PIETRA
Estávamos quase chegando na casa das minhas mães, faltavam uns quinze minutos ainda.
Eu ia vir de Uber, mas a Ferraz fez questão de me trazer, e segundo ela: era pra ter mais um tempinho comigo.
Assim que ela estacionou em frente ao portão branco, eu já consegui ver por entre as brechinhas o jeep branco da Morgana.
Pietra: promete pra mim que vai ir direto pra casa, e vai dormir ? - me vire olhando pra ela.
Sabia que ela tava virada e mal tinha dormido nas últimas quarenta e oito horas.
Marcele: relaxa nega, eu vou me cuidar pô - sorriu de lado e pousou a mão na minha coxa apertando de leve.
Pietra: acho bom tá? e fica esperta porque eu bem vou mandar mensagem pra dona Marta, perguntando se você dormiu e se comeu direito - falei séria e ela riu.
Marcele: tu nem tem tamanho cara, e quer mandar em mim pô? - implicou.
Pietra: mando mesmo e é isso - peguei um elástico e prendi o cabelo em um rabo de cavalo. Rio de janeiro tava um forno hoje - quis ficar comigo, agora aguenta - dei um sorrisinho sínico e ela se aproximou rindo e me deu um selinho.
Marcele: surtada pra porra - riu me olhando - me amarro nas tuas maluquices - o jeito que ela tava me olhando, e com a mão na minha nuca me deixava fraca.
Eu era extremamente vulnerável a ela, e isso poderia ser bom ou ruim...
Me aproximei mais dela, e encostei minha boca na dela.
Eu não me cansava do nosso beijo. Era impossível disso acontecer.
Parecia que tudo se conectava.
Marcele: porra...- respirou fundo quando finalizamos o beijo - vou sentir tua falta hoje, nega - abriu os olhos e voltou a me olhar.
Pietra: também vou, preta - fiz carinho no rosto dela - mas amanhã eu tô de volta tá? - ela assentiu sorrindo fraco.
Meu celular vibrou e eu vi que era mensagem da Beth perguntando se eu já estava chegando, só respondi um "sim".
Abri a porta do carro e desci.
Ferraz desceu também e abriu a porta de trás pegando minha mochila e vindo até mim.
Marcele: trouxe um corpo aqui dentro foi? Bagulho tá pesadão - me entregou a mochila e eu coloquei nas costas, enquanto ria.
Pietra: você é tão exagerada...- suspirei.
Ela se encostou no carro, e me puxou pela cintura, me fazendo ficar no meio das pernas dela.
Pietra: se cuida tá? - fiz carinho na nuca dela.
Marcele: podexá, nega - sorriu de lado e me deu um selinho demorado. E depois mais alguns antes de soltar minha cintura - avisa quando tiver indo embora tá? Qualquer fita eu venho buscar tu - falou cruzando os braços. Eu já estava em frente ao portão.
Olhei pra trás e assenti sorrindo.
Pietra: tchau preta - joguei um beijo no ar.
Marcele: fé, amor - sorriu de volta e eu abri o portão entrando na garagem.
Segundos depois ouvi quando ela deu partida no carro.
Pietra: CHEGUEI HEIN! - gritei assim que passei pela porta da sala. Tirei a mochila das costas e coloquei próximo ao sofá.
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A DONA | SÁFICO
Fanfiction📍Rocinha, RJ Quais as chances de encontrar paz e aconchego num lugar perigoso e cheio de controvérsias? pois é, as chances são poucas, mas eu encontrei minha paz, e foi nos braços da sub dona do morro.