A DONA | SÁFICO

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Celular intacto, vamos para mais um capítulo!

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PIETRA

Acordo sentindo meu corpo doer, mas é só lembrar o motivo das dores que meu sorriso surge.

Não queria acordar, por mim ficaria o dia inteiro dormindo, mas infelizmente não posso. Marquei algumas clientes a partir de meio dia, e preciso dar uma geralzinha no studio.

Levanto no passo da lesma e vou tomar banho. Evito molhar meu cabelo já que ele tá limpo. Faço tudo que tenho que fazer no banheiro e saio com a toalha enrolada no corpo.

Quando solto meu cabelo do coque vejo o ninho que está. Demoro quase vinte minutos para desembaraçar tudo e só aí troco de roupa. Não visto nada demais, só um vestido tubinho branco de alcinha, calço meu chinelo e me perfumo.

Arrumo a cama antes de sair do quarto e ir pro primeiro andar. Assim que chego no meio da escada sinto o cheiro de café sendo feito, e isso faz meu estômago roncar.

Caminho até a cozinha e vejo a Marcele de costa para onde eu to. Ela parece tá concentrada falando com alguém no radinho e acaba nem me vejo.

Pietra: Bom dia – Digo e vejo ela dar um pulinho com o susto, mas quando se vira pra mim, sorri e eu obviamente sorrio de volta.

Ela vem na minha direção e me abraça enquanto beija meu pescoço.

Me sinto tão leve de acordar e ver que ela ainda tá aqui...

Marcele: Bom dia, nega – me da um selinho – dormiu pra caralho, hein? – me zoa e eu mostro a língua.

Ainda nem vi que horas são. Pra falar a verdade nem no meu celular eu peguei ainda.

Pietra: É você? Acordou cedo? Não dormiu bem? – Saio do seu abraço e vou até a pia vendo a garrafa de café cheia e soltando fumaça.

Marcele: Porra! Dormi bem a beça. Não tem nem como dormir mal depois de um chá daquele. – Dou risada da sua safada e sinto ela abraçar minha cintura. – Acordei tem umas duas horas, se pá. Tinha que acionar uns vapores pra vê como tá o conserto do esgoto da rua doze. Eles ficaram de terminar ainda hoje. – Concordo com a cabeça e coloco uma xícara de café pra mim.

Pietra: Já comeu alguma coisa? – me viro de frente pra ela.

Marcele: Comi nada, tava esperando tu acordar pra nós tomar café junto. – Diz e eu me derreto. Amo quando a Marcele deixa a Ferraz de lado.

Pietra: Ai que linda, meu Deus! – Seguro o rosto dela e encho de beijos. Ela resmunga, mas não sai de perto.

Marcele: Ala, já começou com as viadagens.

No fundo, eu sei que ela gosta.

Pietra: Tenho que aproveitar né? Vai que te dá a louca e você foge de mim de novo. – Solto uma brincadeira com fundo de verdade.