Ficamos agarradas na cama por um tempo, ela estava sentindo muita dor, então dei um analgésico para ela e não demorou muito para ela cair no sono.
Ela ficou na posição fetal, toda enrolada, não conseguia dormir por conta da preocupação com ela.
Quando finalmente caio no sono, escuto a Brunna gritar. Levanto da cama assustada, olho para o lado e vejo que ela não está, percebo que a luz do banheiro está ligada e escuto ela gritar o meu nome.
Corro desesperada até o banheiro e ela está sentada na privada e sua calcinha no chão com muito sangue. Ela está chorando e apertando a barriga.
Ludmilla: O que aconteceu? Está sentindo dor? — pergunto entrando em desespero. Tô tremendo de nervoso e sinto um nó na minha garganta.
Brunna: Tá doendo muito. Você tem que me levar no hospital agora, Ludmilla! — ela tenta se levantar, suas pernas estão sujas de sangue.
Seguro ela no colo e levo até a cama, procuro a chave do carro e pego a sua bolsa com os documentos. Visto uma blusa e bermuda, pego ela no colo, e vejo o Marcos na sala assustando com os cachorros latindo.
Marcos: O que tá acontecendo? — vem na minha direção.
Ludmilla: Toma a bolsa dela, chama o elevador e vamos comigo para o hospital.
Ainda com a Brunna no colo entro no elevador.
Demos entrada no hospital, e ela é levada em uma maca enquanto eu faço o registro dela na recepção. Entrego todos os documentos, eu ainda tremia.
Marcos vem até mim com um celular na mão, ela me entrega o celular e eu olho pra ele sem entender, e ele faz sinal para eu olhar a tela e vejo a minha sogra com uma expressão de preocupação.
Mirian: Cadê ela? Cadê ela Ludmilla? — minha sogra diz desesperada.
Ludmilla: Eu não sei... Levaram ela em uma maca... Eu tô entrando em desespero Mia.
Mirian: Querida, vai ficar tudo bem. Eu vou avisar ao pai dela, qualquer informação você pede para o Marcos passar para mim.
Ludmilla: Sim. Sim. — pego o meu celular para ver o horário e vejo que já se passam das duas da madrugada.
Abro meus olhos lentamente e enxergo o Marcos conversando com a Ludmilla e um médico.
Brunna: Ludmilla? — os três olham para mim.
Vejo os olhinhos da Ludmilla se encherem de lágrimas, ela vem até mim e segura minha mão e da um beijo em minha testa.
Brunna: O que aconteceu? Eu tô alguma coisa séria? Eu vou morrer? — pergunto e o médico nega. — E o que foi?
— Por conta da perda de sangue você teve uma desidratação e as dores abdominais que você sentiu foram caudadas por um aborto espontâneo. — olho assustada para a Ludmilla que segura forte a minha mão. — Eu sinto muito, isso é comum acontece com mulheres gravidas de até vinte semanas, no seu caso quatro. — foi impossível conter as lágrimas que caiam pelo meu rosto. Eu sempre quis ter filhos, não agora, mas sempre quis.
Eu não conseguia mais escutar nada que o médico falava, minha mente ainda processava tudo que tinha acontecido, tudo que eu queria agora era a minha mãe aqui.
Brunna: Vou poder ter filhos novamente?
— Com tratamento e orientação médicas, você pode tentar em pelo menos três meses. Mas a probabilidade de sofrer um aborto espontâneo é alta.
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Final do fim.
FanfictionOs planos de Brunna era evitar qualquer reencontro com Ludmilla, afinal é sempre bom evitar aquilo que um dia te fez mal. Mas como nem tudo são flores, Brunna terá que voltar ao Rio de Janeiro depois de dois anos para a festa de aniversário do seu a...