CAPÍTULO 46 √

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RAVI TONELLO

— E foi isso. — termino de contar tudo para eles, o que eu tinha adiado por conta de um imprevisto. 

— Depois dessa e por precaução eu acho melhor fazermos uma vistoria firme dentro da sede e ver quem é realmente leal a gente. Não podemos dar bobeira se hoje aconteceu com um, amanhã pode ser outros. — Raul diz o seu ponto de vista.

— Concordo. — Filippo diz.

— Porra, namoral o nosso papa parecia um adolescente da quinta série, vivia aprontando. — Fabrício da um soco na poltrona. — Olha eu juro que tudo que é mais sagrado que seu por as minhas mãos nesse desgraçado eu juro que eu mato ele com minhas mãos pelos dias que eu perdi uma foda.

Raul negou veemente pondo a mão na testa. Rocco prendia uma risada.

— Inacreditável. — murmuro. 

— Porque essa rixa só agora em? — Paolo questiona.

— Provavelmente ele era um dos homens que se escondeu quando estava perdendo e apareceu só agora com sede em vingança. — digo. — E em relação a vistoria, eu já fiz, todos são leal, realmente ele era só uma pessoa nojenta, de início ele era um cara leal, eu percebia isso, no entanto conforme o tempo passou ele virou casaca. Giovanni tem obsessão em recrutar adolescentes e quando o Dante entrou para trabalhar ele era um, e não sei como ele foi descoberto.

— Ao menos agora temos dois problemas a menos. — Paolo encheu nossos corpos, dizendo.

— Precisamos pensar no próximo passo. — comenta Raul, sorvendo a bebida.

— A essa altura o capo já deve saber que nós sabemos de tudo. Só esperar.

— E o papa? — meu olhar se encontra ao de Fabrício.

— Com ele eu me viro.

— Então era por esse o motivo que a "figlia" dele vivia aparecendo do nada na sede. Muito que provável querendo informações. — Filippo se levanta pondo uma mão no bolso do sobretudo e fumando.

— Pode ser, mas eu não acho que ela correria esse risco, até porque envolve a carreira dela de algum jeito caso algo de ruim. — falo.

— Posso dar um xeque-mate nela se quiserem, afinal eu estou precisando. — a voz de Fabrício se alastra animada.

— Controle esse pau.

Semicerrou o olhar na direção do Raul.

— Não quero mais problemas e você não vai se envolver com ela. Deixe-a, o foco agora é no capo. Onde ousou me matar e tirar a gente do poder. 

— Estraga prazeres. 

[...]

Encosto-me na poltrona ficando de frente ao meu pai. Trago o cigarro e depois do silêncio de cinco minutos eu começo a dizer sem enrolação.

— Vou dizer uma só vez e eu preciso que seja sincero comigo. — minha voz saiu fria, ele ajeitou na sua poltrona.

— O que aconteceu, Figlio?

Ignoro sua preocupação.

— Qual é a sua ligação com o Giovanni Martini?

Em descrença meu pai revirou os olhos bufando. Cruzou as pernas acendendo um cigarro, balançando o seu pé, como sempre. 

— Quando eu estava no poder eu tinha muitos inimigos. — acenei, mostrando que eu compreendia, no sentido de ele continuar a falar. — E ele foi um dos meus. Tínhamos uma rixa, por conta da expansão, e ficávamos trocando tiros ou roubos um com outro. Até a minha paciência se esgotar e eu marcar um encontro em definitivo para acabar com tudo aquilo de uma vez. Contudo, no meio da briga a gente trocou os tiros e eu acabei matando o seu filho que tinha dezesseis anos. 

DESEJO ALÉM DO LIMITE ©Onde histórias criam vida. Descubra agora