DESEJO ALÉM DO LIMITE ©

CAPÍTULO 25 √

MAY ESPOSITO

— I usually love sleeping all alone. This time around, bring your friend with you. — remexo os meus quadris lentamente conforme eu mexo a colher. 

A música vai tocando e cada palavra e batida que a mesma da, é uma vibe que eu sinto. Simplesmente fecho meus olhos e vou rebolando aos poucos até eu os abrir e começar a cantar baixinho. 

Passo o doce para o prato e começo a lavar o que eu sujei, terminei rápido pois eu queria dançar no refrão e cantar também. 

— She asked me if I do this every day, I Said, "Often". Asked how many times she rode the wave, "Not so Often" (Baby).

Sugo meu lábio inferior e abro meus olhos me deparando com o Ravi me olhando. E porra, minhas pernas fraquejaram ao ver sua imagem de calça de moletom preta, sem camisa, deixando amostra todo o seu porte musculoso. A neblina do seu cigarro inundou seu rosto por alguns segundos.

Cazzo!

Engoli em seco, queria correr daqui, mas meus pés pareciam um ímã grudado no chão. Ele veio caminhando até a mim devagar e tragando a sua droga. As palavras sumiram da minha boca. Ravi ficou bem na minha frente e eu fechei meus olhos por meros segundos inalando seu cheiro de perfume amadeirado com nicotina. Fraquíssima era como eu estou. 

— E-estava aí por muito tempo? — busco as palavras e acabo gaguejando. 

— Essa música traz uma emoção, principalmente na parte do refrão. E cada batida que dá na palavra "Often" é uma metida que eu possivelmente darei. — sem mais nem menos ele diz isso ignorando minha pergunta.

Dando uns passos para trás eu acabei me encostando na ilha da cozinha. Minhas mãos escorregam por conta do suor de nervosismo que surgiu. 

— Impossível. E você não respondeu minha pergunta.

— Não me subestime, fiore. Além do mais você tem um bom gosto para músicas. — encosta no armário, ficando na minha frente. 

Cruzou suas pernas e seus braços levando o cigarro até seus lábios carnudos. O movimento foi atraído pelo meu olhar, minha boca estava entreaberta buscando ar que me faltava. Quando a música acabou, outra começou a tocar do mesmo cantor. Starboy. 

— Estou ficando duro com você me olhando assim. 

— Para, não faz isso. — falo baixo.

— O que? — rapidamente saiu de perto do armário, vindo até a mim. Segurou meu rosto com uma mão e soltou a fumaça no meu rosto causando uma neblina entre a gente.

No meio da escuridão, somente com uma fresta de luz por conta da janela e a neblina subindo deixando seu rosto sombrio mais ao mesmo tempo sexy. 

— Estou esperando uma resposta. — aproximou seu rosto perto de mim e por um momento eu pensei que ele fosse me beijar, arfo, com ele passando os seus lábios macios no meu rosto. — Ou você está tão atônita com a minha beleza por me achar sexy que acabou esquecendo de falar? — seu quadril se juntou ao meu me prensando contra a ilha gelada da cozinha. 

— Isso não vai dar certo. Você tem que parar com isso. E obrigada por elogiar minha playlist. — minha voz sai em um sussurro.

— Acho que você esqueceu de responder a parte em que eu disse que estou ficando duro. 

— Meros e mínimos detalhes não importam. — tento empinar meu nariz. 

— Oh, certeza? — levou o cigarro novamente até seus lábios me olhando com seus olhos azuis dilatados e rodeados de fogo e luxúria.