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PIETRA

Quarta-feira.

Depois de domingo, eu não vi mais a Ferraz.

Quer dizer, as vezes vejo ela de moto pelo morro, mas não tivemos mais um contato tão próximo quanto o de antes, o que ao meu ver é até bom. Assim evito de me apegar.

Ontem a noite mal consegui dormir, tive pesadelos com o Daniel, fui conseguir cochilar era umas 5:30 da manhã.

Ele não me manda mensagens nem tenta contato comigo já tem uns dias, isso até me tranquiliza, mas me assusta também.

Pode ser que ele tenha finalmente me esquecido, ou pode ser que ele esteja só esperando o momento certo para... terminar o que ele começou, assim como ele disse em uma das mensagens que mandou pra mim.

Hoje eu tinha poucas clientes, eram só três e todas eram manutenção de alongamento de cílios, e somente no período da manhã.

Quando deu 14:40 eu já havia finalizado tudo e já fui pra casa.

Não tinha almoçado ainda, mas por sorte eu tinha feito comida ontem a noite e ainda sobrou, então era isso mesmo que eu ia almoçar.

Nem preciso dizer que tava um sol pra cada um né? Rio de janeiro brinca de inferno.

Cheguei em casa indo direto tomar banho e colocar uma roupa fresquinha.

O bom dessa casa que tô morando é isso, não pega muito sol, então não fica parecendo que eu tô na boca de um dragão.

É bem fresquinha.

Depois do banho fui pra cozinha indo colocar meu almoço, já tava começando a tremer de fome.

Esquentei meu almoço e fui pro sofá ligando a tv e colocando manisfest de novo, ainda não tinha terminado de ver todos os episódios.

Fiquei comendo enquanto assistia, até que ouvi batidas na porta da sala.

Deixei o meu prato na mesa de centro e abri a porta dando de cara com a Daiane.

Arregalei meus olhos ao ver que ela tava com os olhos vermelhos e rosto inchado.

Tava chorando.

Pietra: Dai? Amiga, o que aconteceu? - puxei ela pra dentro de casa e fechei a porta.

Ela me encarava e chorava, eu já tava ficando nervosa.

Daiane: fudeu amiga - fungou - fudeu muito! - começou a andar de um lado pro outro.

Pietra: o que fudeu? Você? - sentei no sofá tentando manter a calma, porque já bastava a doida da Daiane nervosa do jeito que ela tá - você e o Breno transaram, é isso? - voltei a comer meu almoço.

Daiane: quem dera fosse só isso - continuou igual uma barata tonta de um lado pro outro - aAHHHH MEU DEUS DO CEU, QUE ODIO, QUE ODIO! - gritou e eu tomei um susto.

Mas que caralho tá acontecendo com essa garota?

Já tinha desistido de conseguir almoçar direito, soltei meu prato na mesa de centro de novo, e levantei pegando na mão dela e levando ela pra sentar no sofá.

Pietra: senta aí, e vê se você se acalma um pouco, já tava ficando tonta com você de um lado pro outro - vi ela respirar fundo - calma aí, vou pegar uma água pra você - fui até cozinha, peguei uma garrafinha com água gelada e voltei pra sala entregando pra ela.

A DONA | SÁFICOOnde histórias criam vida. Descubra agora