27. Um romance "adolescente"

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Viro e reviro na cama, me sentia péssimo

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Viro e reviro na cama, me sentia péssimo. Talvez eu tenha pegado pesado demais...

Afinal, ela tinha culpa de atrair olhares. Por mais que ela poderia ter dito "não", ela não pareceu se importar com aquilo. O que nos deixou furiosos...

Pego meu vinho na estante e o bebi de uma golada apenas, aquela taça não servia de porra nenhuma - Penso.

Pego a garrafa e viro ela em minha boca sem ao menos me importar com classe, que se foda! Eu que pago essa porra e eu decido como devo ou não beber.

Laura se despertou com a barulho do vinho descendo da garrafa. A mesma tinha sono leve, ainda mais quando nossa pequena não estava conosco.

E o pior é que em parte é nossa culpa.

- desculpe te acordar, Querida. - eu digo para mesma que negou sorrindo.

- estava com sede. - disse ela se sentando na cama.

Ergui o vinho, que rapidamente ela negou. O coloquei de volta na estante e o fechei.

- Vou beber água e você deveria fazer o mesmo. - Ela disse, nego e ela me olhou de cara feia.

- Vai sim, eu em. Eu estou mandando, Massimo. - Sua voz dura me dava medo.

Sem reclamar, ela se levantou e me puxou. E eu fui. Afinal, sou pau mandado mesmo. Minha mulher manda em mim mesmo! O homem que é mandando é um homem feliz como dizia meu pai. - rio mentalmente de sua fala. Como eu sinto falta dele...

Passamos pelo quarto de Amélie, sentindo seu cheiro mesmo com a porta fechada. Droga... Como eu queria entrar alí. Mas, não podia. Não podíamos...

Descemos as escadas em silêncio, vendo uma luz e um som de tv na sala. Droga! Tá de sacanagem, como uma filho da puta conseguiu chegar aqui?

Peguei uma faca na cozinha, já que minhas armas ficavam praticamente todas em meu escritório. Que era no solo...

Coloquei Laura atrás de mim, entrei no local silenciosamente. No sofá aparentemente não havia ninguém.

Mas, na televisão passava um filme de terror.

A órfã.

Tá amarrado em nome de Jesus! Passou a cena de transformação da personagem, o que causou um grito.

Conheço bem esse grito, era minha garota. Apertei mais a faca, qualquer filho da puta que mexesse com minhas mulheres preferia estar morto que viver sendo torturado.

Logo uma mulher de cabelos ruivos se levantou e se sentou no sofá de frente para a televisão, calma... Uma mulher de cabelos ruivos?

Sinto seu cheiro doce entrar em minhas narinas, me fazendo relaxar e largar a faca de minhas mãos ao perceber de quem se tratava a dona desses cabelos ruivinhos.

Amélie Biel.

- Amélie! - Exclamamos juntos seu nome colocando a mão no peito pelo susto que a garota nos deu.

Ela se virou com receio e sua cara estava era de medo, que logo se retirou ao perceber que se tratava de nós.

- Não acredito que ainda vê isso. - Laura falou indo até ela. Que estava enrolada na coberta enquanto comia pipoca.

- Desculpe. - Ela disse com seus olhos marejados. Oh meu Deuso... É muita fofura, nem parece que às vezes é mais tentadora que a própria Afrodite.

- Pelo filme? Tudo bem assistir. Você é adulta, sabe o que faz e não faz. Mas, eu não gosto que assista. - Eu disse para a mesma, que assentiu.

- Estou sem sono. - ela disse.

- Tá vendo? São esses filmes que não te deixam dormir. - Laura disse indo até a mesma, e tirando do filme.

- Não são. - Ela discordou.

- São! - Laura insistiu.

- Laura... - Ela resmungou.

- Não vai mais assistir. E vê se parar com esses filmes. - Laura disse colocando em qualquer outro filme mais leve que havia. Um filme romântico...

Da continência ao amor.

- Que saco. Como eu odeio filmes românticos! - ela revirou os olhos e Laura arqueou a sombrancelha.

- você odeia o amor? - ela perguntou, e a menina ficou em silêncio.

- Não é real. - Ela disse.

- Como não? Você acreditava no amor... E olhe para mamãe e papai, eles são a prova vivíssima disso. - Laura foi até a menina.

- Era diferente, eu tinha dez anos Laur... Agora, eu tenho dezoito. - Ela respondeu.

- Tenho vinte e oito anos, e acredito no amor. - Laura respondeu.

- Você é casada. - Ela falou o óbvio.

- Não digo por ser casada. Digo por... - Ela cortou Laura novamente.

- Está na minha frente. - Ela jogou pipoca em Laura, que olhou desacreditada para a menina que ria.

- Está fugindo das palavras de confirmação? - Eu a perguntei.

- Quero assistir o filme. - ela respondeu sem ao menos olhar em nossos olhos.

- Amélie! - Laura gritou com a mesma.

- O que querem de mim? - Ela se levantou rapidamente, senti que iria começar uma briga pelas nossas diferenças.

Específicamente, pelo fato dela não nos amar.

Pensar nisso é tão doloroso quanto não poder dizer que sempre a amamos.

- Laura, Massimo. Me deixem. Não deveriam ter vindo aqui... Não deveriam estar aqui e... - A cortei.

- Mas, estamos. - rebati.

- Mas não estiveram o tempo todo! Não estiveram quando eu precisava de vocês mais que tudo! Vocês me deixaram em pedaços e eu ainda tento me concertar. - A ruiva explodiu a verdade em nossa face, não sabia se suas lágrimas eram da raiva ou de tristeza.

- Então, por favor... Massimo, Laura... Eu estou pendido por favor, me deixem. - Ela subiu as escadas sem ao menos nos deixar explicar. Mas não vai ficar assim, de forma alguma.

- Eu sinto muito por lhe deixar. Mas, precisávamos. - Laura disse assim que entrou no quarto da menina que estava de costas para nós. Não sabiamos se estava acordada ou não.

- Não precisavam... - ela respondeu baixinho, soltamos um suspiro e nos sentamos na cama de costas para a mesma. A olhamos encolhida na cama e fungando seu nariz baixinho.

- Me abracem, por favor? - Ela pediu baixinho, mas alto o suficiente pra nós fazer escutar e atender seu pedido.

A abracei de frente para a mesma, enquanto Laura foi pela suas costas, vejo seus olhos vermelhos já.

- Me prometem uma coisa? - Ela pediu enquanto sentia nossos carinhos.

- Qualquer coisa. - Laura falou dando beijos em seu rosto.

- Me prometam que... ainda vamos voltar como antes. - Ela pediu.

- Não podemos. - Eu disse sendo sincero com a mesma, seus olhos se encheram de lágrimas.

- Não podemos porque tudo era uma farsa... A verdade é que estamos... - Ela me cortou me beijando.

Seu beijo era tão gostoso... O gosto de seus lábios eram docinhos, a beijei com calma e sem pressa alguma.

Estávamos amando você profundamente, Amélie Biel.

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