RAVI TONELLO
— É hoje que eu mato um. Me explica que palhaçada é essa? — exaspera se desvencilhando do meu aperto no seu braço.
— Primeiramente, que de cabeça quente você não irá pensar e muito menos raciocinar tudo o que vou dizer.
— Santa Madre, logo hoje, logo hoje que eu não era pra eu ir trabalhar. E fiz o que? Dei ouvidos a Leda. Per Dio.
— Tome. — dei um copo de suco pra ela.
— Senta. — estico o braço para ela sentar no sofá.
Depois que os ânimos ficaram mais calmos eu me sentei acendendo o cigarro e comecei a contar que ela iria passar alguns dias no meu loft. O que custou um ouvido novo pelos seus gritos agudos, parece que eu tinha matado um homem na sua frente.
— Eu acho que eu devo estar tendo algum tipo de sonho lúcido porque não é possível. Eu não vou ficar aqui.
— Vai sim. Até tudo se acalmar e eu decidir o que farei.
— Inferno, porque isso?
— Segurança.
— Você vai ter que me explicar direito, tenho que saber se estou em caso de vida ou morte.
— Não morrerá, eu vou proteger você. Isso não é assunto seu e não quero que se preocupe com isso.
— Vontade de matar. Cazzo, é por isso que eu odeio esse mundo. É por isso que você vive mas não sabe até quando ou se tem inimigos atrás de você. — rendida, colocou os braços no joelho passando a mão no rosto.
— Fiore, não pense nisso. Nenhum inimigo ou alguém que queria o seu mal, chegou perto de você.
— E como sabe?
— Palavras de uma pessoa sábia. Você pode ter um anjo da guarda e não sabe.
Solto uma risada anasalada.
— E por acaso você está falando de você? — me olhou.
— Por acaso eu tenho cara de ficar atrás de você toda hora? Não, mas posso ter gente.
— Se eu entendi o que você disse, eu te ordeno que mandem sair das minhas costas, não preciso de ninguém pra me proteger.
— Certeza?
— Se for de você, sim.
Nego rindo. — Bem, agora está ciente. Passará alguns dias aqui por conta de algumas coisas e também não precisa se preocupar com suas amigas. Elas estão seguras.
— Minhas roupas.
— Já estão aqui. Eu mesmo fui pegar onde você mora. — semicerrou seus olhos na minha direção. — Não me olha assim, eu fiz o trabalho completo. Vou pedir pra Vanusa te mostrar o loft e pode pedir pra ela qualquer coisa que deseja comer. O seu quarto, você já sabe onde é.
Me levanto apagando o cigarro no cinzeiro. Ajeitei meu sobretudo e quando dei um passo à frente ela se levantou rapidamente, mordendo seu lábio inferior.
— Onde vai? — rio, por dentro, por ver que seu instinto por mim sempre falará mais alto, mesmo que ela seja uma durona.
— Vou resolver algumas coisas.
— E, vai demorar?
— Porque? Vai sentir minha falta? — estando perto o suficiente eu fecho meus olhos sentindo seu cheiro inundar em minhas narinas.
— Não! Não gosto de você. É só pra saber mesmo, se dar tempo de eu ainda fugir.
— Se quiser se cansar à toa é com você mesmo. E sabe o que é bom nisso tudo?
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DESEJO ALÉM DO LIMITE ©
Fanfic+ 18 | May Esposito é uma mulher de vinte e três anos que com muito esforço e dedicação conseguiu erguer a sua empresa de modas na Itália. Hoje ela faz muito sucesso e tem a sua vida ganha. Uma mulher com muitas ideias e enche os papéis do jeito que...