CAPÍTULO 48 √

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MAY ESPOSITO

Fecho o MacBook com podendo me esticar na cadeira, feliz por ter feito minha última reunião agradável do jeito que eu queria. Hoje eu não fui pra empresa porque eu não estava em um bom clima sem contar também que eu tinha dores por todo o meu corpo e na minha pobre parte debaixo. Ele fez… Ele prometeu. Não tivemos só aquele sexo, também tivemos mais antes de eu vim. Os hematomas antes fortes, agora estão um pouco razoáveis.

Tentei não pensar muito no que ele fez comigo porque eu gostei, estaria mentindo se negasse. Tudo tão intenso e um prazer fora do comum. 

A sensação da corda roçando no meu corpo, a falta de ar que irradiava em meu corpo. A ardência do chicote, meus mamilos sendo torturados, era uma pulsação a mais que eu sentia. Suas palavras sujas que não me ajudavam nenhum um pouco. Sua respiração correndo em minhas veias. Porra como eu quero repetir isso de novo. 

Agora em meu loft eu tento não pensar nisso. Tenho que ficar sem transar ate segunda ordem porque nem eu estou me aguentando. Mas se bem que se transar e depois ser mimada é um caso a se pensar. Todavia eu aquietei a minha bunda porque hoje também não é um dos bom dia.

Hoje completa mais um ano sobre a ida do meu pai. E toda vez que essa data chega é um dia isolado e triste pra mim, as cartilhas de perguntas vem em peso na minha mente. E eu aproveito o momento pra refletir sobre tudo.

Ouço as batidas na porta e eu me desperto dos meus pensamentos. Me levantando indo ver quem é. Abri e me deparo com ele.

— Ah é você.

Me olhou com uma sobrancelha levantada e saiu entrando sem pedir licença.

— Mal educado. — murmuro baixo.

— Pelo visto não está num bom dia. — inquiere com um tom debochado mais que ao mesmo tempo quer saber mais.

Virei respirando fundo. 

— Acertou. Como você é da casa, eu nem vou gastar minha saliva se quer alguma coisa. Entrou no loft como se fosse seu. — ironizo.

— Sim é meu, assim como o meu é seu. — deu ênfase no que disse e eu mordo a bochecha interna.

— Convencido.

— Eu quero um whisky, por favor. Se importa de eu fumar? — perguntou apertando os lábios em uma linha.

— Não. — inquiro com um sorriso presunçoso e debochado.

Fui na adega e peguei um whisky pondo um pouco pra ele. Dei e me sentei lá fora onde estava antes.

— Porque está assim?

— Porque veio? 

Antes de me olhar tombou a cabeça pro lado com os lábios comprimidos.

— Vim ver como está, aliás eu não dei permissão pra sair do loft.

— Já me viu, agora pode ir. E eu mesma me dei permissão.

Abriu a boca, pensando no que eu disse, ficou quieto sem dizer nada e depois se levantou com o copo na mão. Desvio o olhar de seus olhos. 

— Agora mesmo que não vou, e agora já entendi. Está assim por conta do seu papa, hum? — buscou alguma confirmação no meu semblante fechado.

E mesmo sem dizer nada ele conseguiu a resposta.

— Acho que agora é o momento certo para termos aquela nossa conversa.

— Não.

— Sim. 

— Não.

— Você tem que aprender de uma vez por todas a superar isso. Quer ficar dias e dias assim? 

DESEJO ALÉM DO LIMITE ©Onde histórias criam vida. Descubra agora