Dezenove.

3.8K 319 17
                                    

New York.
23:58 pm.

Depois daquela tragédia no corredor, já estava no apartamento de Dylan, mas tranquila e aproveitando suas carícias que me deixavam tão calma e quase adormecida.

- Dorme aqui hoje? - Pediu enquanto alisava meu cabelo.

- Eu não posso, não avisei meus pais que dormiria foram. - Fiz beicinho e cara de triste.

- Por favor. - Pediu e me beijou. - E já está muito tarde para que volte. - Beijou meu pescoço. - E aqui você pode dormir na minha cama, ao meu lado, com muitos beijos, carinhos e tudo que quiser.

Suspirei prazerosa.

- Vou ter que recusar a oferta. - Choramingo. - Eu não avisei.

- Então liga agora e descobre se consegue ou não dormir aqui. - Se esticou para pegar meu celular em cima do criado mudo.

- Tudo bem. - Digo, enquanto disco o nunero

Seu sorriso ficou tão grande e iluminado que parecia ter virado uma criança.

Retribui o sorriso.

(...)


Já eram três horas da manhã e tudo que eu tinha conseguido era virar de um lado para o outro.

Consegui dormir no apartamento do Dylan, após dizer a minha mãe e ao meu pai por telefone que dormiria na casa de uma das meninas. Mas teria que volta de manhã cedo, antes que eles começassem a surta.

Mas tudo nesse momento tudo que eu desejava era ter uma boa noite de sono, daquelas que se fosse necessário babar seria totalmente bem vindo.

Procurei alguma coisa para comer, só que tudo que encontre não me agradava. Então, apenas peguei uma maçã e me sentei na cozinha no escuro.

A sala estava sendo iluminada apenas pela luz da rua, a cortina estava um pouco aberta, então a luz que vinha não era suficiente para iluminar tudo.

Tudo estava tão silenciosa, tão calmo e grande parte das vezes isso era interrompido pelas minhas mordidas na maçã e pelos batuques que eu fazia no balcão com as unhas.

Era tão estranho aquela situação e ao mesmo tempo tudo tão novo, por mais que o medo tivesse correndo por boa parte do meu corpo, a adrenalina flutuava no meu sistema.

Passei por inúmeras situações com Dylan, uma vez meus pais quase pegaram ele no meu quarto no meio da madrugada, isso quando estávamos no começo do nosso relacionamento e não conseguíamos nos desgrudar por nenhum momento.

Outra vez foi quando estávamos também no começo do nosso relacionamento e enquanto todos estavam na aula, eu e ele nos trancamos no quartinho de limpeza e transamos.

Teve uma situação também bem engraçada onde estávamos no estacionamento de um shopping a noite, e uma coisa levou a outra e dentro do carro começamos a transar, porém, tivemos que parar na metade do processo devido a baterem no vidro do carro. Dylan desesperado quis se levanta e se indireta, mas esqueceu que eu estava por cima dele e seu desespero me fez bate a cabeça no teto do carro e eu fiquei presa entre os dois bancos - motorista e o do carona.

Era bom quando tínhamos esses momento, nos rendia muitas risadas e adrenalinas. Mas hoje em dia, Dylan não tem mais esse pique, toda vez que ficamos juntos é em seu apartamento e nem tem mais emoção.

Com Thomas foi diferente, foi bom lembrar como as vezes se arrisca trás uma sensação nova e atraente.

Sorri com meus pensamentos.

É totalmente errante esses meus pensamentos, pois nada disso compara. Dylan e eu estávamos juntos por amor e por cumplicidade, já eu e o Foster não tínhamos nada.

Terminando minha maçã, a joguei no lixo e lavei minhas mãos. Peguei meu celular no balcão e caminhei para fora da cozinha, indo em direção a sala.

Então tudo foi tão rápido, uma mão estava em minha boca e outra me segurava para não me deixar escapar.

Tentei gritar em desespero e medo, mas nada saia.

- Shiu. - Sussurrou em meu ouvido. - Sou eu.

Aquela voz eu reconhecia e a horas atrás tinha me feito delirar.

Thomas Foster.

Me virei para encara-lo assim que ele me soltou quando percebeu que eu não relutava mais. Seu rosto não estava tão iluminado, parecia mais que eu não estava no meio de um sonho erótico.

- O que você está fazendo aqui? - Falo baixo. Eu o encarava com certo receio. Se Dylan acordasse no meio da madrugada e nos encontrasse, estaríamos perdidos.

- Eu precisava ver você. - Deu de ombros. Seus olhos me encaravam com extrema atenção.

Ele diminuiu o espaço que tinha entre nós e segurou em minha cintura, sua boca foi em meu pescoço e subiu lentamente para morde o lóbulo da minha orelha.

Suspirei.

Foster me levantou e entrelacei minhas pernas em sua volta, o nosso beijo parecia necessitado de algo cada vez maior, o nossos corpos se encaixavam e tinha sintonia e calor.

Sua mão direita apertava meus seios, enquanto a esquerda empurrou a camiseta do Dylan para trás e invadiu a minha calcinha.

Mordi seu ombro na tentativa de esconder um gemido, mas falhei.

- Alissa? - Ouvir a porta do quarto se abrir e a voz do Dylan preencher Boa parte do apartamento.

No mesmo momento Thomas se distanciou da parede comigo ainda em seu colo e me soltou, fazendo com que eu caisse de bunda no chão, criando um grande barulho na sala.

- Merda! - Esbravejei.

Ouvi passos para lá e para cá e a luz foi acesa. Dylan estava ao lado da porta me encarando totalmente curioso, enquanto eu me mantinha no chão totalmente vermelha de vergonha.

- O que você está fazendo aí?

- Eu... É... Eu tava... - O nervosismo tinha chegado ao limite, as palavras não pareciam estar em seu sentido normal e muito menos eu.

- Você caiu? - Perguntou vindo até mim.

- Eu... Tropecei. - Menti. Passei a mão pelo meu pé, fingindo estar com dor.

- Como isso aconteceu?

- Eu estava na cozinha comendo uma maçã e vim fecha a janela. - Fiz cara de dor. - Tropecei no tapete.

E com essa mentira mais deslavada consegui que ele me levasse para o quarto e cuidasse do meu pé que nem com dor estava.

Eu estou ficando muito ferrada com essa situação.

Clube Da Meia NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora