Final do fim.

46.

Brunna: Ludmilla. Você é muito vacilona, otária! — digo assim que ela atende o celular.

Ludmilla: Oi amor, tô com saudades também. — diz irônica e eu dou risada.

Brunna: Saudades gatinha. Quando é que aquele corno vai por você pra jogar? — ela gargalhou.

Ludmilla: Ele deve me colocar ao decorrer de algum jogo.

Brunna: Espero que ele te coloque hoje, quero ver você marcar um gol importante. — dou um sorriso, e tenho certeza que ela tá sorrindo também.

Ludmilla: Não precisa se preocupar, eu vou fazer, na final talvez. — riu.

Brunna: Gol na final é a sua especialidade. — riu. — Ah, quase ia me esquecendo. — falo ajeitando o celular no ouvido. — Como é que você não me fala que o Gerson vai se mudar?! Eu tive que descobrir isso pelo instagram, você e ele são dois vacilão!

Ludmilla: Não acredito, você ia brigar comigo por causa disso?

Brunna: Sim! — escuto ela gargalhar.

Ludmilla: Eu não sei se podia comentar isso com você, amor. — diz calma. — Poderia não dá certo e ele ficar.

Brunna: Ele nem comentou nada.

Ludmilla: Acho que ele queria fazer uma surpresa, mas a notícia vazou. — diz e eu escuto o Marcos fechar a porta e entrar com os cachorros.

Brunna: Hum. Mas mesmo assim, não pode deixar os amigos ficarem sabendo por rede social.

Ludmilla: Concordo com você Bru, mas foi uma decisão dele. — o Calleb e o Sushi correm na minha direção e eu sorri-o fazendo carinho neles. — Amor, eu vou ter que desligar agora, já estamos indo pra concentração.

Brunna: Tá certo, amor. Avisa para esse treinadorzinho por você pra jogar. — ela ri. — Tô falando sério. Convocou você pra deixar no banco? Sacanagem isso ai.

Ludmilla: Uma hora ele coloca, amor. — faço carinho no Calleb. — Vou ter que desligar agora, eu te amo. — sorri-o.

Brunna: Também te amo, boa sorte! — desligo a chamada, e vejo o Marcos me olhando com um sorrisinho.

Marcos: Eca, você e a mulher gol me dão vontade de namorar. — diz e eu gargalho.

•••

Combinei de assistir a semifinal entre Brasil x Peru em um barzinho no Leblon com o Marcos, a Lulu, Júlia e a Hanna. Antes de sair da cobertura mandei uma mensagem para o Gerson desejando sucesso no seu novo clube, e aproveitei para avisar as meninas que já estava saindo de casa junto com o Marcos e a Luane.

Quando chegamos no barzinho já tinha uma boa galera sentada na frente, fui parada para tirar foto, mas logo entrei e achei a Júlia e a Hanna sentadas em uma mesa com vista direta a televisão, que passava o Pre-jogo.
Cumprimentei as meninas e sentamos na mesa, fizemos os nossos pedidos.

Júlia: Será que hoje a Dayane e a Lud jogam hoje?

Brunna: Ai, Ju. Espero que o corno daquele treinador coloque viu. — riram.

Hanna: Elas estão desfalcando o Flamengo, e nem jogando estão.

Luane: Verdade, viu. Eu só queria que a minha irmã metesse um hat-trick nessa seleção ai, para ver se o pessoal para de falar da minha irmã.

Marcos: Ah, minha linda. Sua irmã pode fazer mil gols em uma partida, as pessoas vão sempre achar uma coisa para implicar com ela. — deu um gole na sua bebida e a Luane concordou.

Tiramos algumas fotos, gravamos alguns stories, mas logo escutamos a voz do narrador anunciando o começo da partida. E mais uma
vez e surpreendendo total de zero pessoas Ludmilla e a Dayane começam a partida no banco.

O primeiro tempo foi morto, o Brasil atacava mas a bola parecia não querer entrar, a seleção peruana apertou um pouco nos últimos minutos. Logo começou o segundo tempo, e aos onze minutos, em uma tabela entre Paquetá e Neymar, sai o gol do Brasil. Mas como alegria de brasileiro dura pouco, em uma dividida do Gabriel Jesus com um jogador peruano onde ele acertou o jogador no rosto, acaba sendo expulso.

Luane: Se fosse a minha irmã ela não teria feito isso.

Marcos: Mas não foi intencional, Lulu.

Luane: Não importa, agora vai ficar mais difícil para o Brasil.

O jogo acabou, e como de costume a Ludmilla e nem a Dayane entraram no jogo. Fiquei tão chateada com alguns comentários que li no twitter que eu achei melhor nem continuar lendo, a Luane xingava só de escutar alguém falar mal da irmã, mas ficava radiante quando alguém soltava " Ludmilla é melhor que Gabriel Jejum" ou "Sacanagem ela ser reserva nessa seleção".