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Mariana

Milena: Mari, posso te perguntar uma coisa?

Perguntou assim que a gente saímos da loja. Concordei que sim com a cabeça e ela me olhou séria.

Milena: O que você tem com o Vilão?

Mariana: Eu? Não tenho nada com ele não, Milena? Tá maluca? De onde você tirou isso? - falei rápido e saiu até embolado.

Milena: Já tem uns dias que eu venho reparando em vocês dois, desde o dia do hospital que você passou a noite toda lá com ele. Tá rolando algo entre vocês?

Mariana: Não, Milena, nada, absolutamente nada, rola entre mim e o Vilão. De onde você tirou isso? Não tem nada a ver... - menti.

Milene me encarou parecendo pensar por uns segundos e abriu um sorriso em seguida.

Milena: Que bom então, por um segundo eu pensei que tinha algo a mais entre vocês dois - disse parecendo estar aliviada - Eu gosto muito do Vilão, sabe? Sempre gostei dele, ele só é muito fechado na dele, mas já faz algum tempinho que a gente se envolve, no fundo ele deve ter algum sentimento por mim, não é possível! - riu.

Mariana: Vocês têm algo mais sério, é?

Milena: A gente só fica, já tentei falar com ele de algo mais sério mas ele não quis nem me ouvir, já se altera todo. Então pra não estragar os nosso momentos eu prefiro não falar muito. Mas a gente não manda no coração, né? Eu não tenho culpa se ele é um gostoso e me fez ficar apaixonada nele.

Sorri de boca fechada e balancei a cabeça pra ela em forma de concordância com o que ela falou.

O restante do caminho foi ouvindo ela falar do Vilão, o quanto ele é lindo, o quanto ele é gostoso, e milhares de coisas. Já tava afim de mandar ela calar a boca.

Eu fiz o cabelo dela e o de uma outra menina, tinha uma unha pra fazer às oito e quarenta da noite, mas a menina desmarcou falando que estava com a filha no hospital. Entrei no meu quarto pronta pra descansar, mas quando desbloqueei meu celular ele estava aberto no contato que o Vilão tinha salvado.

Eu não tinha o número dele e nem ele o meu, então ele me passou o dele e disse que era pra eu chamar qualquer hora.

Pensei se chamava ou não. Sorri sozinha lembrando do que rolou mais cedo, a pegada desse homem, puta que pariu. O cheiro do perfume dele ainda estava grudado na minha roupa e a cada vez que eu me movimentava podia sentir ele.

- Tô afim de ir buscar o meu colar na tua casa, rola ainda???🤔 (20:55)

Mandei, mandei e depois fiquei pensando se eu deveria ter mandando mesmo. Deu medo da forma com que talvez ele me responderia.

Me senti como se ainda estivesse meus 15 anos, mandando mensagem pro molequinho que eu gostava e esperando a resposta dele.

Encarei a tela do meu celular e resolvi tomar banho porque se eu ficasse ali esperando a resposta dele eu ia passar mal.

Deixei meu celular carregando, ainda demorei maior tempão porque decidi lavar meu cabelo. Quando sai fui direto nele e li as notificações que marcavam duas mensagens dele e agora a foto de perfil dele tinha aparecido pra mim.

Encarei a foto vendo que era ele de costas deixando a mostra as tatuagens no braço dele e logo em seguida entrei na conversa.

Vilão: Coé, pode vir a hr que tu quiser, pô (21:10)
Quiser te busco aí agora, brota? (21:11)

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