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Vilão 

Fui fazer uns corre na pista e quando voltei pro morro já fui recebido com os moleque avisando que o Patrão queria falar comigo.

Assim que entrei na sala vi o filho da puta do Pk ali. Encarei ele que me olhou sério. O rosto dele todo machucado me fez rir fraco.

Vilão: Espero que tu tenha falado o que tu fez em, Pk. Se fazer de vítima sem falar o que você realmente fez é maior neurose, pô. — ele riu irônico.  

Pk: Aproveita também e fala pra ele que tu me pegou na covardia caralho. Não esquece de contar isso aí não. — eu ri.

Vilão: Covardia foi o que você fez com a Mariana! — rebati.

Patrão: Qual foi caralho? Cala a porra da boca os dois! Virou bagunça isso aqui? Qual é Vilão? Já chega querendo bagunçar a casa? Vem sem caô porque eu quero resolver isso no diálogo. Eu ainda tô paciente pra caralho, então não me irrita vocês dois. Principalmente você. — ele apontou pro Pk.

Pk: Eu? — apontou pra si mesmo espantando e eu revirei os olhos. Cínico pra caralho. — Quem me bateu foi esse filho da puta aí e tu tá bolado comigo? Qual foi...

Patrão: Tu quer mesmo leva a conversar pra esse lado, Pk? Se fazendo de sonso? Se quer mesmo me avisa, aí eu já aproveito e te aviso também que o teu fim vai ser triste. — encarou ele sério.

Pk: Me deixa explicar então o meu lado pô, não é bem assim também não. — ele contestou.

Patrão: Não! Cala a boca e me escuta calado, porque "EU" tô falando. — ele enfatizou.

Pk concordou contragosto com o semblante fechado.

Patrão: Eu não vou render muito papo pra vocês, não tenho nem paciência e nem tempo pra esse assunto. O papo é seguinte, eu não quero ver a tua cara na minha frente por um mês. — apontou pro Pk que contestou na hora.

Pk: Um mês caralho? Não fode, Fernando. — ele interrompeu ele mais uma vez e a cara de ódio do Patrão ficou evidente.

Patrão: Eu te mandei calar a porra da boca, tá surdo?! — falou alterando o tom de voz. — Caralho, é a segunda vez que a mesma reclamação sobre você chega em mim Pk. A segunda... tu tá achando que você tá aonde? Na Disney, porra? Se liga pivete. Eu tô avisando, essa é a última vez que eu ouvi esse papo de que você tá forçando a barra com as mina aqui. Tá me entendendo?

Pk balançou a cabeça em concordância enquanto eu só encarava tudo.

Patrão: Me responde porra, balança a cabeça pra mim não. Não tava me interrompendo aí? Então agora olha na minha cara e fala comigo! — mandou sério.

Pk: Eu entendi, não vai ter próxima vez.

Patrão: É lógico que não vai ter próxima vez, até porque se tiver eu mesmo te mato! Minha favela não é bagunça não, não vou aceitar isso aqui dentro. É a última vez que eu deixo passar. E eu tô te falando, não quero ver a tua cara na minha frente tão cedo. Abraça o papo que eu tô te dando. Tô por aqui com certas atitudes suas já!

Pk só concordou de cara fechada. Quando o Patrão virou pro meu lado, Ih... ele começou logo a falar pra caralho. Foi maior palestra falando que eu tinha que dar o exemplo, que eu não posso sair arrumando briga por aí e os caralho todo. Eu só escutei calado, não falei nada pra evitar que ele falasse mais.

Quando ele me liberou sai junto com o pk.
Encarei ele e achei pouco pra caralho a punição dele.

Patrão é gente boa pra caralho, mas o mal dele é passar a mão na cabeça dos moleque. Um mês longe e nada mais?! O cara agarra uma mulher, força a barra e ainda machuca ela, e a única punição dele é ficar um mês longe de tudo? Fala se não tem como não ficar puto com um bagulho desses...

O único lado bom dessa porra aí é que eu não vou ver a cara dele na boca tão cedo. Mas pelo menos o dele comigo ele teve ontem.  

Peguei ele pra escama sem dó nenhuma e se não tivesse alguém ali pra separar eu só tinha parado quando ele apagasse.  

Vilão: Eu espero que tu tenha aprendido a lição de ontem. Não se mete com a Mariana, já é? Tu não vai arrumar confusão com ela não, tu vai arrumar é comigo.

Pk: E se eu for atrás dela de novo? Vai acontecer o que, Vilão? Tu vai ficar puto? — ele levantou a cabeça me olhando de volta — Ao contrário dos outros aqui ó, eu não tenho medo de você não caralho, eu me aproximo da Mariana quantas vezes eu quiser!  

Vilão: Tenta então, pô. Vai lá e depois tu vê o que te acontece...

Pk: Eu não vou deixar isso baixo fácil assim não, tu tá ligado disso. Pode ter certeza que essa você não vai levar. Eu vou acabar contigo e de brinde com a Mariana também — sorriu falso.  

Vilão: Encosta num fio de cabelo dela pra tu ver se eu não estouro a tua cabeça. — apontei na cara dele, que ficou calado. 

Olhei ele virar as costas e sair dali. E é engraçadão que ele sempre gosta de peitar e bater de frente com quem é bem mais fraco do que ele. Mas quando é alguém que ele sabe que ele não pode tentar, fica pianinho pô.  

Me encostei na grade que tinha ali e respirei fundo. Papo reto, o meu dia foi só estresse daí em diante. De noite eu colei em casa e tomei um banho, me arrumei pensando em ir pro baile mas não tava no pique. 

Marolei nas ideia da Mariana.

Ela é foda pra caralho, mas faz muita tempestade por coisa boba. 

Essa parada de ficar falando com jeitinho com ela só porque ela não é acostumada com isso ou aquilo me irrita, porque se tem um bagulho que eu sou é ignorante, então isso é uma questão que sempre vai causar briga entre nós. 

Desbloqueei meu celular e entrei no contato dela, ela tava online, liguei e a fodida nem atendeu. Ri sozinho, voltei na conversa e só gravei um áudio pra ela.

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Mente de Vilão Onde histórias criam vida. Descubra agora