Quarenta e Quatro

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- Alissa, eu posso explicar. - Henry por fim tenta se pronunciar.

- Não acredito que você vai querer se explicar pra ela! - Lucy olha para ele indignada. Seus olhos expressava a tamanha raiva que ela tinha. - Vocês dois não tem nada, ela nem se lembra de você, os professores ocuparam muito ela com a lição de cama.

Meus olhos estão marejados, a surpresa me toma por inteira, me sinto sufocada, quero e necessito voltar para minha casa, já não estava entendendo absolutamente nada.

Dou as costas para eles e caminho a procura da saída, já não estava mais me achando naquele lugar, já não sabia para que lado eu deveria seguir. Apenas caminho, acabou esbarrando em algumas pessoas, peço desculpas e continuo saindo.

Quando de fato estou com os pés da saída, meu celular vibra entre meus dedos, antes mesmo de olhar, sinto um arrepio me tomar por inteira e por pouca coragem, vejo a mensagem.

Estou esperando os seus toques.
Quero sentir o seu gosto, o calor dos seus braços e os seus beijos. Curioso estou sobre a sua boca quente sobre minhas partes.

Começo a digitar uma resposta sem pensar duas vezes.

VAI SE FUDER!

A resposta chegou de imediato.

Quero fuder-la até suas pernas tremerem.
Venha me encontrar atrás das portas.

A raiva me consome de tal maneira por tais respostas que eu simplesmente saio caminhando novamente pelos corredores, começo a abrir porta por porta, não me importo de entra nos quartos ocupados pelos casais a procura de que atormentava a minha alma em curiosidade.

Por fim, acho um quarto vazio, razoavelmente escuro, a única coisa que deixava claro era a luz da lua que passava pelo vidro da porta da sacada. De costas para mim, estava uma pessoa totalmente vestida de preto, o sobretudo com capuz, deixava um ar mais misterioso.

- Quem é você? - Pergunto. Minha voz já estava falha, minhas mãos suavam frio, estava na hora de saber a verdade.

A pessoa se vira para mim, mas não dá para vê seu rosto, olho para os lados e não vejo nenhum interruptor. Estou a mercê de qualquer ação.

- O que você quer comigo? - Pergunto, na expectativa de uma resposta, porém, apenas recebo silêncio e mais silêncio.

Dou apenas dois passos em direção a pessoa, receosa, meu coração batia tão forte que era possível ouvir as batidas pelos meus ouvidos. A pessoa não fazia nenhum se quer movimento, continuava ali, me olhando.

- Por que está fazendo isso comigo? - Insisto. Silêncio. - Eu te fiz alguma coisa? Me diz.

Perdi totalmente o ar quando o capuz foi retirado, mas ainda assim não era possível vê seu rosto, minhas pernas tremiam sem parar. Por simples e completa teimosia, me atrevo a dar mais um passo, estava próxima demais, tão próxima ao ponto de consegui agarra-lo, porém, ao mesmo tempo, longe o suficiente para pode correr.

O som da música estava auta para quem estava a pelo menos metade das escadas. Masestando ali, não era tão possível ser incomodada com tamanha zona, por mais que eu quisesse está tranquila neste momento, a preocupação me atingia, o medo de ser morta a qualquer momento por ninguém consegui ouvir meus supostos gritos ou até mesmo os barulhos de um assassino em série, me deixava de cabelos em pé.

Era possível senti o seu cheiro. Um cheiro único em minha memória mais afetiva, o cheiro único de suas peças de roupas limpas, o perfume caro que eu nem poderia se quer imaginar comprar um.

Aí meu Deus!

A postura imponente, como se nada pudesse abala-lo.

A segurança de suas palavras e tamanha sabedoria, como se pudesse viver e respirar palavras de livros.

Um quebra-cabeça que estava faltando a poucos minutos, agora estava completo bem na minha cara todo esse tempo. Mas por que tamanha perseguição?

- Você... - Sussurro, meu olhos estava arregalados com a surpresa. Porém, antes mesmo que eu pudesse ter qualquer tipo de resposta, sou atingida por algo, sinto minha cabeça doer, toco com as pontas dos dedos e sinto mais dor, os meus dedos estavam com sangue e minha visão estava cada vez mais ficando turva. Perco os sentidos e tudo começa a ficar escuro.

- Aidan. - Seu nome sai em um completo suspiro. Antes mesmo que eu me pegasse em completa escuridão, posso vê seus passos se distanciando de mim.

Eu estava com medo.

Para falar a verdade, o medo já estava me tomando por completa, só que não havia mais nada a se fazer, não conseguia me mexer, minha respiração estava dificultosa e lá se ia toda e completa consciência.

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