RAVI TONELLO
Sirvo mais um pouco do meu whisky no copo e do Filippo também.
— O que ela fez?
— Nada que uns xingamentos normais não a faça ficar calma. Ela relutou e ficou fazendo perguntas e mais perguntas, mas depois ela ficou calma e não perguntou mais nada.
— Mhmm.
— O que vai fazer com a égua?
— Colocá-la para treinar e depois colocar nas corridas, talvez. Mas não vai ocorrer muito disso não, sabe que eu só fiz isso pra ter mais controle da situação.
— Acha que está dando certo?
— Na corda bamba mais nada que deva se preocupar.
— Infelizmente não tenho mais notícias por enquanto. — diz.
— Ultimamente eu ando mais nas ruas do que aqui dentro. Como anda o subsolo?
Subsolo ou unidade como costumamos a dizer é onde acontece as exportações, cargas, drogas, armas e por aí vai. Além disso, eu também tenho uma empresa de fachada e nos fundos onde tem uma porta secreta é onde tudo acontece. Tenho em diversos lugares clubes clandestinos, onde acontecem os vales de prostituições. O palácio. Pub e vários outros negócios.
— Tudo certo. Nada fora do normal, somente umas brigas para saber quem vai ficar com qual responsabilidade, às vezes eu acho que estou no meio do jardim de infância. — comenta soltando uma risada.
— Melhor aqui do que…
Fabrício abre a porta com um sorriso no rosto.
— Oi minha cambada de pintos murchos. — reviro os olhos com sua audácia.
— Estava demorando. — Filippo resmunga.
— O que você quer?
— Nossa irmão do coração, eu vim aqui na maior boa vontade de trazer as notícias do dia e é assim que me trata. — dramatizou.
— Não tenho tempo de ficar falando baboseiras.
— Sabe o que é isso? Falta de sexo. — Filippo riu.
— Figlio di puttana.
— O pique transante deve ter aposentado, se você quiser eu posso te apresentar uns paus de borracha. — riu batendo nos meus ombros.
— Eu tô fazendo os cálculos se essa arma consegue chegar na sua goela.
— Olha que chega em. — diz Filippo.
— Podemos cortar essa parte burocrática e ir direto pra foda.
— Você não presta. — comento.
— Tenho que fazer esse papel de engraçado no meio da porra desse caos. — sentou na poltrona. — Mais agora mudando de assunto, eu não trago boas notícias.
— O que houve?
— Fui informado de que um carro preto, blindado com vidro fumê estava rondando perto do loft da May. Não tem placa e mais nada, investigamos um pouco mais a fundo e ninguém sabe o que é ou melhor quem. Também fiquei sabendo que esse carro costuma rondar duas vezes por semana. E assim sucessivamente.
— Porra. — jogo o copo vazio do meu whisky na parede. — Mais que caralho, eles estão mais perto do que pensava.
— Pensou o que? Que eles iriam aparecer do modo convencional? Batendo na sua porta e dizendo "olá capo, eu vim te matar hoje". É claro que eles estão ficando mais perto do que nunca. — Filippo se levanta passando as mãos no cabelo um pouco nervoso também.
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DESEJO ALÉM DO LIMITE ©
Fanfiction+ 18 | May Esposito é uma mulher de vinte e três anos que com muito esforço e dedicação conseguiu erguer a sua empresa de modas na Itália. Hoje ela faz muito sucesso e tem a sua vida ganha. Uma mulher com muitas ideias e enche os papéis do jeito que...