia de folga foi excepcionalmente incrível. Aproveitamos para conversar descansar. E eu troquei mais algumas mensagens com minha família.  Até meu pai me mandou mensagem, mas de alguma forma eu sentia que nossa relação da minha parte estava estranha. Quero dizer, ele estava bastante empolgado e animado em saber que filho dele estava no exército, disse que isso abriria diversas portas para mim. Pior que eu estava começando gostat do exército.

Não por causa do Júnior, eu estava gostando daquela energia caótica que eu consegui obter ali, mesmo sabendo que existia preconceito contra a minha sexualidade eu sabia que eles não eram capazes de falar algo comigo.

Exceto, Julio e seus companheiros. Não sei por que ,mas sinto que ele falou algo que me deixou preocupado. Certa vez , eu me tranquei em um dos boxes e sentei no vaso para mexer no celular. Quando Júlio e dois de seus amigos apareceram, um se chamava Douglas e o outro Francis.

- Senti um cheiro forte de perfume e essência de narguilé...

Ele estava comentando com um dos amigos deles. Os garotos caíram na gargalhada.

- Você já provou narguilé, Julio? - perguntou Douglas, ele tinha uma voz fina e levemente irritante.

Aparentemente a pergunta atraiu a atenção de Júlio que disse.

- Várias vezes, é  por isso que achei o cheiro conhecido.

- Ouvi dizer que um dos saldados do quarto ao nosso lado mora aqui perto.

- Legal. Vamos da o fora daqui.

Eles continuaram a conversar enquanto se retiravam do banheiro.  Eu fiquei completamente preocupado. Foi nesse momento que eu resolvi chamar Mike e o William.

Contei o que ouvi para eles, mas para minha surpresa eles não ficaram assustados ou preocupados.

- De fato não tem só eu que moro por aqui, beleza - respondeu William, de um jeito nerd, pareciam ainda carregar alguns vestígios da ressaca.

- Mas...

- Gui...relaxa, eles não vão descobrir - me interrompeu Mike.

Tudo bem. Resolvi deixar isso para outro plano. Tinha mais o que me preocupar. Aparentemente a minha vida estava começando a se resumir em xeretar a coisas que parecem levemente suspeitas.

Ainda tinha uma estranha impressão que aqueles números e baterias e tudo mais tinha uma estranheza por trás. E para me deixar mais curioso, ouvi sem querer (mais uma vez) dois funcionários vestidos de cinza empurrar dois enormes carrinhos por um corredor que leva a direção sul do Quartel,  nunca passei por essa direção.

Eles conversavam e o assunto foi que me chamou atenção.

- Esses carrinhos de roupa sujas estão aqui a cinco dias. Precisamos levar para a lavanderia local.

De acordo com meus cálculos. Cinco dias batia de acordo com o dia que voltei daquela primeira missão,  isso significava que minha roupa estava ali. E se eu conseguisse encontrar, poderia encontrar as misteriosas baterias que encontrei na minha bolsa e do Mike.

Sem pensar, aproveitando o último dia de folga, acompanhei os dois homens pele enorme corredor que serpenteva por outras direções desconhecidas. O quartel era enorme e a prova estava nessa minha exploração.

Eu me escondi atrás de uma enorme caixa de lixo quando os dois homens deixam os dois enormes carrinhos de roupas sujas encostadas na parede.

Então eu esperei,  e eles viram na minha direção. Senti uma estranha aflição de que eles iriam me encontrar. Se fizessem isso poderia inventar que precisava procurar um objeto que esqueci nas minhas roupas. Mas para minha valiosa sorte, eles passaram por mim conversando assuntos de interesse deles.

GAY NO EXÉRCITO (não revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora