PIETRA
Marcele: toma buraco sem fundo - colocou um prato com dois pães com ovo na minha frente.
Minha boca até salivou.
Eu já fui logo dando uma hiper mordida em um dos pães.
Marcele: tá maluco, come pra caralho - negou a cabeça mexendo no celular - tudo isso vai pra onde hein? porque porra, tu não engorda de ruim mermo - voltou a me olhar.
Estávamos na aérea externa da casa dela, e mesmo já sendo hora do almoço, eu tava desejando um café preto e pão com ovo.
E a Ferraz como uma boa pau mandada, fez tudo bonitinho pra mim.
O pagode já tava rolando solto, e algumas pessoas já tinham chego pro churrasco.
Daiane tava toda alegrinha dançando com o Breno, enquanto eu estava antisocial por estar com fome.
Mas já tô ficando miss simpatia de novo.
Ferraz já tinha tomado banho, e tava de bermuda preta da Nike e camisa branca do Brasil.
No pé? Kenner, claro.
Não estava mais enjoada, o que só comprovava minha tese que era só falta de comida e muita bebida no uc.
Pietra: vai tudo pra cá oh - peguei na minha própria bunda, e ela acompanhou meu movimento com os olhos - e você nem pode reclamar, porque você adora que eu sei - sorri convencida mordendo o pão de novo.
Ela riu baixinho e negou com a cabeça.
Marcele: eu adoro mermo - passou a mão na minha cintura onde apertou - rabão do caralho - falou baixo sorrindo de lado.
Sorri de volta e me aproximei dando um selinho nela.
Como ainda não tinha muita gente aqui, na verdade só tava os conhecidos, então não me importo de ficar de paparico com ela.
Pietra: toma, abre a boca - inclinei o pão pra ela que fez careta e negou com a cabeça - anda logo Ferraz, cê não come desde ontem mano - aproximei o pão da boca dela de novo.
Marcele: quero não nega, tô sem fome pô - fez cara de paisagem e eu só queria me esmurrar por não conseguir ficar brava com ela. Linda pra porra.
Pietra: você tem que comer algo - comecei a comer o outro pão.
Marcele: o que eu quero comer, cê não quer dar - deu de ombros e eu dei um pisão no pé dela - aí Caralho, pé pesado da porra menó - gemeu de dor.
Pietra: é pra você aprender a parar de falar merda - levantei pegando o prato e a xícara, e indo em direção a pia do lado da churrasqueira.
Lavei aquela loucinha e deixei ali secando.
Ferraz continuava me olhando com um bico maior que o pau dela.
Ela é orgulhosa demais, e só vai desfazer essa cara de cú se eu for ficar puxando o saco dela.
E eu vou né? Porque não gosto dela boladinha comigo.
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A DONA | SÁFICO
Fanfiction📍Rocinha, RJ Quais as chances de encontrar paz e aconchego num lugar perigoso e cheio de controvérsias? pois é, as chances são poucas, mas eu encontrei minha paz, e foi nos braços da sub dona do morro.