Chego no local do ensaio e encontro o Marcos na frente, nos abraçamos e ele me guia até o camarim. O maquiador começa a fazer a minha maquiagem, e a outra pessoal começa a separar os biquínis que eu iria usar.
Termino de me arrumar, e vou para onde o Renatinho e a Lia estão.
Renatinho: Uau! — diz assim que apareço na sua frente.
Lia: Esse biquíni ficou lindo em você, Bru. — sorri-o para ela e me posiciono no lugar indicado.
•••
Saímos do local do ensaio e combinamos de ir no mesmo barzinho que fomos nos primeiros ensaios. O Marcos foi o caminho inteiro cantando os funks da sua playlist, comentei com ele sobre a Ludmilla querer que eu fosse ir morar com ela.
Marcos: Você é tão burra, Brunna! — reviro os olhos. — Tá na cara que aquela mulher tá de quatro por você.
Brunna: Ai, mana. Eu tenho medo, tá bom?
Marcos: Medo do que?
Brunna: Eu não sei exatamente, mas eu sinto medo. — o Marcos respira fundo e olha para mim.
Marcos: Você diz tanto sobre não olhar o passado e focar somente no futuro, que nem se deu conta que o seu futuro é aqui ao lado da Ludmilla. — estaciono o carro atrás do veículo do Renatinho e olho para o Marcos.
Brunna: Eu vou pensar sobre isso, tá legal?
Marcos: Você vai é aceitar isso sim. — ele gargalha e abre a porta do carro.
Entro no barzinho, o Renatinho e a Lia pediram logo um shot para iniciar a noite. Mas não pretendia passar muito tempo aqui, pelo o que o conheço da Lud, ela deve ter acabado de chegar do treino e andando de um lado para o outro esperando eu entrar naquela cobertura.
Mas tudo indica que a noite será longa, e que daqui a pouco ela deve encher o meu celular de mensagem perguntando onde estou e com quem. Sentei no balcão e pedi um martini. Enquanto aguardava troquei breves mensagens com a Juliana.
O Barman me entrega um drink de limão, e eu recuso.
Brunna: Eu não pedi isso. — digo alto.
— Foi um rapaz que mandou entregar. — dei risada confusa e dou um gole na bebida.
Brunna: Deve ter sido um engano. — o barman deu de ombros.
— Vai querer o martini ainda?
Brunna: Não, obrigada.
Olho atenta a todos os homens ao redor e não consigo identificar ninguém conhecido. Lia começa a me chamar, mas eu ignoro vendo assim que meu olhar se encontra com o do Pedro, ele acena e se aproxima.
Tento sair dali e fingir que não avistei para não dar problema entre eu e a Ludmilla, mas assim que me levanto sinto uma mão firme tocar no meu pulso.
Pedro: Oi...— ele me solta vendo a minha indignação, dou passos para trás, mas ele se aproxima.
Brunna: Pedro, acho que você entendeu as coisas de forma errada.
Pedro: Ahn? Como assim? Não gostou do drink?
Brunna: Sim...Mas eu acho que você confundiu a nossa relação. — ele ri irônico.
Pedro: Voltou com a Oliveira mesmo, não é? — assinto e ele ri novamente. — Você vai ser feita de trouxa de novo Brunna, não aprende isso nunca? — respiro fundo e quando ia abrir a minha boca para dar um boa resposta ao meu suposto amigo sinto alguém tocar no meu ombro.
Marcos: Tô atrapalhando em alguma coisa? — pergunta olhando para o Pedro.
Brunna: Não amigo. Vamos dançar? — puxo ele para uma pista que tinha lá e começamos a dançar.
Marcos: Vou pegar uma bebida, vai querer?
Brunna: Não, obrigada.
Marcos: Tá bem? Você tá pálida.
Brunna: Minha pressão caiu, eu acho. — minha visão fica turva.
O Marcos me guia até uma das cadeiras do balcão e pede uma água para mim e eu tento respirar fundo.
Lia: Você quer ir ao hospital?
Brunna: Não..— sinto meu estômago revirar e uma forte dor. — Eu vou ficar bem, Marcos me leva para casa, por favor.
Marcos: Levo. Mas bebe um pouco dessa água. — me entrega a garrafa e eu dou um gole.
Me disperso da Lia e do Renatinho, e o Marcos me leva até o carro. Antes de entrarmos no carro escuto o Pedro me chamar.
Pedro: Brunna! Acho que temos que conversar. — respiro impaciente e olho para o Marcos.
Marcos: Pedro, agora não é uma boa hora.
Pedro: Não é uma boa hora? — ri sem humor. — Nunca existe uma boa hora. Bru, eu realmente preciso conversar com você, te fazer enxergar que a Ludmilla não é a pessoa certa para você. — sinto uma forte de no estômago, levo minhas mãos até ela e olho apreensiva para o Marcos.
Marcos: Pedro, não sei se você percebeu mas a Brunna aqui tá passando mal e provavelmente nem deve tá prestando atenção no que você falou. — diz me ajudando a entrar no carro e fecha a porta. — Depois vocês conversam. — ele entra no carro e dá partida.
Olho o meu celular e vejo que tem várias mensagens e ligações da Ludmilla.
WHATSAPP:
Amor
Ei
Já tá chegando?
Ou, me responde pô
Atende essa porra Brunna
Tô preocupado aqui
Brunna, pelo amor de Deus.???
Glória! Tá viva!
Ela envia mais mensagens mas eu n respondo. O porteiro abre o portão da garagem, e o Marcos me ajuda a entrar no elevador.
Ao abrir a porta ela me encara da cabeça aos pés, e nem preciso dizer para ela sacar que eu não estou nem um pouco bem.
Ludmilla: Por que não me atendeu? — diz dando espaço para eu entrar.
Marcos: Lud, agora não.
Brunna: Não vi suas ligações, me celular tava na bolsa.
Ludmilla: Você tá bem?
Brunna: Não, eu quero vomitar.
Ludmilla: Sua cara tá horrível.
Brunna: Obrigada. — sorri sem humor e ela ri
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Final do fim.
FanfictionOs planos de Brunna era evitar qualquer reencontro com Ludmilla, afinal é sempre bom evitar aquilo que um dia te fez mal. Mas como nem tudo são flores, Brunna terá que voltar ao Rio de Janeiro depois de dois anos para a festa de aniversário do seu a...