039.

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PIETRA

Marcele: toma buraco sem fundo - colocou um prato com dois pães com ovo na minha frente.

Minha boca até salivou.

Eu já fui logo dando uma hiper mordida em um dos pães.

Marcele: tá maluco, come pra caralho - negou a cabeça mexendo no celular - tudo isso vai pra onde hein? porque porra, tu não engorda de ruim mermo - voltou a me olhar.

Estávamos na aérea externa da casa dela, e mesmo já sendo hora do almoço, eu tava desejando um café preto e pão com ovo.

E a Ferraz como uma boa pau mandada, fez tudo bonitinho pra mim.

O pagode já tava rolando solto, e algumas pessoas já tinham chego pro churrasco.

Daiane tava toda alegrinha dançando com o Breno, enquanto eu estava antisocial por estar com fome.

Mas já tô ficando miss simpatia de novo.

Ferraz já tinha tomado banho, e tava de bermuda preta da Nike e camisa branca do Brasil.

No pé? Kenner, claro.

Não estava mais enjoada, o que só comprovava minha tese que era só falta de comida e muita bebida no uc.

Pietra: vai tudo pra cá oh - peguei na minha própria bunda, e ela acompanhou meu movimento com os olhos - e você nem pode reclamar, porque você adora que eu sei - sorri convencida mordendo o pão de novo.

Ela riu baixinho e negou com a cabeça.

Marcele: eu adoro mermo - passou a mão na minha cintura onde apertou - rabão do caralho - falou baixo sorrindo de lado.

Sorri de volta e me aproximei dando um selinho nela.

Como ainda não tinha muita gente aqui, na verdade só tava os conhecidos, então não me importo de ficar de paparico com ela.

Pietra: toma, abre a boca - inclinei o pão pra ela que fez careta e negou com a cabeça - anda logo Ferraz, cê não come desde ontem mano - aproximei o pão da boca dela de novo.

Marcele: quero não nega, tô sem fome pô - fez cara de paisagem e eu só queria me esmurrar por não conseguir ficar brava com ela. Linda pra porra.

Pietra: você tem que comer algo - comecei a comer o outro pão.

Marcele: o que eu quero comer, cê não quer dar - deu de ombros e eu dei um pisão no pé dela - aí Caralho, pé pesado da porra menó - gemeu de dor.

Pietra: é pra você aprender a parar de falar merda - levantei pegando o prato e a xícara, e indo em direção a pia do lado da churrasqueira.

Lavei aquela loucinha e deixei ali secando.

Ferraz continuava me olhando com um bico maior que o pau dela.

Ela é orgulhosa demais, e só vai desfazer essa cara de cú se eu for ficar puxando o saco dela.

E eu vou né? Porque não gosto dela boladinha comigo.

A DONA | SÁFICOOnde histórias criam vida. Descubra agora