Vilão
Depois que o pai da Mariana saiu eu só me sentei e escutei calado tudo o que ela falava, não quis nem dar palpite porque se eu abrisse a minha boca seria pra xingar pra caralho esse maluco.
Eu escutei tudo, e papo reto eu me segurei muito pra não entrar aqui dentro e mostrar pra ele quem era o tal do vagabundo que ele tanto fala, mas eu me contive, pela Mariana. Porque eu tô ligado que esse maluco pode esculachar ela aqui agora mas ela vai continuar falando pra todo mundo que ele é o amor da vida.
Então eu prefiro nem opinar, porque se eu falar eu tô ligado que a gente pode acabar brigando, então é melhor nem render.
Vilão: Qual foi Mariana, eu venho pra te ver e tu vai ficar assim? — encarei ela que estava com a cabeça deitada na minha barriga. — anima aí pô, vai ficar assim só por causa dos bagulho que o teu pai te falou?
Mariana: Assim como, eu tô normal. — ela falou baixo.
Encarei ela e em segundos me levantei fazendo com que mesmo contra a vontade ela se sentasse na cama também.
Vilão: Sonsa, ainda tem coragem de mentir. — ela riu. — Bora pô, se levanta aí e vamo dar um pião.
Mariana: Sair uma hora dessas? Vamos pra onde? — questionou.
Vilão: Descer pra praia.
Mariana: Você nem gosta de praia, Ítalo.
Ítalo: Mas você gosta, então a gente vai. Bora, pô! — ela me olhou rindo fraco.
Encarei ela se levantar fazendo maior drama pra ir mas de fim ela aceitou.
Mariana se arrumou rápido e eu só fiquei observando ela, tô me sentindo bobão demais por essa mulher ultimamente, papo reto, nunca me imaginei assim não.
Mariana: Terminei, vamos? — eu encarei ela parada na minha frente. Concordei me levantando e fui saindo logo atrás dela.
Mariana
Nem me arrumei muito para sair, apenas vesti uma blusa do Ítalo por cima do top e do short que eu estava e vim.
Mariana: Pode assumir, você quem queria vir na praia e me usou como desculpa pra isso, pode falar. — Eu olhei pra ele que caminhava comigo de mãos dadas pela areia da praia.
Ítalo deu risada, todo sonso.
Mariana: Ala, tô falando, todo cínico, queria vir e me usou como desculpa. — falei rindo.
Vilão: Caô, pô, te trouxe pra te agradar. — falou me fazendo dar uma risada fraca.
Caminhei com ele até perto do mar, nos sentamos na areia e mesmo eu tentando me distrair aqui com ele involuntariamente meus pensamentos voltaram.
Eu só sabia pensar em tudo o que o meu pai havia me dito. Eu sempre vou bater cabeça com isso tudo o que ele fala.
Às vezes eu me pego pensando se eu fiz mesmo a escolha certa em voltar com o Ítalo, se eu estou fazendo certo em ficar brigada com o meu pai pra viver um amor com um homem que leva uma vida errada.
Nada do que o meu pai me diz é mentira, se envolver com bandido não é um mar de rosas como todos vêm por aí, por enquanto aqui tá tudo bem, mas quem me garante que vai ser sempre assim?
Meus pensamentos sempre vão a mil, eu nem sei em quem acreditar, o que pensar, e isso me deixa maluca!
Vilão: Tá pensando no que o teu pai te falou ainda? — A voz dele me tirou dos meus pensamentos. Encarei ele concordando com a cabeça e pude ver o semblante dele mudar.
Mariana: Muita coisa que ele falou ali pra mim é verdade, Ítalo. A minha mente tá uma confusão, eu não queria me afastar do meu pai de novo, mas sei lá...
Vilão: Você tá com dúvida Mariana? — Encarei ele que me interrompeu. — Papo reto, se tu tiver, não tem caô, a gente dá um tempo de tudo isso aqui e tu pensa na paz, pô.
Mariana: Caralho, Ítalo, não complica. Você sabe que não é isso o que eu quero.
Vilão: Não pô, eu não sei não. E eu tô falando é na moral, não tô brigando, nem surtando, tô mandando o papo reto que se tu quiser eu me afasto e você pensa nisso tudo aí. Ele é o teu pai, tua família, e eu vou entender tranquilo se você quiser se afastar de mim por ele. — ele disse dando os ombros.
Olhei pra ele que olhava para o mar à nossa frente e suspirei.
Mariana: Se você tivesse uma filha, você ia ficar tranquilo sabendo que ela tá se envolvendo com um traficante? — perguntei olhando ele e pude ver sua expressão mudar.
Vilão: Por que você tá perguntando isso?
Mariana: Porque eu quero saber, na tua visão. Se você tivesse uma filha você ia achar normal ela se envolver com um bandido? — Eu refiz a minha pergunta novamente.
Vilão: Não Mariana, não. Eu não ia achar maneiro porque eu sei que essa vida não é uma mar de rosas, e eu ia fazer o possível e o impossível pra afastar eles! — Ele disse rude.
Mariana: Viu? Esse é o mesmo pensamento do meu pai.
Vilão: Tô ligado, ele não tá errado, por isso que eu te falo, se tu quiser parar por aqui tá tega...
Mariana: Ihh... para com esse papo! — eu interrompi ele que riu fraco. — Tá querendo terminar comigo e não tá sabendo falar é? — brinquei pra acabar com o clima chato entre nós.
Vilão: Ih, tá maluca? — ele riu — Aqui é a pra vida toda, só a morte pra separar, filhona. — Fiz careta ouvindo essa última parte.
Fechei meus olhos quando senti ele beijar meu rosto devagar e em seguida me beijar, e eu nem se quer fiz questão de separar, já que estávamos praticamente sozinhos!
▪︎ ▪︎ ▪︎
Gente voltei!! Como diz o querido Veigh: Vocês sabem que eu sumo e apareço do nadakkk

VOCÊ ESTÁ LENDO
Mente de Vilão
Romance157 bolado, era o terror das favelas mas tive sorte no amor, achei minha cinderela. Eu só andava de peça e de carrão importado mas quando me apaixonei eu vi que tinha mudado....