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Vilão

Trouxe a Mariana comigo, desci do carro junto dela e vi o 2N encostado na moto dele.

Vilão: Manda... - o encarei.

2N: Ela quer falar contigo - apontou com a cabeça para trás.

Quando eu me virei na direção e eu ri irônico.

Ela não podia tá aqui não...

De novo na minha frente com essa cara de cínica do caralho que ela tem.

Vilão: Você tá maluca, filha da puta? O que você tá fazendo aqui, caralho? - alterei meu tom de voz.

Porra, quando o 2N falou que eu tinha um problema pra resolver eu não imaginei que esse problema teria nome e sobrenome, e fosse essa filha da puta.

Janaína: Eu vim te ver, e mais uma vez tentar conversar com você, civilizadamente dessa vez. Podemos, meu filho?

Vilão: Meu filho? - repeti o que ela disse irônico - Vai pra puta que te pariu, Janaína.

Janaína: Olha como você fala comigo! Eu ainda sou a tua mãe, você querendo ou não - apontou - qual é cara? Eu tô aqui na sua frente disposta a tentar fazer diferente...

Dei risada. Não deixei ela terminar de falar.

Vilão: "Mãe", é uma coisa que você nunca foi. Você me colocou no mundo, só não serviu pra criar né?

Parei de frente para ela.

Vilão: Uma vagabunda! É isso o que você é, teu papo era apoiar o desgraçado que me agredia e ainda por cima te arrebentava. Tu amava aquilo ali, né, apanhar dele?! - ri com desgosto.

Sentir meu rosto arder e por segundos eu não acreditei naquilo...

Na raiva eu segurei forte, apertando pra machucar mesmo, o maxilar dela e a empurrei na parede encarando ela com ódio.

Vilão: O que que eu te falei na última vez que tu colocou a cara aqui? Falei que eu ia acabar contigo se tu viesse aqui tirar a minha paz, não falei? - gritei na cara dela - me dá um motivo pra eu não fazer isso aqui agora! Um motivo só, pra eu não estourar a tua cabeça, desgraçada!

2N: Qual é Vilão, é tua mãe, independente de tudo, pô. Faz essas parada não, irmão. - falou chegando perto segurando meu braço.

Vilão: Sai! - ele tirou a mão de mim - Se intromete não, mané, tu não tem nada a ver com isso. - ele levantou as mãos em rendição.

Janaína: Deixa, deixa ele bater na mãe dele. É isso que você se tornou, né? Num monstro. Tua avó sempre me disse, mas eu quis pagar pra ver. Já era de se esperar. - riu.

Fechei a mão e fui com tudo pra dar um soco na cara dela.

Janaína fechou os olhos e apertou os punhos com medo.

E em fração de segundos eu desviei, socando a parede, bem ao lado do rosto dela.

O barulho da minha mão se batendo ali fez ela abrir os olhos e me encarar assustada.

Janaína: Você é um maluco. Puta que pariu!

Esfreguei a mão no rosto nervoso, soltei o rosto dela com força e se pá ela até bateu a cabeça na parede. Nem vi direito não.

Janaína: Eu achei que depois de todos esses anos você ia se tornar alguém melhor. Entender o meu lado, me perdoar. Mas não, você só piorou, se tornou isso aí. - falou chorando.

Vilão: Não se faz de vítima, Janaína - ri sem graça - vai embora, se não eu vou fazer uma bagunça contigo, vai! E pela última vez, eu vou pedir na moral. Some e não volta mais, porque pra mim você já tá morta há anos.

Janaína: Para de ser assim. Sempre que eu te vejo você fala as mesmas coisas, as mesmas ameaças. Quer fazer comigo o mesmo que você fez com o seu pai, é? Me matar?

Vilão: É! - gritei indo pra cima dela perdendo a paciência de vez. Parei de frente para ela e o 2N entrou no meio afastando ela pra trás - é isso que eu vou fazer com você se tu não sumir daqui agora!

Janaína: Eu quero fazer diferente dele...

Vilão: Vai embora! - apontei.

Janaína: Deixa eu subir pelo menos pra falar com a sua avó, então? - neguei com a cabeça - É sério.

Vilão: Não, não vai subir, agora mete o pé antes que eu decida mudar de ideia e tu só sai daqui morta.

Janaína concordou a contragosto e passou a mão no rosto me olhando.

Janaína: Eu vou, mas você pode ter certeza que eu vou voltar...

Vilão: Vai se foder!

Ela deu as costas e foi saindo, encarei ela até a mesma sumir totalmente do meu campo de visão.

O silêncio que ficou ali, me virei e vi que tinha pelo menos uns cinco menó ali, incluindo o 2N. E quando eu olhei pro outro lado vi a Mariana no mesmo lugar, encostada no meu carro e me olhando de uma forma que era indecifrável.

Não sei se ela estava normal, ou com medo. Mas isso era um dos meus menores problemas pra querer saber.

Suspirei cansado e passei a mão no meu rosto.

Vilão: Papo reto, não quero ouvir ninguém comentando porra nenhuma do que rolou aqui agora - encarei os moleque e ouvi eles concordarem.

Passei pela Mariana e olhei pra ela.

Vilão: Quer que eu te deixe em casa? - olhei pra ela.

Mariana: Não... vou subir com o 2N, tá tranquilo - falou sem me olhar.

Dei a volta no carro e nem rendi. Vi o 2N falar algo com ela e meti o pé dali

Quando eu entrei em casa a primeira coisa que eu vi na minha frente eu joguei no chão com raiva.

Bati o braço na prateleira de vidro que tinha na sala com várias garrafas de whisky e joguei tudo no chão vendo tudo se quebrar por ali.

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Gatinhas, sobre os comentários...

Eu vou começar a colocar metas agoras e só postar quando elas baterem! Os capítulos estão dando 300 visualizações, vários votos, mas poucos comentários.

A quem comenta e interage, eu agradeço!

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