Capítulo 53: Essa é minha noiva.

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Pietro

A última vez que pisei na Itália eu tinha 10 anos. O que quer dizer que faz 14 anos que não piso no lugar que eu nasci e onde minhas raizes estão. É tempo demais. Parece que deixei algo pra trás e só agora lembrei de ir procurar. Mas não estou aqui pra matar a saudade de nada, estou aqui por causa da mulher da minha vida.

—Pra onde vamos? —Alfredo indagou, se espreguiçando, enquanto puxava sua mala. —Caramba, como é bom sentir o clima quente e não congelante como o de Aspen.

—Vamos pro hotel e então procurar por eles. —Afirmei, vendo ele me olhar com um sorriso muito grande no rosto.

Tínhamos pegado o primeiro voo que conseguimos pra Itália assim que saímos do apartamento de Hermione. Tudo que a mãe dela nos disse foi o nome do hotel em que eles estavam ficando. Eu nem ao menos dormi durante as longas horas no avião, porque estava ansioso demais para chegar.

—Você pode ficar no hotel pra descansar. —Falei para Alfredo, já que nenhum de nós dois estávamos acostumados a ficar mais de 10 horas dentro de um avião.

—Ah, não. —Ele riu, negando com a cabeça. —E perder todo encontro romântico seu com a Hermione? De jeito nenhum!

Revirei meus olhos, sentindo meu coração acelerado. Nunca tinha ficado tão nervoso em toda minha vida. Mas aquela garota era importante demais pra mim. Hermione mudou todos os meus planos e me fez mudar inclusive minha rotina que eu estava tão acostumado. Não largaria tudo em uma viagem em cima da hora por ninguém. Só por ela.

Eu e Alfredo pegamos o primeiro táxi que conseguimos para o hotel. Pro meu azar, o hotel que Hermione estava não tinha mais quartos disponíveis, o que me obrigou a pegar em outro hotel um pouco longe demais do dela. Fiquei olhando para as ruas da cidade enquanto o táxi percorria o trânsito. Estávamos no início da manhã, o que significa que Hermione provavelmente não estaria no hotel.

—Ei, relaxa. —Alfredo me deu uma cotovelada. —Ela vai ficar feliz em te ver. Tenho certeza.

—Não, ela com certeza não vai. —Soltei uma risada nervosa, passando as mãos no rosto. —Eu a conheço. Ela vai ficar assustada em me ver aqui.

—Um assustado bom ou ruim? —Indagou, me fazendo olhá-lo com as sobrancelhas erguidas.

—E existe isso? —Soltei o ar com força, vendo ele rir. —Para, eu tô nervoso pra caramba, sabia?

—Eu tô vendo. Mas relaxa, vai dar tudo certo. —Ele me deu outra cotovelada. —Você atravessou o oceano por ela, cara. Se vocês não voltarem depois disso, não acredito mais no amor.

Olhei pra ele um pouco cético, mas fiquei em silêncio o restante do caminho até o hotel.

[...]

Como eu havia imaginado, Hermione não estava no hotel quando fui até lá. Alfredo ficou flertando com o rapaz do hotel até ele aceitar falar se eles estavam lá ou não. Bem, eles estavam hospedados naquele hotel, mas haviam saído logo cedo, o que não nos ajudava em nada.

Ficamos andando pela rua, passando pelos pontos turísticos, esperando que milagrosamente esbarrássemos com ela ou o pai dela. Na verdade, eu deveria ter arrumado o número dele, porque não acho que ele seria tão mal comigo a ponto de não me ajudar a encontrar com a filha. Mas ali estava eu, sentado em uma mesinha em um café, enquanto pensava na opção de voltar para o hotel dela e esperar lá.

Docemente Apaixonados / Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora