PIETRA
Acordei com a maior preguiça do mundo. Fazia dias que eu não conseguia dormir tão tranquila.
Depois do beijo, não aconteceu mais nada.
Ficamos vendo série e eu tava tão cansada, que acabei dormindo e não vi mais nada.
Só acordei agora com o barulho do meu celular tocando.
Sempre coloco um alarme pra lembrar de pôr comida para o Cria. Por mais cansada que eu esteja, não gosto de deixar ele com fome.
Eu tinha mando uma mensagem para a Julinha ontem a noite, pedindo para ela ir lá ver o Cria. Ela tem a chave lá de casa e do Studio, para facilitar se precisar pegar algo.
A vontade que eu tô é de continuar dormindo, e o jeito que o quarto da Nati ta também colabora para isso.
O ar condicionado tá hiper geladinho, e o quarto tá todo escuro.
Foi só a questão de eu sentar na cama e prender o cabelo, que a porta do quarto abriu e a Nati entrou com uma bandeja na mão.
Pietra: Ah não, não acredito que você fez isso! - Tapei o rosto com as mãos.
Natália: Fala aí, sou a última romântica, linda. - Riu e colocou a bandeja de frente para mim.
Sei que dei permissão para que aquele beijo acontecesse, mas foi pot pura carência, um momento de fragilidade.
Pietra: Nati, não sei nem o que te falar, sério mesmo. - Ela sorriu. - Sobre ontem...- Suspirei buscando as palavras certas, mas não achei. - O beijo foi ótimo, mas...
Natália: Mas não significou nada, certo? - Sorriu de lado. - Sei que você não tá pronta para um novo relacionamento, Pi. E que acabou se deixando levar ontem. Mas fica tranquila tá? Eu entendo, fica tranquila. - Colocou a mecha do meu cabelo para trás da orelha.
Pietra: Não quero que ache que quis te usar de tapa buraco...- Falei sem graça.
Natália: Relaxa, nem pensei nisso. - Pegou uma uva e colocou na boca. - Mas aí, se você quiser, eu posso tapar teu buraco numa boa. - Fez graça e eu dei um tapinha no braço dela.
Pietra: Que horror, Nati! - Ri.
Natália: Tá bom, parei. - Levantou as mãos em rendição. - Agora come, que eu preparei tudo no maior carinho. - Só assenti e comecei a comer.
Depois de tomarmos café da manhã juntas, a Julinha me ligou falando que surgiu de última hora quatro madrinhas de casamento querendo fazer unha e sobrancelha.
Normalmente não aceito cliente que marca em cima da hora, mas pelo o que ela falou, a outra profissional desmarcou com elas em cima da hora. Então para não deixar elas na mão, resolvi abrir uma excessão e voltar mais cedo do que o esperado para o morro.
Pedi para a Julinha mandar mensagem para as clientes já marcadas, só para verificar se elas queriam adiantar os horários. Dessa forma ninguém ficava sem atendimento.
Pietra: Nati, qual o endereço daqui? Preciso chamar um Uber para ir embora - Perguntei quando ela voltou pro quarto, já com roupa de academia.
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A DONA | SÁFICO
Fanfiction📍Rocinha, RJ Quais as chances de encontrar paz e aconchego num lugar perigoso e cheio de controvérsias? pois é, as chances são poucas, mas eu encontrei minha paz, e foi nos braços da sub dona do morro.