Um encontro no parque

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Nota: Consegui! Finalmente consegui uma rede, só não garanto a formatação, quer dizer, a internet caiu algumas vezes, então isso pode ter prejudicado a organização do capítulo inteiro (vou ter que arrumar depois, entretanto). Espero que gostem do capítulo bem maior!

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Quando Kalliope havia dito que queria ir embora de Guttenberg, o choque no rosto de Índigo e Vincent foi evidente, inclusive em Kaleo. O que a deixou um pouco mal, mas já estava decidida.

Kalli gostava bastante da sua cidade natal. Foi onde nasceu, onde sua mãe conheceu seu pai e onde passou quase toda a sua vida – tirando o tempo no Acampamento Meio-Sangue no verão, é claro. Mas assim como memórias boas, haviam as ruins. O primeiro ataque de monstro sofrido por ela foi em sua cidade natal, e sua mãe ficou doente em sua cidade natal... Ela foi chantageada em sua cidade natal. Foi bom ir embora, apesar da dor ser inevitável. Ainda assim, Manhattan não era tão ruim. O atendimento médico era melhor, o que era mais do que bem-vindo nas atuais circunstâncias; Carmen Soline estava no Hospital Lenox Hill, no Upper East Side.

As escolas também eram melhores, Kalli e Kaleo tiveram a sorte de entrar em algumas escolas particulares de prestígio na cidade. Ela estava na escola Goode, ou algo assim, sempre esquecia o nome. Ela não estava planejando ficar em Manhattan por muito tempo, de qualquer maneira. Cada vez mais, vinha debatendo se deveria ficar no Acampamento Meio-Sangue o ano todo, completamente focada na busca pela cura da mãe.

Antes, a única coisa que impedia era sua mãe e seu irmão, afinal. Mas agora que havia a garantia de que Kaleo ficaria com Vincent, especialmente ao saber que a mãe havia registrado na justiça que queria deixar seus filhos sob a tutoria do homem caso algo acontecesse a ela – que era o padrinho da garota – havia a relaxado mais.

Ambos haviam conseguido rapidamente a vaga nas escolas graças a enorme rede de contatos de Vincent Mallow.

Durante seus dias no lugar novo, Kalli enfrentou coisas comuns como lição de casa, viagens de ônibus para a escola e o envenenamento covarde de sua mãe. Sua escola não tinha um campo de tiro com arco, então não tinha como fazer seu ritual matinal habitual de foco – que era basicamente acertar muitos alvos, sejam eles móveis ou imóveis, o mais rápido possível. Kalli precisava de algo para distraí-la, então decidiu passear no parque perto de sua escola. Naturalmente, deveria estar na aula, mas imaginou que seu professor de inglês não se importaria que faltasse uma ou duas aulas, dadas as circunstâncias.

Kalli estava escrevendo um ensaio sobre a guerra do Peloponeso quando viu duas pessoas que lhe eram extremamente familiares. A menos de três metros dela, sentados em um banco de parque, estava Clarisse La Rue, acompanhada de um garoto  – é quem eu acho que é? – piscando confusa, ficou observando a cena, na busca por confirmação.

Era Percy! Percy Jackson!

O que aqueles dois estavam fazendo juntos? Ou eles se tornaram amigos de repente, ou havia algo terrivelmente errado. Considerando as circunstâncias, imaginou que era o segundo.

Juntando suas coisas e passando a alça da bolsa sobre o ombro, Kalli imediatamente correu até eles, quase derrubando todos os seus livros no processo. Ela não esperava ver aqueles dois juntos, mas, francamente, estava feliz com a distração que isso proporcionaria.

— O que diabos vocês dois estão fazendo aqui? — perguntou.

Eles olharam para a filha de Apolo, assustados. Kalli os interrompeu enquanto conversavam profundamente sobre algo, obviamente não esperando que alguém conhecido estivesse ali também. Percy disse o nome da amiga, confuso e foi só isso. Apenas a olhava. Clarisse estava confusa também, mas seu olhar de confusão foi quase completamente mascarado pelo olhar raivoso que enviava para Kalli.

𝐒𝐎𝐁 𝐎 𝐒𝐎𝐋 (𝑭𝒐𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒍𝒖𝒈𝒂𝒓)Onde histórias criam vida. Descubra agora