RAVI TONELLO
— O que vamos fazer? — Filippo pergunta.
— Vamos invadir e tomar os dois pub deles, também vamos expandir o nosso pequeno comércio de ternos.
— E porque isso agora? — Fabrício questiona.
— Houve umas… reclamações de algumas pessoas dizendo que são sempre as mesmas putas e não tem nada de diferente, e que já estão cansados de comer as mesmas "putas". Então tornando isso útil e ao agradável, iremos expandir e tornar isso ao nosso favor. Colocaremos novas pessoas para trabalharem lá e acabar com esse mimi.
— Até que para você atender as ideias deles, está sendo muito bonzinho, não acha? — Fabrício comenta com desdém.
— É preciso fazer uns sacrifícios, às vezes.
— E desde quando você liga para o que dizem? — disse.
— Desde quando é bom ouvir algumas reclamações, para você refletir e tornar isso a seu favor.
— Caralho, eu fico impressionado com você. Enquanto, muitos querem dar um passo à sua frente, você já está a dez quilômetros longe da pessoa. Que orgulho. — Filippo bate as palmas com um sorriso no rosto.
Trago o meu cigarro, prendendo a droga em meu pulmão, para depois soltá-la.
— Filippo, é preciso pensar, somente isso.
— Sabe que com isso pode haver olheiros disfarçados, não sabe?
Filippo serve mais whisky em seu copo, ainda falando.
— Sei Fabrício, no entanto tudo já está resolvido. O pessoal do galpão vai passar a trabalhar na parte externa. Ninguém conhece eles por trabalharem no galpão, isso é a peça chave do plano. Eles vão trabalhar no clube disfarçado, uns atendendo no balcão, outros fazendo a revista dos quartos e assim por diante. Assim ficará mais fácil de saber mais das coisas, também dei ordens de se alguém ver um movimento fora do comum, de executar. A minha paciência já extrapolou o limite.
— Sendo assim, por mim está perfeito. Agora mudando de assunto, você já leu as propostas do governador? Ele quer um ponto de acesso fácil na sua mansão, ele disse que precisa relaxar, e mais algumas outras coisas. A lista é imensa, o cara é bastante exigente. — explica Filippo.
— Esse povo não aguenta se segurar. A gente dá a mão e já querem o nosso corpo. Eu vou pensar direito e vejo no que faço, em relação a ele.
— Fratello, pensando por esse lado é até bom para mantermos eles por perto.
— É eu sei. Agora eu quero saber de vocês, como estão se saindo em vigiar as madames?
Ambos desviaram o olhar e começaram a olhar por toda sala, cada detalhe dos objetos. Olharam tudo, menos para mim.
— Fratello, para que quer saber se você mesmo já sabe?! — ironiza com um sorriso em desdém no rosto.
— Nem tudo eu sei, fratello.
— Mhm, que seja. Eu já posso voltar como antes?
— Não.
— Demônio. — resmungou cruzando os braços se afundando na poltrona, pondo sua perna em cima da outra.
— Olha, a situação com aquela mulher lá, até que está saindo bem. A rotina dela é meio monótona, então é sempre a mesma coisa.
Voltei meu olhar pro Fabrício, mandando ele dizer em um aviso silencioso.
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DESEJO ALÉM DO LIMITE ©
Fanfiction+ 18 | May Esposito é uma mulher de vinte e três anos que com muito esforço e dedicação conseguiu erguer a sua empresa de modas na Itália. Hoje ela faz muito sucesso e tem a sua vida ganha. Uma mulher com muitas ideias e enche os papéis do jeito que...