CAPÍTULO 17 √

90 7 0
                                    

MAY ESPOSITO

Sento na cadeira e solto um resmungo baixo, só que não foi tão baixo assim quando a Leda virou sua atenção para mim. Seu cenho estava franzido e uma indignação surgiu na sua frente, tentando saber o que havia comigo. Desviei meu olhar rápido e bebi meu cafezinho apreciando o gosto forte em minha boca. Se tem uma coisa que eu amo nessa vida é tomar um café forte. Aqueles cháagua, me dão uma puta dor de cabeça. 

Leda vem na minha direção com alguns papéis na mão e eu viro meu corpo pro lado para fugir das suas perguntas.

Tarde demais.

— O que aconteceu, hum? Por acaso transou e esqueceu a bunda na cama? — brinca sentando ao meu lado.

— Quem dera, e respondendo a sua pergunta a resposta é não. — empino o nariz tentando ignorar as dores no meu joelho e na minha bunda.

Sim, eu estou com dor na minha bunda pelo incrível que pareça e não foi na queda que eu levei pulando do sofá e sim a proeza de jogar uma água no chão da cozinha. Já que estava sujo e melecado por conta da massa queimada. Pois é, eu fiz o favor de escorregar e cair com a bunda no chão.

Olha que legal.

— Sei, e porque está resmungando desse jeito parecendo que levou uma coça de pica. — questiona.

— Que nível chegamos em. 

— Ah, para eu sou uma santa. O orgulho da família. 

— Você não presta. E eu estou assim porque eu dormi de mau jeito, só isso. — minto e ela tombou a cabeça pro lado.

— Mentira.

— É verdade. 

— Ah, para me conte logo o que houve?

— Eu caí. Estava alegre e o universo me fez maneirar na minha alegria. — soltei uma risada anasalada com minha própria fala. 

No entanto, eu resolvi contar a verdade para ela. O que resultou em uma grande preocupação.

— Você está bem? Quebrou alguma parte do corpo? Está sentindo alguma dor? Como você esta droga. — ao mesmo tempo que ela queria rir, ela se manteve preocupada. 

Uma verdadeira linha tênue. 

— Não, Leda não se preocupe. Por mais que eu esteja com muita dor, eu estou bem não se preocupe.

— Certeza? — me avalia com uma sobrancelha levantada.

— Absoluta. A queda foi rápida e eu só fui me dar conta dos roxos depois nos lugares mais inusitados. — meu rosto treme e eu rio.

— Cazzo, eu daria de tudo pra ver você esparramada no chão. — riu. 

— Oh, que delicada você. Acho que eu mereço uma massagem, não acha? 

— Vai me dar um aumento? Se for eu passo até um óleo para ajudar e olha que minhas mãos aqui, são bastante macias.

— Interesseira. 

— Acho que eu posso fazer isso por você. — balança a cabeça pros lados. — Não sou tão má assim. 

— É sério? Eu estou brincando. — tomara que faça, tomara que faça.

— Ah, para. Eu posso fazer esse sacrifício. 

— Amo-te. 

— Idem. Enquanto eu faço a massagem podemos ver uma série o que acha? — propõe.

— Não sei…

— Barbie? — sugere animada.

— Eu tenho absoluta certeza de que você já assistiu todos os filmes e séries da Barbie, e ainda rever e rever até se cansar. 

DESEJO ALÉM DO LIMITE ©Onde histórias criam vida. Descubra agora