CAPÍTULO 38 √

63 4 0
                                    

RAVI TONELLO

Acendo um cigarro e relaxo na poltrona da sala. Aproveitando os últimos momentos de silêncio, eu começo a pensar. Todavia eu ouço a voz da Vanusa entrando na sala. 

— Sr.

— Sim, Vanusa?

— Bem eu queria pedir uma coisa. 

— O que seria?

— Se tem como o Sr, me liberar mais cedo. Não vou enrolar muito, mas é porque eu conheci um homem e ele me chamou para um jantar. 

Encaro em seus olhos e posso ver um brilho diferente neles. E eu sinto que não é um brilho temeroso como antes e sim de um jeito bom. Aponto em sua direção e digo.

— Um homem? 

Concorda.

— Pensei que você ficaria para netos, fazia tempo que eu não via você com ninguém.

Deu um sorriso envergonhado.

— Oportunidades. 

— Tem razão. E você dá uma boa surra nas mulheres que tem preguiça de arrumar um homem, vejo que está bem disposta. — lançou-me um olhar fuzilante e envergonhado ao mesmo tempo.

— Sr. Mulher nenhuma precisa de um pau para se satisfazer com todo o respeito. Existe dedos.

— Touché. Do mesmo modo, você é incrível.

Para não dizer: Você está bem disposta para o meu gosto.

— Pode ir, Vanusa. Você já faz muito por mim, aproveita e tira a folga durante a semana toda. 

— Mas…

— É uma ordem. — lanço um olhar de comando.

— Ok. 

— Precisa de alguma coisa? — indago.

— Eu quem deveria lhe perguntar, mas respondendo você, não eu não preciso.

— Ok. 

[...]

Ouço passos vindo da escada e eu levanto o meu olhar por cima dos cílios e vejo a May descer, vestindo somente uma blusa social deixando suas pernas torneadas de fora. Seus cabelos estão soltos com um certo volume e seus olhos dilatados. Ajeito minha postura na poltrona e sinto o meu pau se apertar na minha boxer. Caralho de mulher linda.

Ela caminhou na minha direção com seus passos lentos e calculados.

— Pensei que fosse trabalhar hoje. — começou a falar.

Solto a fumaça.

— Decidi tirar um tempo hoje.

Ficou na minha frente colocando os braços para trás. Analisei sua linguagem corporal e posso sentir ela tensa com uma cara inocente, pensando em algo para aprontar.

— Hum. Esse tempo tem algo a mais?

— Depende.

Toquei em sua perna fazendo um carinho para cima e baixo sentindo a maciez da sua pele quente. Envolvo minha palma na sua perna e a puxo para mim, fazendo ela sentar em meu colo. Passando suas pernas em cada lado da minha perna, ela se acomoda. Colocou os braços em cada lado da minha cabeça mordendo seus lábios. Soltei a fumaça em seu rosto e a neblina inundava entre a gente deixando o ar entre nós mais quente e excitante. 

— Não consegue ficar um dia sem essa coisa? 

— Não. 

— Credo. Me deixa fumar também? — abriu um sorriso travesso prendendo os lábios.

DESEJO ALÉM DO LIMITE ©Onde histórias criam vida. Descubra agora