Mariana
Mariana: Vilão, para. Pelo amor de Deus, cara! - praticamente gritei tentando puxar ele pra longe do Pedro.
Puxei ele pela barra da blusa e tentei empurrar ele pra longe, alguns homens que estavam ali entraram no meio e me ajudaram.
A essa hora já tinha diversas pessoas em volta observando a confusão, parecia que a boate toda estava aqui olhando pra gente. A minha vontade era de desaparecer nesse momento, de raiva e vergonha.
Vilão: Isso aí é só pra tu pegar uma visão com quem que tu tá mexendo, mané. Tá achando que só porque tu é boyzinho de condômino, filhinho de mamãe, eu vou abaixar a cabeça pra tu, caralho?! Me respeita e me trata mais sério. Porque é você quem não sabe com quem você tá mexendo. Eu faço um estrago do caralho na tua vida, vacilão.
Mariana: Vilão, para! Que porra, já deu. Vamos embora!
Pedro: Eu vou na polícia, eu vou fazer um b.o contra você, seu marginal. Por agressão e ameaça. - ele limpou o canto da boca que sangrava sem parar e o Vilão deu uma risada totalmente irônica.
Vilão: Porra, tu vai lá ainda? Perde teu tempo indo não pô, faz o seguinte, liga pra eles e manda eles virem aqui.
Ele sorriu e em segundos ficou totalmente sério de novo enquanto cruzou os braços.
Vilão: Eu não tenho medo de polícia, não maluco. Bato de frente com eles e com quem for que vier atrasar e tirar onda pro meu lado. Quer chamar os cara? Chama lá pô, vou esperar por eles aqui. Tu tá achando que chamando eles me intimida? Porra nenhuma!
Mariana: Não! É sério, Pedro não faz isso. - tentei impedir a merda que o Vilão estava fazendo - não arruma mais esse problema, por favor.
Pedro: Vai defender esse maluco agora, Mariana? Saiba que da mesma forma que ele me agrediu ele pode fazer o mesmo com você - apontou.
Vilão: Ala, tá vendo?! Aí se eu pego um arrombado desse aí de porrada eu ainda tô errado.
- Qual foi do bagulho Vilão, o que que tá pegando? - Uma terceira voz, firme e em tom totalmente sério surgiu entre a gente.
Olhei na direção e pude reconhecer os mesmos homens que estavam com o Vilão há minutos atrás.
Vilão: B.o nenhum, pô, só ensinei pro playboy aí como que é a nossa forma de dialogar - riu e o homem olhou pro Pedro.
- Precisar de ajuda, tamo ai pô.
Mariana: Pedro, é sério, vamo evitar estresse, não tem necessidade nenhuma de você chamar a polícia - falei sentindo um estresse fodido, observando ele com o celular em mãos.
O Pedro ia me responder, mas o tal homem que eu não sei o nome tomou a frente dele.
- ele não vai chamar polícia nenhuma! - ordenou - não é Pedro? - falou firme.
Ele apontou com a cabeça para os outros três homens que estavam ali com ele e os três fizeram questão de mostrar as armas que eles portavam na cintura.
Meu Deus! Eu não vou nem perguntar se isso não tem como piorar, porque eu tenho certeza que tem!
Mariana: Pedro... por favor!
Pedro: É por você! - me olhou e o Vilão riu.
Mariana: Para você também, que saco! - olhei pra ele - tá fazendo o quê aqui ainda?
Vilão: Tô esperando você pra ir embora, filha, no papo reto.
Mariana: Anda!
Sai andando indo até o carro dele, abri a porta e antes de entrar ouvi o Pedro me chamar.
Pedro: É sério Mariana? Vai mesmo com ele?
Mariana: Pedro eu acho que nós podemos conversar depois, né? Em um momento onde eu esteja calma. Só se cuida aí, tá bom, me manda mensagem depois. - olhei ele balançar a cabeça contra gosto.
As meninas que estavam conosco saíram com ele dali, e essa foi a última visão que eu tive dele.
Entrei no carro e eu acho que eu descontei o meu ódio todo na porta do carro do Vilão porque o bato que dei...E ele simplesmente me olhou sério mas não disse nada.
Fomos em silêncio por um tempo, eu ia ficar calada, não queria render assunto, mas na raiva que estou, se eu não surtar eu vou passar mal.
Mariana: Puta que pariu, Vilão, você é um inconsequente! Primeiro que nada nunca mais vai apagar a vergonha que eu passei hoje. E segundo é que se o Pedro chama a polícia ali, você estaria fodido - falei pausadamente - Tu tem noção das merdas que você faz? - encarei ele.
Vilão: Eu não tenho medo de polícia não, Mariana. Foda-se eles e aquele pau no cu do teu amiguinho. Tu acha que eu vou deixar aquele otário querer vir tirar onda com a minha cara? A sorte dele foi que eu só bati, pô, ele me pegou no meu dia mais calmo - falou e eu neguei séria.
Mariana: O seu mal é acha que tudo se resolve na base da violência também, né? Se tu não pode matar, você vai lá e bate na pessoa até quase matar ela? - ele balançou a cabeça em confirmação de forma irônica e eu respirei fundo no ódio.
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Mente de Vilão
Romance157 bolado, era o terror das favelas mas tive sorte no amor, achei minha cinderela. Eu só andava de peça e de carrão importado mas quando me apaixonei eu vi que tinha mudado....