CAPÍTULO 06 √

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MAY ESPOSITO

— Aqui estão, Senhora. Tenham um bom dia. — a atendente da loja me entregou as oito bolsas de compras que eu fiz.

— Grazie. — agradeço e depois de ajeitar tudo a gente sai da loja.

Hoje como eu tirei uma folga para mim, eu decidi vim ao shopping com a Ivete, fazer umas comprinhas e se divertir — o que já tínhamos marcado de fazer esse compromisso, só que por conta do trabalho eu não conseguia. E como as coisas estavam mais ou menos calmas na empresa eu resolvi que esse era o momento. Nós viemos cedo para conseguirmos curtir bastante, agora são duas e pouca e a fome começa a bater na porta.

— O que vamos fazer agora? — pergunta Ivete passeando com seus olhos na praça de alimentação.

— A minha resposta está bem na nossa frente. 

— Então deixe-me reformular minha pergunta. O que vamos comer? — agora me olha com seus suplicantes, para decidir comer algo bem gostoso.

— Eu sinceramente não sei. Uma pizza? — sugiro dando de ombros.

— Não queria, mas como estamos bem em frente a uma pizzaria vendo a moça entregar uma pizza que acabou de sair do forno, com o queijinho derretido e a calabresa perfeita, me deu fome. — ela ia dizendo e eu nem deixei ela terminar, simplesmente peguei em suas mãos e sai em disparada para fazer o nosso pedido.

Fizemos nossos pedidos. Que foram duas pizzas, uma de mussarela e a outra com calabresa, junto com um refrigerante. Meu estômago ronca ao sentir o cheiro maravilhoso das pizzas sendo retiradas e sendo aprontadas. Um cheiro que impregna em suas narinas e faz você ter mais fome. Uma tortura psicológica.

Feito então nossos pedidos, fomos para a nossa mesa. Preferimos ficar na parte do canto onde tem as mesas. Sentamos no acolchoado do sofazinho e colocamos nossas compras no canto. Coloquei minha carteira na mesa, também na parte do canto. E deixei-me relaxar curtindo esse momento.

— Até que a gente conseguiu se controlar, né? — digo me referindo as bolsas e ela levantou uma sobrancelha.

— Não sei porque está dizendo isso. Quando terminarmos de comer vamos tomar uma casquinha e fazer o nosso processo tudo de novo. 

Deixei com o que meus ombros caírem e apoiei meus braços na mesa. Fiz uma cara de cansada para ver se ela voltava atrás mais a mesma me ignorou fingindo não ter visto.

— Poxa. — fiz beicinho.

— Ah para, a gente está no lucro porque se fosse no tempo de antigamente a gente estaria sentadas no chão e as bolsas nos nossos lugares.

Não pude conter uma risada.

— Lembra da Leda? 

— Sim, lembro o que tem ela? Afinal eu nunca mais a vi.

— Eu chamei ela para vim conosco e se divertir só que ela recusou dizendo que tinha muito trabalho pra fazer e por isso não veio.

— Ah sim, mas você é a chefa poderia ter obrigado ela a vim. 

Rio com o que ela disse. Como se eu não tivesse tentado. Tenho certeza que ela recusou porque preferiu assistir Barbie, me trocou com isso.

— Eu tentei pelo o incrível que pareça. 

— Sabe a gente nunca mais saiu pra um pub não é? — começou a dizer me olhando bem fundo para captar qualquer reação minha. 

— Já entendi. — franzi os lábios puxando um sorriso ao mesmo tempo.

— Poderíamos ver um pub bom para irmos. — sugeriu levantando uma sobrancelha.

— Pode ser, talvez eu mande um torpedo ao meu contatinho para gente se ver. — comento.

Anuiu, comprimindo os lábios. 

— Boa ideia. Eu farei o mesmo com os meus.

Reviro os olhos ao ouvir "meus". Bem ela está certa, se não tem um que queria ir, tem outros.

A nossa pizza chegou e não demorou muito para começarmos a comer até revirar os olhos de tanto desejo e gostoso que ela estava. Realmente eu precisava disso, desse tempo só dá gente e no final comer pizza como se não houvesse amanhã. 

Aqui na Itália o prato principal de todo mundo é pizza, se eu pudesse, se deixasse, comeríamos todos os dias. 

— Nossa está muito boa. — balbucio de boca cheia sentindo o gosto do queijo se desmanchar na minha boca.

— Realmente, sem sombra de dúvidas essas duas são as melhores. — elogia com perseverança e animada.

Coloquei mais um pouco do refrigerante em nossos copos. 

Quando terminamos de comer a gente deu uma descansada e depois voltamos para o nosso momento indo nas lojas, antes disso a gente comprou uma casquinha chocolate com baunilha.

— Segure minhas bolas, eu vou experimentar essas lingeries. — Ivete me passa as bolsas do modo apressado e eu rio de seu desespero.

Fiquei na porta do provador esperando por ela. A cada lingerie que ela experimentava ela abria a cortina sem se importar se iriam ver ela ou não. Todavia, ela é modelo e está acostumada com isso. Tenho que dizer que todas ficaram fodas no seu corpo, nenhuma ficou ruim. 

Meu celular vibra no meu bolso e me atrapalho um pouco mas eu consigo pegar e ver quem é: Leda. Meu cenho se torce e eu atendo.

— Leda? Serzinho, o que houve? — falo de modo preocupado.

Oi, amor. Não aconteceu nada, apenas estou te ligando pra dizer que chegou as encomendas novas dos tecidos. Eu assinei pra você, e coloquei na sua sala.

— Você conferiu se estava tudo certo? 

Sim, sim. Tudo está ok. Os tecidos finos e grosso estão embalados e em perfeito estado. Os que contém glitter também e vou te falar viu, esses tecidos de glitter estão um arraso e eu não vejo a hora ver como vai ficar com suas ideias novas.

Sorri.

— Fico feliz por isso amor. E que está tudo em ok. 

Eu organizei tudo já e a sua agenda também. E o meu dia por hoje já chegou ao fim. 

— Obrigada, meu bem. — desligo o celular.

Ivete sai do provador com todas as lingeries no seu braço. 

— Vamos? Eu vou levar todas aproveitar que eu ainda estou em forma e que deu tudo em mim.

— Você é inacreditável.

— Vai levar também? 

— Eu não sei…

— Ah, mais você vai sim. — contenho a vontade de revirar os olhos e ela me puxou pra escolher as lingeries. 

Sendo assim, me dei por vencida. Acabei pegando mais a lingerie, aproveitei pra pegar também conjunto de calcinhas e sutiã e essas coisas. Compramos tudo e por darmos satisfeitas a gente rodou mais uma vez no shopping apreciando o dia, até a gente se cansar de vez e vermos que o nosso dia acabaria por ali.

Fomos pro meu carro em direção ao apartamento. 

01.08.2022

DESEJO ALÉM DO LIMITE ©Onde histórias criam vida. Descubra agora