MARCELE
Minha cabeça tava a milhão depois que eu saí da casa da Pietra.
Não tava afim de ir pra casa por que tô ligada de que se eu fosse, minha mãe ia notar que eu tô meio sei lá e ia querer vir conversar. E na moral mermo, agora eu só quero ficar sozinha.
Fui direto pra boca e me tranquei na minha sala. Dei ordem falando que não tava com cabeça pra nada, e qualquer coisa era pra acionar o Breno.
Não sei quantos baseados eu fumei, só sei que fumei pra caralho. Queria acalmar minha mente pra conseguir entender o que porra foi que aconteceu.
Mas não adiantou de nada.
Eu só queria saber o que fazer e como consertar a cagada toda que eu merma fiz.
Tô ligada que fui burra pra caralho. Falei uma merda atrás da outra. Mas porra...eu só queria ela...
Nunca senti um bagulho desses por ninguém. Pietra foi a única que conseguiu tirar minha marra todinha e ir além disso.
Bagulho doido demais...
Meu peito dói pra porra só de pensar em como ela deve tá, e a culpa é minha..
[....]
Dois dias depois...
Na moral mermo, tô começando a desconsiderar aquele papo de ver o Breno como meu segundo pai. Puta que pariu!
Ferraz: tá maluco porra!? Pra que fazer isso Breno, seu filha da puta?! - levantei puta.
Não tava acreditando que esse arrombado fez isso mano.
Breno: olha a boca, caralho! Não mete a mãe no meio das tuas merdas não! - apontou o dedo na minha cara e eu dei um tapa na mão dele. - Te avisei que a próxima vez que te pagasse usando essa porra, ia te quebrar na porrada. Então ainda agradece a Deus que eu só fiz isso, por que minha vontade é te dá uma surra do caralho, Marcele! - jogou o balde que tava segurando em qualquer lugar.
Tem dois dias que eu tô na função de ocupar minha mente.
Tô a mais de 48hrs direto no plantão. Mermo com o Breno falando pra mim ir pra casa, eu não sai daqui.
Tentei pra caralho não usar nada, mas teve uma hora que minha mente e meu corpo já não tavam conseguindo mais. Eu tava precisando espairecer a mente mermo, então enchi o cu de cocaína e maconha. Fora as duas garrafas de whisky que eu tomei sozinha.
Passei do limite e acabei apagando sem nem ver mais nada.
Só acordei agora, depois do desgraçado do Breno ter jogado a porra de um balde cheio de água em mim.
Ferraz: Para de encher o saco. Eu sou adulta e sei o meu limite, pode ficar de boa. - eu sabia meu limite mermo, mas tava tão sem cabeça pra nada que ultrapassei ele.
Breno: De boa? - riu sem humor - Sabe do teu limite uma porra, Marcele! - aumentou a voz - da última vez que tu me falou pra ficar de boa, tu teve uma overdose. - lembrou me olhando, e eu já fechei a cara. Não gosto de lembrar disso aí não. - O pai tinha morrido a menos de uma semana e eu quase perdi tu também. - me encarou, mas eu não consegui encarar de volta. Tô ligada que tô no erro, mas não tô afim de ouvir sermão. - Tem noção de como a mãe ia ficar? Sério Marcele, cê tem noção mano? Conversei contigo pra caralho, cara. Fui teu parceiro, não enchi o saco mais, mas porra...única coisa que te pedi era pra tu ficar longe disso, cara. Aí tu vai lá e faz o que? Enche a porra do cu de pó e pra piorar ainda bebe. - falou com desgosto. - sei nem o que te falar mais...-- negou com a cabeça e ficou calado.
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A DONA | SÁFICO
Fanfiction📍Rocinha, RJ Quais as chances de encontrar paz e aconchego num lugar perigoso e cheio de controvérsias? pois é, as chances são poucas, mas eu encontrei minha paz, e foi nos braços da sub dona do morro.