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MARCELE

Papo reto, né ciúme não, mas porra...desde que a porrinha do Cria chegou Pietra não larga ele mano.

Tô aqui esperando a doidona cansar de ficar pra cima e pra baixo com o gato e me dá uma moral.

Pietra: olha neném, sua outra mamãe tá bicuda e toda emburradinha - agora pronto, até falar com o gato ela fala.

Marcele: sou mãe disso aí não filhona, me respeita - neguei com a cabeça e cruzei os braços. Ela riu e soltou o Cria colocando ele na cama nova que nois comprou no pet shop. Bagulho caro abessa, quase o mermo valor de uma cama de gente mermo.

Pietra: você é sim tá? se eu adotei ele e você tá me comendo você é mãe dele também - explicou subindo na cama e engatinhando até onde eu tava.

Marcele: toda doida tu, papo reto...- neguei com a cabeça.

Pietra: tá de bico por que? - subiu em cima de mim e sentou no meu colo.

Marcele: que bico o que? Já viu bandida ficar de bico? - encarei ela.

Pietra: tô vendo pela primeira vez - riu.

Marcele: tu brinca muito cara...- passei a mão no rosto. Ela segurou minha mão e colocou na bunda dela. Me ajeitei na cama fazendo ela sentar direito no meu colo.

Pietra: já te disse que amo brincar contigo...- lá vem ela querendo me tontear.

Marcele: agora tu quer vir me tontear né? Antes nem na minha cara tava olhando, só dando atenção pra aquele porrinha - eu falei o mó séria e a diaba riu mano. Tô fodida com ela, papo dez.

Pietra: ah não preta, não acredito que cê tá com ciúmes do pretinho - riu e negou com a cabeça.

Marcele: tá vendo? Até meu apelido tu tá dando pra ele cara, mó sacanagem isso aí -
Reclamei fazendo ela rir alto. Que ódio dessa diaba cara, me amarro até na risada de doida dela.

Pietra: para com isso amor, não implica com o neném - me abraçou.

Marcele: abaixa a blusa aí pra tu ver o neném - falei e ela se afastou rápido me olhando surpresa. Eu ri mostrando a língua.

Pietra: sua safada!! - me deu um tapa no braço.

Marcele: oh azideia cara...vou te dá um tapão hein doida? Fica me batendo pra tu vê - ameacei brincando.

Pietra: cê não é doida..- cruzou os braços.

Troquei de posição deixando ela deitada na cama e deitando por cima dela.

Marcele: tá presa agora, pra parar de tiração - deitei no peito dela.

Pietra: sai garotaaaa, você pesa cara! - me empurrou mas eu nem me mexi - Ferraz! É sério mano, cê pesa preta! - esperneou e eu ri tirando um pouco do peso de cima dela, mas continuei deitada ali.

Peguei a mão dela e coloquei no meu cabelo, me amarro nos carinhos dessa doida.

Marcele: faz carinho aí - fechei os olhos sentindo ela começar a fazer o que eu pedi.

A DONA | SÁFICOOnde histórias criam vida. Descubra agora