EPÍLOGO

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MAY ESPOSITO

De olhos fechados, eu sentia a brisa bater em meu rosto. Uma calmaria interna que me deixava com a alma limpa. Nunca me senti assim na vida, e ainda passar esses tempinhos ao lado da pessoa que você ama.

Eu paro para olhar no passado toda a minha trajetória até aqui, o que eu fiz, passar pelos obstáculos, me render, me fazer entender tudo, e me libertar da bolha onde eu vivia. Tudo graças a ele.

Que chegou no momento certo. E a vida é realmente imprevisível.

Encaro a água cristalina suspirando profundamente. Ouço o Ravi desligar o celular e se aproximar de mim me abraçando por trás.

— Gostando da vista, fiore? — mordeu o lóbulo da minha orelha.

Sorri tombando minha cabeça para trás, encostando em seu ombro.

— Claro, amore mio. Eu amo todas as vistas principalmente aquela que me deixa toda molhada. — sussurrei a última palavra, fazendo com o que ele solte uma risada, alisando minha barriga.

— Eu amo você assim, principalmente quando está morrendo de tesão e vem atrás de mim que nem uma gatinha em busca de sexo. Espero que o nosso filho não seja assim.

— Eu tenho uma sensação de que ele seguirá os caminhos do pai. Até porque estamos falando de um, Tonello.

— Ao menos ele não nos decepcionará. Grazie, fiore, por ter me dado o nosso menino. Com sete meses a sua barriguinha está assim, com nove você vai ficar gostosa pra cacete.

— E eu espero que até lá você me ame mesmo sendo uma bola. — bati em sua mão. — E eu é quem agradeço que mesmo você sendo um insistente você nunca desistiu de mim e no final estou carregando o nosso filho. Olha como a vida é. — refleti.

— Tudo graças a nossa intuição.

— Exatamente.

— Quem era no celular?

— Rocco. Ele me ligou para perguntar como que usa as cordas, e ainda me pediu umas dicas, disse que estava tendo um trabalho danado com o Paolo e queria dar uma lição nele. — soltei uma risada virando de frente para ele.

— Esses meninos são igual cão e gato, espero que ainda estejam vivos quando voltarmos. — beijo os seus lábios.

Respirei, tentando dissipar meus pensamentos libidinosos, ao ver o meu homem com uma roupa de praia e óculos escuros, as mechas de seus cabelos estão mais escuras e seu rosto vermelho por conta do sol.

— Eu disse isso a eles. Nem que eles morram em uma briga, eu puxo o pé deles do caixão.

— Você não vale nada. — olho por cima dos cílios. — Queria ficar um pouco mais, aqui acabou de se tornar a minha segunda casa.

Ravi e eu decidimos tirar umas férias para poder renovar as energias, então viemos para uma risort longe de tudo. Um lugar calmo e cheio de paz. Deixamos o pessoal encarregado para cuidar das nossas coisas. Leda a minha empresa, e o Raul a sede. Ficamos aqui exatamente um mês. E passou tão rápido.

— Podemos vim quando a gente quiser e se cansar do outro mundo. E podemos ficar quanto tempo você quiser. Eu só preciso me programar antes. — apertou meu rosto me beijando.

— Eu te amo sabia? — falei sorrindo, apaixonada.

— Eu também te amo, fiore.

— Para sempre. — diz me abraçando com vontade e eu sussurrei um "para sempre", bem baixinho.

16.11.2022

FIM

DESEJO ALÉM DO LIMITE ©Onde histórias criam vida. Descubra agora