MARCELE
Passei a mão na cama e não senti a Pietra ali. Só foi abrir o olho que eu vi a doida sentada na frente da mesa de maquiagem dela, só com uma toalha enrolada no corpo.
Marcele: tem formiga na cama é? — limpei a garganta. Minha voz saiu tão rouca que quase não sai. Tinha acabado de olhar o relógio do celular, era 7:20 dá manhã menó.
Ela virou a cabeça e sorriu pra mim.
Porra de sorriso bonito da desgraça!
Pietra: bom dia preta — veio até mim e me deu um selinho — é cedo ainda, pode voltar a dormir se quiser — deu de ombros e ia voltar a se maquiar, mas eu puxei ela pra mais perto de mim. Levantei um pouco a parte da frente da toalha e passei de leve a ponta dos dedos pela testa lidinha da buceta dela — oh garota, para com isso! — abaixou a toalha de novo e eu ri rouca.
Marcele: mó saudade dela, papo reto — encarei ela me referindo a buceta dela.
Pietra: no caso seria saudade de mim né? — cruzou os braços me encarando de volta.
Marcele: não pô, minha paciência pra tu já acabou. É saudade só dela mermo — dei de ombros e ela me deu um tapa. Só rindo mermo, Pietra se estressa facinho demais.
Pietra: nossa Marcele, você é ridícula cara...— bufou e ia se afastando, mas eu puxei ela pra perto de novo.
Marcele: tô brincando minha nega...—abracei a cintura dela que continuava bicuda e de braços cruzados.
Um pinscher de tão braba.
Pietra: você é uma idiota, sabia? — resmungou.
Marcele: mas tu se amarra nessa idiota, né não? — pisquei pra ela que tentou segurar o riso, mas acabou rindo da minha gracinha.
Pietra: aii que ódio!! não consigo ficar com raiva de você...— abraçou meu pescoço do jeito que dava. Posição tava meio ruim por que eu tava sentada na cama ainda, ficando assim com ela tá bom pra mim.
Marcele: tem por que ficar bolada não tiw, tem que me dar amor e carinho só — apertei a bunda dela de leve.
Pietra: sei bem o amor e carinho que cê tá querendo...— deixou o olho pequeno e eu ri fraco.
Marcele: tu que tá de maldade pô, eu tô suave...— levantei as mãos em rendição — mas se tu quiser eu quero — ri ela riu junto me dando um tapinha no braço.
Pietra: você não presta, cara...— voltou a sentar de frente pra mesa de maquiagem.
E papo reto, o bagulho enorme mano. As vezes da vontade de perguntar quantos rosto ela tem, por que não é possível usar todos aqueles bagulho num rosto só não.
Marcele: é dos tralha que elas gostam né? — fiz graça e levantei indo na direção do banheiro.
Pietra não esperou nem eu terminar de falar que já virou o pescoço pique exorcista. O bico maior que ela, papo reto.
Pietra: elas gostam né, Ferraz? — cruzou os braços toda boladinha e eu ri.
Marcele: é a música doidona — neguei rindo.
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A DONA | SÁFICO
Fanfiction📍Rocinha, RJ Quais as chances de encontrar paz e aconchego num lugar perigoso e cheio de controvérsias? pois é, as chances são poucas, mas eu encontrei minha paz, e foi nos braços da sub dona do morro.