CAPÍTULO 28 √

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MAY ESPOSITO

— Como minha mãe dizia quando chegava em casa, fiquem à vontade. — digo entrando no loft do Ravi.

— A gente vai ficar na área de serviço, você deseja alguma coisa? — RC, pergunta.

— Não, Grazie. 

Durante o caminho para cá eu acabei deixando de lado a minha conduta de mandona e chatinha. Afinal, por mais que eu possa ter privilégios de ser conhecida do capo, eu não posso deixar de obedecer suas ordens. Para o bem de todos. Eu e os homens viemos conversando, não era um assunto bem afundo, até porque se conhecemos a poucas horas. Uma conversa apenas para deixar o clima agradável, visto que pelo o andar da carruagem o Ravi não vai deixar a gente livre nem tão cedo.

Subi para o meu quarto deixando a bolsa na cômoda. Fui ao closet pegar umas muda de roupas, para eu tomar uma ducha. O dia na empresa não foi tão corrido então aproveitei para tirar um pequeno dia de folga. A água quente cai sobre meu corpo e eu de imediato relaxo os meus músculos, soltando um gemido em satisfação baixo. 

Com meus olhos fechados eu relaxo. Deixo meus pensamentos sujos e insuportáveis, lá fora. Assim eu tomo meu precioso banho relaxante sem pensar em nada. 

Saio do banheiro já vestida e com meu corpo relaxado. Passei meu perfume e óleo corporal, peguei meu celular e desci as escadas indo na cozinha. Hoje é a folga da Vanusa, então ela não está por aqui. E mesmo ela não estando, ela deixou já preparado a refeição de nós dois, uma coisa fácil e que dá para esquentar. No entanto, eu não costumo ligar para isso até porque a sua comida é as mil maravilhas. 

Abri a geladeira buscando alguma coisa para comer. Frutas, sorvete, algumas besteiras, suco, água… abri a gaveta pequena encontrado algumas frutas não tinha uvas então peguei morangos e um Danone. Lavei as mesmas e depois cortei pondo e um pratinho. Coloquei o Danone no copo e depois guardei tudo. 

Sentei no sofá relaxando e liguei a tv, pondo na Netflix, rolando o catálogo para baixo eu procurei por algo na qual me interessava até eu parar em um filme de suspense. O que eu adoro, quem vê assim nem pensa que é a apaixonada por Babies. 

Umas horas depois de eu ter comido tudo e lavado eu continuei a ver mais filmes. Terminei o primeiro filme e eu digo que só perdi a porra do meu tempo. Um filme chato, só tem enrolação, não tinha sustos e nem nada. Procurei por outro e coloquei logo um de terror, aí sim eu gostei. Depois de ver esse eu acabei procurando por uma série boa na qual pudesse me entreter, eu achei uma e aqui eu estou vendo já o décimo episódio. 

Mas, minha atenção se perde quando eu ouço o barulho da porta se abrindo. Nem preciso virar o rosto para ver quem é, por conta do cheiro do seu perfume. Todavia, eu peguei o controle e pausei a série. Virei meu rosto na sua direção vendo o seu corpo todo… machucado. Santa Madre. Per Dio. 

Me levantei rápido com o meu coração na mão. Seu corpo estava machucado. Seu rosto estava com uns cortes um na boca, no supercílio, a bochecha está um pouco inchada. A blusa está arregaçada parecendo que alguém puxou e seus cabelos estão alinhados e um pouco bagunçados ao mesmo tempo. 

Ver essa cena me deixou apavorada por dentro. Um bolo surgiu na minha garganta e o medo me consumiu. Não sabia o que fazer, na minha mente se passava um monte de situações dele brigando com alguém, com certeza a pessoa saiu muito pior que ele. Apesar de ele não estar numa situação precária mas mesmo assim, machucado. Me deixava atônita. 

Pisco diversas vezes dissipando as lágrimas que queriam vir. Maneio a cabeça deixando meus pensamentos de lado e me aproximo dele. 

— Ravi, Figlio di puttana olha pra situação que você está. Droga, você está bem? Está muito machucado? Está sentindo muita dor? Vamos me responda. — rosno apertando seus ombros. 

DESEJO ALÉM DO LIMITE ©Onde histórias criam vida. Descubra agora