CAPÍTULO 35 √

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MAY ESPOSITO

— Xiuu, falem baixo. Não quero que nos ouçam. — digo.

— Queremos detalhes, querida, como joga a bomba assim sem ao menos contar a história toda? — Leda despeja e Ivete concorda.

Reviro os olhos andando de um lado e para o outro mordendo a ponta da minha unha. 

— Foi o seguinte, eu estava assistindo Netflix e ele chegou. Todo machucado como eu falei para vocês, eu fiquei preocupada e perguntei a ele o que mais tinha acontecido, quase que eu o bati. Eu peguei a caixinha de kit médicos para cuidar dos ferimentos, ele me puxou para o colo dele. Dava umas provocadas, conversamos e assim vai. Quando eu terminei de cuidar dele, ele me puxou para um beijo. — dou uma pausa com os lábios prendidos com meus dentes, me relembrando.

— Eu senti borboletas, medo, ansiedade e um misto de emoções e sensações. Era como se eu estivesse tendo um remember dos tempos antigos. Ao fim do beijo ele me instigou, provocou e conversou comigo. No fim eu acabei me libertando e jogando tudo pro ar, e acabei transando com ele. E cazzo foi intenso. 

— Peraí vocês já tinham ficado antes? — Leda pergunta.

— Si, eram tempos antigos. Era adolescente e ignora isso. — fujo do assunto.

— Então vocês estão juntos? — Ivete diz.

— Não põe a carroça na frente do boi. Não estamos juntos, ele falou apenas para deixar acontecer. 

— Cazzo, maledizione. Perché prevedo che questo finirà con il matrimonio? (Porra, porra. Por que prevejo que isso terminará em casamento?) — diz Ivete.

— Per favore, non sognare, perché non accadrà.  Non vedo l'ora di tornare al mio loft. (Por favor, não sonhe, porque isso não vai acontecer. Mal posso esperar para voltar ao meu loft.) 

— Como se ele fosse deixar né? — Ivete diz cutucando Leda. — Vocês praticamente já "selaram" isso de uma vez. É óbvio que você não vai ficar livre dele nem tão cedo. 

Formo um bico nos lábios e eu achando que elas iriam ficar do meu lado.

— Não custa sonhar né, por favor, isso é só um passa tempo.

— Vejamos, cuore mio, como você se sentiu com tudo isso?

— Ivete, sinceramente, eu me senti confusa e com os sentimentos à flor da pele.

— Eu diria que você está apaixonada, mas… Eu não sou ninguém para dizer isso, eu só costumo ficar com uns rolinhos e só. Leda? 

— Hipoteticamente eu acho muito cedo para dizer isso. Temos que pensar em tudo, vocês estão morando juntos por um tempo indeterminado. Ponto. O humor fica à flor da pele, sentimentos confusos, emoções também… A gente acaba criando um afeto a mais. Então raciocinando tudo isso eu vou ter de concordar com ele. Deixa rolar.

— Certo, psicólogas eu agradeço os conselhos. 

— Gente agora mudando um pouco de assunto aqui, eu estou sentindo que estou sendo perseguida. 

— Oh fofinha são apenas capangas. — falo desdenhosa.

— Apesar de eu ter essa sensação eu me sinto bem sendo perseguida claro que no modo bom, como eu sei que deve ser ordem do capo eu me sinto bem. Nos tempos atras eu morria de medo de andar sozinha na rua.

— Touché, e não é só você. Somos todas nós. Isso tudo é até bom, sabe, a gente anda protegida e não precisa ter pensamentos negativos e nem nada. — comento suspirando.

DESEJO ALÉM DO LIMITE ©Onde histórias criam vida. Descubra agora