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MARCELE

Acordei sentindo um peso nas costas, olhei pro lado vendo a Pietra toda folgada com uma perna em cima da minha bunda.

Minha vontade era ficar dormindo ali com ela, mas já tinha que levantar pra agilizar e ir logo pra missão.

Levantei no maior cuidado pra não acordar a doida, era cedão ainda. Tomei banho rápidão, fiz o que tinha que fazer e troquei de roupa.

Calça de moletom e moletom preto. Coloquei um tênis esportivo da Nike, e recarreguei a Glock.

Sentei na ponta da cama só pra colocar o relógio e uma corrente, e a Pietra acordou me olhando com a maior cara de sono.

Pietra: já vai? — perguntou baixinho.

Marcele: já nega, mas fica suave. Mais tarde eu tô de volta — fiz carinho na panturrilha dela e ela concordou com a cabeça já fechando os olhos de novo.

Pietra: toma cuidado lá, tá? — resmungou puxando meu travesseiro pra perto dela.

Marcele: fica tega nega, tá tranquilo. — levantei dei um beijo na testa dela.

Ela voltou a dormir e eu fui terminar de me arrumar. Terminei e já desci pro andar de baixo encontrando geral já acordado.

Vi a Musa sair da cozinha e vir onde eu tava.

Marcele: ué porra, chegou e nem avisou que tava vindo — cumprimentei ela.

Musa: vim na correria pô, só lembrei de mandar mensagem pro JR quando há tava na frente da garagem — riu fraco e eu ri também.

Olhei pro lado e vi a mina dela conversando com a Agatha e já estranhei.

O pai da Aimmé nem deixa ela sair de casa direito, e ela tá aqui acompanhando a Musa....tem b.o aí, fica vendo...

Marcele: aí — chamei a atenção da musa que me olhou — qual foi do bagulho? — apontei com a cabeça pra onde a Aimmé tava.

Musa: longa história, pô — respirou fundo e passou a mão na nuca — depois te conto certinho, mas resumindo...agora ela tá morando lá em casa comigo. — falou e eu arregalei mó olhão.

Marcele: que caralho tu fez Fernanda? — falei mais baixo só pra ela ouvir.

Musa: fiz o que tinha que fazer né, porra?! — respondeu baixo também — já devia ter feito isso faz tempo. E o pai dela só ajudou a tomar essa decisão logo. — deu de ombros.

Marcele: depois tu vai me contar essa porra direitinho hein? — apontei o dedo pra ela, e ela concordou com a cabeça.

Musa: cadê a Pietra? — cruzou os braços.

Marcele: tá lá em cima dormindo. — puxei um cigarro do bolso e acendi. Tava doida pra fumar, mas não ia me drogar antes de uma missão né porra, num tô louca. Então foi cigarro normal mermo. — tô preocupadona com ela, a doida tá passando mal direto pô. Tá conseguindo nem comer — tranguei.

Musa: porra..pra Pietra não tá conseguindo comer o bagulho tá sério mermo — fez graça e eu tive que rir, por que todo mundo já sabe a Pietra é um dragão quando o assunto é comida.

A DONA | SÁFICOOnde histórias criam vida. Descubra agora