A DONA | SÁFICO

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agora sim eu tô mais feliz com o decorrer da fica, estou conseguindo escrever um capítulo atrás do outro e entregar meu melhor pra vocês. ❤️

Qualquer sujestão, comentem aqui pra eu ver e encaixar na fic.

amo vocês e boa leitura. ❤️
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PIETRA

Daiane me levou em duas casas que tinha para alugar, uma era a duas ruas abaixo da casa dela e outra mais próximo a entrada do morro.

A que era próximo a casa dela tava mais conservada, parecia até recém pintada, o que era ótimo.

Depois ela fez questão de ir me levar pra ver o espaço que tinha pra alugar pra comércio, e era do lado ao Studio dela.

Eu ainda não havia decidido ao certo se iria mesmo me arriscar e abrir meu próprio Studio, mas meu coração ficou quentinho e feliz ao ver aquele espaço, e eu logo imaginei onde ficaria tudo.

Os detalhes seriam em rosa, paredes neutras, a maca para atendimento dos cílios e sobrancelhas, a mesa para o atendimento das unhas...aaa, eu estava tendo um leve surto interno.

Felicidade tomou conta do que antes era só dor e angústia.

Eu estava feliz por ter esquecido um pouco sequer do que aconteceu.

Ela me mostrou o espaço e eu prometi que iria pensar sobre, mas disse que queria ficar com a casa mais conservada.

Estávamos subindo pra casa dela se novo, e eu me lembrei de uma pergunta que martelou minha cabeça durante o dia.

Pietra: Dai? - ela me olhou - como você sabia que eu precisava de ajuda? Porque você mandou mensagem antes de eu pedir pra você ir lá.

Daiane: eu tomei remédio pra dormir, porque não sei dormir sem o Breno - revirou os olhos e eu ri - e quando eu tava dormindo eu ouvi algo me dizer: ajuda a Pietra, não deixa ela sozinha - senti meu corpo inteiro arrepiar - foi bizarro porque isso nunca aconteceu, mas eu só sei que eu sabia o que fazer sabe? Foi tão real...- ficou pensativa.

Depois disso terminamos o caminho até a casa dela em silêncio absoluto, não desconfortável nem nada, só não tinha muito o que falar.

E eu não queria estender aquele assunto para não lembrar tanto da noite anterior.

Pietra: o sol do errejota acaba comigo - disse me sentando no sofá da casa da Dai.

Daiane: é um sol pra cada um amiga, tem nem o que fazer né?! - riu e eu concordei.

Sentia meu corpo suado e grudado, e eu só queria um banho bem gelado.

Pietra: Daí, me empresta uma roupa pra eu tomar banho? Não tô aguentando ficar grudenta, toda suada - fiz careta.

Ela me emprestou um vestidinho fresquinho e roupas íntimas, e eu fui no banheiro aqui de baixo mesmo tomar banho, já tinha até uma toalha limpa lá pra mim.

Quando eu me despi e me olhei no espelho, a vontade de chorar voltou.

Meu busto tava roxo, meu corte na boca ainda recente estava meio aberto e algumas partes com casquinha já. Meus braços com marcas roxas e esverdeadas e minha bochecha direita vermelha pelo tapa forte que recebi.

As lágrimas escaparam mas eu tratei logo de limpar, não iria mais chorar, eu não merecia chora, não por ele.

Prendi meu cabelo num coque alto e entrei no box ligando o chuveiro no gelado.

Suspirei aliviada quando senti meu corpo refrescar.

Usei esse meu momento sozinha para pensar no que ia fazer, e se iria mesmo tomar a iniciativa de trabalhar por conta própria, por mais que eu que meio que já faça isso.

E sim, eu percebi que era o momento e que seria agora ou nunca.

Terminei o banho, me vesti, estendi a toalha e voltei pra sala.

A Dai tava distraída mexendo no celular, pelo o que eu vi, marcando horário de uma cliente para daqui dois dias.

Pietra: amiga? - chamei e ela me olhou - cê tem cliente hoje a tarde? - sentei do lado dela.

Daiane: não amiga, tô livre hoje e amanhã, só vou ter cliente pra atender na sexta de manhã - deu de ombros.

Pietra: será que as lojas do centro tão abertas? é feriado hoje né? eu queria começar a comprar minhas coisas pra casa e pro Studio - nem terminei de falar e só vi o sorriso da garota quase rasgar a boca dela.

Ela se jogou em cima de mim e me abraçou, doeu um pouco mas eu nem liguei, eu tava precisando desse apoio.

Precisava mesmo de alguém que me dissesse: é o seu momento, você pode fazer acontecer.

Depois de um tempinho ela desfez o abraço e me olhou.

Daiane: tomou a decisão certa Pi, cê vai ver amiga, vai ser tudo de bom!!! - deu pulinhos de alegria - certeza que algumas lojas devem tá aberta, vou pegar minha bolsa e a carteira onde tá o cartão com o seu dinheiro, pera aí - levantou subindo a escada de dois em dois degraus.

Sinceramente, eu nunca imaginei que a situação que passei ontem iria me trazer para perto do meu sonho, na verdade achei que me levaria para mais longe ainda.

Mas eu estava errada, e ainda bem que eu estava.

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Continuaaa ✨