157 bolado, era o terror das favelas
mas tive sorte no amor, achei minha cinderela.
Eu só andava de peça e de carrão importado
mas quando me apaixonei
eu vi que tinha mudado....
Me encostei na parede e em seguida vi o muro à minha frente sendo perfurado por uma bala.
2N: Caralho, ótima forma de finalizar o dia - ironizou.
Olhei novamente para fora do beco de novo e vi que tava limpo, chamei o 2N e outro menor e eu sai apontando meu fuzil pra todos os lados.
Quando a gente passou pelo outro beco eu já vi que não ia rolar, tinha vários alemão ali.
Vilão: Volta e pula o muro - apontei.
Sei nem de quem era a casa, só sei que eu e eles subimos pra cima da laje dela, tinha uma visão maneira de tudo mas não dava pra forga muito ali não. Helicóptero dos cana tava rodando em cima pra caralho.
Comecei a tossir o 2N me olhou com maior carão.
2N: Tu se segura caralho, não é hora de tu ter crise de asma aqui não!
Vilão: Já é, vou pedir pra ela esperar eu chegar em casa, tá bom?! - ri falso.
2N: Usa a bombinha cara, vamo meter o pé aqui.
Papo é que eu já tava cansado já, desde o começo da invasão eu tô usando a bombinha, mas agora eu cansei mermo, meu coração tá acelaradão.
Vilão: Faz o seguinte, vai vocês dois, eu vou descansar uns cinco minutos aqui, cansei, rola não, pô - puxei o ar respirando fundo.
2N: Não rola não é eu te deixar aqui sozinho caralho, eu fico contigo.
Vilão: Diego vai! Vai acabar dando algum b.o aqui, vai que eu me viro.
2N: Você tá passando mal... - interrompi ele.
Vilão: Não vai ser uma crise que vai me derrubar, 2N. Se liga, desde criança eu tenho isso, é normal, eu só tô cansado - ele me olhou e já ia contestar - eu alcanço vocês, pô.
2N: Qualquer bagulho, se tu ver que vai lombrar, dá um toque no meu celular que eu vou saber que tu precisa de ajuda, ja é? E se você vê que não dá pra você, se esconde em algum lugar próximo aqui e é sem neurose.
Vilão: Tá, vai!
Olhei ele sair e tirei minha bombinha do bolso, fui usando ela fazendo as pausas sem nem esperar muito tempo e quando eu vi que deu, me levantei e pulei de uma casa pra outra.
Desci em um beco que eu já sabia onde era o fim dele, dava na principal perto da boca.
Se pá era arriscado ir pra lá, o foco dos cara é sempre à boca, não duvido nada que eles tão por lá.
Mas eu só fui. Fui e quebrei a cara, era óbvio que eles iam tá aqui, mas eu não imaginei que eram tantos deles.
Recuei para trás, me encostei na parede de uma loja, fiquei só no sapatinho tentando calcular uma rota rápida. Quando eu achei que dava pra sair eu senti uma queimação forte na minha barriga. Senti minha camisa molhar na hora.
Papo reto, hoje não é o meu dia...
Gemi de dor sentindo doer e queimar pra caralho e apertei o gatilho da parafal mirando na direção de quem atirou.
Eu tinha que sair daqui, e rápido, questão de tempo pra me verem aqui. E eu desci, tentei descer rápido a rua mas a dor na minha barriga tava infernal.
Me encostei no muro e levantei a minha blusa pra ver se foi só de raspão ou se a bala entrou mesmo, mas era óbvio que a bala entrou, a dor dessa porra tava me matando.
- ou - a voz feminina surgiu do meu lado e eu encarei rapidão já apontando na direção.
Vilão: Puta que pariu garota! - me alivei quando vi quem era e abaixei minha arma devagar.
- entra aqui, anda. - Eu encarei tentando raciocinar por alguns segundos.
Mas pô, rolava pra mim mais não, do jeito que eu tô sangrando e tá lotado de cara aqui, eu não chego longe nunca.
Entrei na loja e só vi ela entrar atrás de mim e trancar tudo.
▪︎ ▪︎ ▪︎ Personagens
Ítalo Viana, 25 anos Vulgo: Vilão
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Mariana Albuquerque, 19 anos
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