Kalli se viu parada diante de um dos túneis no Labirinto.
Olhando ao redor, via várias raízes de árvores, dos tamanhos mais variados. Havia uma energia ali, do tipo bom e confortável, que deixava sua alma agitada tranquila.
Aquela era a segunda vez que tinha aquele sonho, só que desta vez, estava um pouco mais próxima do túnel que parecia se estender para sempre; Kalli não conseguia se mover, não conseguia andar.
Ainda havia algo para ela no Labirinto? Não acha que conseguiria voltar para aquele lugar, entretanto.
Só mais um pouco meu botão de ouro, só mais um pouco.
A voz de seu pai a fez pular no lugar.
Olhando ao redor, procurou freneticamente por Apolo, mas não viu nada além de ervas daninhas, raízes de árvores e o escuro.
O deus não estava ali. Apesar de sua voz ter soado tão próximo a ela, ele não estava ali.
Do que você está falando? Kalli pensou enquanto continuava olhando ao redor. Torcendo para que seu pai a escutasse e a respondesse, mas não foi isso o que aconteceu. Tudo começou a escurecer cada vez mais e ela caiu.
Kalli acordou gemendo de dor.
Ela estava deitada na terra fria do Labirinto. Sua cabeça doía e latejava, como se tivesse sido usada como um martelo para bater pregos e então chacoalhada. Sua boca tinha gosto de ferro.
Ao se mover lentamente, foi o suficiente para sentir como se grandes pregos quentes estivessem sendo empurrados lentamente até o osso em seu tornozelo. Kalli gritou de dor.
— Ei, ei. — Clarisse estava rapidamente ao seu lado, a ajudando a se levantar, apoiando suas costas — Cuidado, seu tornozelo está quebrado.
— Bem... Merda. — a voz de Kalli estava fraca e rouca. Tentou rir, mas tudo o que conseguiu foi gemer mais uma vez de dor.
Ônix as rodeava frenético enquanto encostava o focinho nas bochechas de Kalli.
— Você tem algum Néctar ou Ambrosia com você? — a voz de Clarisse estava estranhamente suave, se tivesse forças, Kalli definitivamente diria alguma coisa sobre isso.
— Acho que sim... Na minha bolsa ou no meu cinto...
Foi então que Kalli percebeu que as mãos de Clarisse estavam sangrentas, com arranhões feios nelas. Desviando o olhar, os focou em Ônix, que ainda abanava o rabo e parecia tão aliviado quanto ela se sentia por estar viva.
— Você é maluca, sabia? — ela disse enquanto revirava a bolsa de Kalli.
— O que?
— Desabando toda uma sessão do Labirinto pela segunda vez. Deve ser um talento, só pode. — disse bufando — Dizem que a convivência muda as pessoas, deve ser isso... Igualzinha ao Prissy.
— Eu não tenho a mínima ideia do que você está falando. — ela disse — E o Néctar e a Ambrosia?
Ela voltou para perto de Kalli e foi mexer em seu cinto, pegando o tubo de ensaio com o líquido. Kalli tinha que agradecer aos irmãos Stoll por lhe darem esse cinto para carregar seus tubos de ensaio e que não os deixava quebrar.
— Aqui. Tem um pouco de Néctar. A Ambrosia acabou.
Com a ajuda de Clarisse, Kalli tomou o Néctar, mas se recusou a tomar tudo.
— Use o resto para as suas mãos. — ela disse, se sentindo mais como si mesma após o gole — Aliás, obrigada por cavar as pedras para me tirar.
Clarisse parou a meio caminho de derramar o Néctar em suas mãos, mas não disse nada e apenas cuidou de seus ferimentos. As duas ficaram em silêncio por um tempo, até que ela disse:
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𝐒𝐎𝐁 𝐎 𝐒𝐎𝐋 (𝑭𝒐𝒓𝒂 𝒅𝒐 𝒍𝒖𝒈𝒂𝒓)
Fanfiction𝑷𝒆𝒓𝒄𝒚 𝑱𝒂𝒄𝒌𝒔𝒐𝒏 𝑿 𝑭𝒆𝒎!𝑶𝑪 Mesmo sendo familiar com a história de Percy Jackson, nada a preparou para subitamente acordar como uma personagem extra na história após sofrer um grave acidente no qual não lembrava nada. A agora Kalliope...