Os planos de Brunna era evitar qualquer reencontro com Ludmilla, afinal é sempre bom evitar aquilo que um dia te fez mal. Mas como nem tudo são flores, Brunna terá que voltar ao Rio de Janeiro depois de dois anos para a festa de aniversário do seu a...
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Minha avó sempre dizia: " Amor é uma flor roxa, que nasce no coração dos trouxas."
Quando eu era adolescente ria e concordava com o ditado. Agora que sou adulta e consequentemente mais madura, discordo dessa frase.
Amar é uma das maiores qualidades que pode existir no ser humano, você não perde nada amando, muito menos sendo verdadeira com o seu parceiro ou parceira.
Trouxa é aquele que ilude, aquele que dá esperanças a corações alheios, aquele que ignora, aquele que você confia cegamente e depois te apunhala pelas costas.Trouxa é quem não sabe amar.
Nesse exato momento, fico encarando a foto que me enviaram pelo direct, da Ludmilla saindo de um motel com uma mulher, que por foto eu não conseguia ver bem quem era.
Respiro fundo, limpo às lágrimas que insistiam em cair.
Às vezes as pessoas são decepcionantes, Acreditamos que sabemos realmente quem está no nosso lado, e depois, o que acontece? Recebemos um tapa na cara.
Mas eu tenho convicção que em nenhum momento errei com ela, ou deixei de ser uma boa namorada, sempre estive ali nos momentos em que ele mais precisou.
Talvez tivéssemos sido rápidos demais? Mas isso não chega a ser motivo de traição.
A porta do meu quarto é aberta com uma certa agressividade, e ao mesmo tempo meu celular começa a apitar com mensagens e ligações da Ludmilla, eu reviro os olhos e olho para porta, vendo o Pedro me encarar com as sobrancelhas erguidas.
Pedro: Você estava chorando? O que foi que aconteceu? — ele se senta na cama, e a única coisa que eu faço é desbloquear e mostrar a foto para ele, que trava o maxilar e cerra os punhos. — Que filha da puta! Você vai terminar com essa babaca não é? — fico em silêncio, ainda encarando a foto. — Hein, Bru? Esse otário te fez de trouxa!
Brunna: Não. Eu não fui trouxa. — ele cruza os braços e franzi o cenho. — Ninguém é trouxa por amar, se entregar e ser verdadeiro. Trouxa é quem não deu valor. — ele respira fundo e se deita ao meu lado e me abraça.
Pedro: Você está certa! Aquela Ludmilla foi uma escrota, mas eu te avisei, ela sempre teve cara de babaca.
Brunna: É, eu sei. — viro para ele.
Pedro: Você já sabe o que vai fazer para resolver essa situação? Espero que termine com essa idiota.
Brunna: É óbvio que eu vou terminar Pedro Guilherme! Mas eu tenho uma ideia em mente.
Pedro: Ideia? — assinto. — Brunna, Brunna.
•••
O Pedro deixa o carro no estacionamento da Vitrinni, e entramos na balada juntos.
Brunna: aonde o pessoal estar? — pergunto próximo ao seu ouvido.
Pedro: No camarote. — ele olha o whatsapp.
Brunna: A Ludmilla já chegou?
Pedro: A Juliana disse que ainda não. — assinto e ele me guia para o camarote. — Você vai querer beber alguma coisa?
Brunna: Tequila!
Pedro: Brunna...Você não acha que deveria começar por uma coisa mais... hum... leve?
Melissa: Não! Claro que não, Pedro! Eu tomei um chifre, você deveria era me incentivar à beber até cair. — ele.
Pedro: Vou pegar a sua tequila. — sorri-o.
Brunna: Ok gatinho, vou atrás da Juliana.
Encontro a Juliana dançando super empolgada na pista, ela me abraça rapidamente, e começo a dançar junto com ela.
Sinto um olhar sobre mim. Um olhar que mesmo eu não vendo, eu sei bem de quem é. Jogo o cabelo para o lado, dou uma olhadinha para atrás ainda rebolando, e vejo a Ludmilla passar a mão no seu cabelo ainda me olhando. Sinto uma mão na minha cintura, para de dançar e me viro, vendo o Pedro Guilherme com duas bebidas na mão.
Pedro: A sua tequila.
Olho pelos ombros de Pedro, vendo a Ludmilla com os braços cruzados, as sobrancelhas levantadas, visivelmente irritada pela proximidade do Pedro.
Dou uma risadinha, e uma ideia o tanto da hipócrita surge nos meus pensamentos, e eu não penso nem duas vezes em tornar a ideia real.
Passo os meus braços pelo pescoço de Pedro, seguro a sua nuca e selo nossos lábios em um beijo quente. Não foi questão de cinco minutos o corpo do Pedro é afastado do meu, e um soco é desferido no rosto do mesmo.
Brunna: Você tá louca Ludmilla? — digo ficando em seu frente, impedindo que ela bata novamente no Pedro.
Ludmilla: Louca tá é você. Beijando outro, e ainda mais na minha frente. — dei um riso debochado.
Brunna: Pelo menos foi na sua frente, melhor do que escondido. — alfineto e ela levanta a sobrancelha, e eu coloco a mexa atrás do meu cabelo.
Ludmilla: O que você tá querendo dizer com isso? — cruza os braços.
Brunna: Você sabe muito bem.
Juliana: O que porra está acontecendo aqui?
Ludmilla: É o que eu estou querendo saber também.
Ludmilla: Para de ser sínica Ludmilla. Você sabe muito bem o que você fez, sabe que não fui eu que andei beijando pessoas fora do nosso relacionamento.
Ludmilla: O quê? Brunna explica essa história direito. — dou uma risadinha e pego o meu celular para mostrar a foto que eu tinha recebido.
Brunna: Chifre trocado não dói.
Ludmilla: Onde você conseguiu isso? — sua expressão muda para uma mais preocupada.
Brunna: Me enviaram. — respiro fundo. — Mas isso não vem ao caso. Eu cansei Ludmilla, sério, cansei mesmo, amar você é muito cansativo.
Ludmilla: O que você tá querendo dizer?
Brunna: Que acabou, é o nosso fim.
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