Final do fim.

2.

É incrível como Rio me faz bem, é surreal a vibe dessa cidade! Senti tanta falta daqui, principalmente dos meus amigos.

Eu e a Ju somos amigas desde que me entendo por gente, os meus pais são como pais pra ela e virse - versa. Foi ela que me arrastou para o Rio, quando começou a "ficar sério" com o Matheus.

Apesar de tudo, foi uma época tão boa, mentiria para mim mesmo se falasse que não sinto falta. Eu sinto! E Muita!

Arrascaeta: Por que não me contou que estava vindo para o Rio? — perguntou, me tirando dos meus pensamentos — Pensei fossemos amigos... — ri do drama.

Brunna: Para né. Você nem me disse que tinha terminado com a Camila, fiquei sabendo pela Juliana. — sorriu.

Arrascaeta: Não sabia se iria receber a devida atenção — gargalhei e bati em seu ombro.

Brunna: Pare de drama,Uruguaio! — riu — Você sabe que eu sempre vou te dar atenção — ele fez biquinho e um coração. — Agora, me conta.

Arrascaeta: Não dava mais cierto, Bru. Infelizmente, caímos na rotina... E você sabe, acabamos nós desentendendo. — passou a mão no cabelo.

Brunna: Eu entendo. — suspirei — E como você ficou?

Arrascaeta: Fiquei muito mal, foram sete anos juntos, Bru, não sete meses.

Brunna: Agora é vida que segue. — percebi o desconforto dele.

Arrascaeta: É, né. Mas e aí, tá preparada pra rever o... pessoal.

Brunna: Você fala como se eu tivesse passado dez anos fora. — gargalhou — Eu só voltei a morar em São Paulo, cara, aqui no ladinho.

Arrascaeta: É, mas demorou dois anos para vim visitar o Rio.

Brunna: Na verdade, já tinha voltado para o Rio outras vezes, só não avisei a vocês. — senti uma almofada sendo jogada na minha cara.

Arrascaeta: Falsa! — gargalhei.

Juliana: Eu tenho certeza que o papo deve estar bom, mas se você não se importa, eu preciso matar a saudade da MINHA melhor amiga! — o uruguaio deu língua pra ela, que respondeu mostrando o dedo no meio.

Arrascaeta: Matar a saudade? Você eres outra falsa. — A Ju colocou a mão no peito fingindo estar indignada.

Juliana: Por que eu sou falsa?

Arrascaeta: Porque você é. — ela revirou os olhos e se jogou entre nos.

Brunna: Cadê o inútil do seu noivo?

Juliana: Foi resolver alguma coisa da festa — pegou o controle colocando na Netflix. — Por que você não faz um brigadeiro para nos, Uruguaio?

Arrascaeta: Tenho cara de empregado? — fez cara de deboche, e eu gargalhei.

Juliana: Larga de graça. Vai logo! — gargalhou.

Eu não me lembro em qual momento da série eu dormi, só me lembro acordar com alguém berrando no meu ouvido.

Juliana: Glória! Já ia pedir pro Arrasca te jogar na piscina. — eu me sentei no sofá ainda sonolenta, olhei para Ju e estranhei ela já estava quase toda arrumada.

Brunna: São que horas? — arqueei a sobrancelha.

Juliana: São quase oito e meia da noite, Bru. — arregalei meus olhos surpresa, e me levantei do sofá.

Brunna: A gente vai se atrasar. — ela revirou olhos impaciente.

Juliana: Então, vai se arrumar lerda!

Subi para o quarto na maior lerdeza do mundo. Tomei um banho um pouco demorado.

Eu tenho quase certeza que a Juliana, tá querendo me matar.

Sequei o meu cabelo, e fiz uma maquiagem reboco, peguei a mala e tirei a roupa que tinha escolhido e me vesti, coloquei um salto fino, dei uma última arrumada no cabelo e desci.

Arrascaeta: Ô Glória! — colocou as mãos para o alto e eu gargalhei.

Juliana: A gente quase te deixava — olhou o celular — o Matheus não para de mandar mensagem, vamos.

Antes de irmos para a festa, fizemos uma sessão de fotos... Como sempre!

Fomos o caminho inteiro cantando alguns funks que tinha na playlist do Arrasca. Vou te dizer, eu sabia que ele tinha mudado, mas não tanto assim!

Chegamos na festa, e como em toda festa de famoso, tinha os jornalistas de fofoca na porta. Paramos para que nos fotografassem, mas logo entramos.

Juliana: O Matheus tá perto do barzinho, vem. — me puxou.

Assim que nos aproximamos, eu gelei.

Eu sabia que iria rever ela hoje, mas eu não imaginaria que ela iria causaria esse efeito em mim.