CAPÍTULO 49 √

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RAVI TONELLO

— Eles estão começando a perguntar quem vai ficar na liderança agora. — Filippo branda sorvendo o líquido amber no copo.

— Quem tem que questionar algo aqui sou eu. 

— E também querem uma reunião, o conselho pediu. Obviamente pra te pressionar sobre quem vai ficar na liderança ou empurrando os seus filhos como chantagem ou desespero. 

— Sim, eu sei. Aliás eu vou ter essa reunião essa semana ainda. Vou anunciar a nova pessoa. E não ligo pro desespero deles, sou eu quem decido as coisas.

Ergue a sobrancelha suspirando.

— E já tem uma noção de quem vai ser?

Concordei veemente.

— E o seu papa, já se resolveu com ele? 

— Expliquei a ele a situação e já resolvi tudo.

— Nacho me perguntou hoje se você pensa em fazer algo com ele.

— Ele que espera o tempo dele, não vou ser bonzinho e dar um trabalho pra ele só porque ele implora. Antes ele terá de conquistar minha confiança novamente, no entanto, o lugar dele na sede já está guardado. 

— Entendi, é um processo e ele terá de sofrer as consequências né. E pensa em mandar ele de novo pra fora?

— Apesar de ele ser um torturador, eu não penso nisso. Se tiver que resolver algo lá fora eu mesmo irei. Não vou correr este risco novamente. 

— É, você quem decide.

Uma batida na porta foi dada e eu autorizei que entrassem.

— Com licença, senhores desculpa incomodar, mas é que tem uma moça aqui fora querendo falar com o senhor Ravi. — me olhou e o Filippo se levantou terminando de beber e abotoando o seu sobretudo.

— Vou indo, qualquer coisa sabe onde me encontrar. 

— Pode mandá-la entrar. 

Logo eu vejo a Pietra, a babá das filhas do meu tio. Entrou tímida e nervosa apertando a sua bolsa e eu comprimento com um aperto de mão.

— Pietra, quanto tempo, como vai? Sente-se por favor. — aponto pra poltrona, que antes o Filippo estava.

— Eu vou bem senhor, e você? E eu não vou demorar muito, não quero tomar o seu tempo. 

— Vou bem, cheio de trabalho como sempre. Então a que devo a sua surpresa. — brinco tentando deixar o local mais ameno e tranquilo.

— Imagino, bom eu vim te agradecer na verdade. — coçou a cabeça ajeitando os cabelos depois.

— Pelo o que? 

— Por você ter feito o seu tio mudar. Não sei o que você fez ou falou, mas ele teve uma mudança muito boa, super Incrível pra ser sincera. 

— Bom, eu fico feliz por ele ter mudado e eu não poderia deixar ele se afundar nas mágoas, com as drogas e bebidas. Fiz o que tinha que ser feito. Quer alguma coisa? Bebida?

— Não, não Grazie. Posso ver que você gosta bastante das pessoas ao seu redor e eu espero que continue assim. — riu ficando tranquila aos poucos.

— Faço o que posso, mas me conta como foi tudo?! 

— De início foi difícil ele ficava receoso de encostar nelas e se tornar presente. Como ele costuma ser um pouco orgulhoso, ele tentava fazer sozinho, só que eu sempre estive por perto, até chegar no momento onde ele pediu a minha ajuda. E eu fui ajudando ele, começando por coisas básicas e depois indo para partes difíceis. Depois ele pegou a manha.

DESEJO ALÉM DO LIMITE ©Onde histórias criam vida. Descubra agora