Doze

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Nova York.
03:17 am.

As horas iam se passando e nenhuma mensagem chegava, eu não sabia que tipo de jogo era aquele.

Eu me encontrava com um copo de uma bebida que eu nem se quer sabia qual era, tinha sido presente de alguém que eu nem sabia quem era.

Para ser sincera, a está altura, eu nem estava mais me importando.

A cada minuto eu ligava a tela do meu celular em busca de algum sinal.

O peso em minha consciência já estava me matando, era muitos erros para uma noite só.

Eu havia errado com o Dylan.

Havia errado no fato de deixar a Lucy boa parte da festa pisa em mim.

Errei com o fato de ainda está nessa festa.

Eu não sei o que eu estou fazendo, só sei que meu corpo já estava começando a reagir a bebida.

Eu já estava começando a perde meus sentidos de uma pessoa sã.

Isso era divertido e ao mesmo tempo algo que eu sabia que iria me arrepender no dia seguinte.

Minha consciência gritava comigo para ir embora, o sinal de alerta estava a todo vapor me avisando constantemente que eu estava me colocando em perigo. Mas o meu corpo se recusava a sair dali.

Tudo ao meu redor parecia estar em câmera lenta.

As pessoas andavam devagar demais.

A música estava lenta e incompreensível.

Tinha momentos que tudo parecia estar girando.

Eu precisava sair ali!

Com certa dificuldade me levantei do banco, tudo girava, me apoiei no braço de alguém que estava próximo de mim ali e esperei que tudo parasse de girar.

Caminhei em meio a multidão de pessoas ali, de repente comecei a me sentir esmagada, a sensação de que eu tinha paredes me fechando ali.

Olhei desesperada em procura da saída, mas eu não conseguia achar, as pessoas não paravam de andar, outras já mais alcoolizadas giravam e dançavam sem parar.

No momento que eu ia da meia volta e volta para algum lugar onde eu conseguisse me sentar, dei de cara com algo duro e forte, instantaneamente braços forte me puxaram para ficar mais colada e começou a se mexer no ritmo da música.

Tudo estava escuro, apenas as luzes coloridas iluminavam, então não conseguia ver a pessoa com tanta clareza, apenas consegui identificar que era um homem, alto, moreno e forte o suficiente para me quebra no meio com um abraço.

- Se solta gatinha. - Ele sussurrou em meu ouvido. Pude senti de longe o cheiro de álcool vindo dele.

Meus pés doíam muito e tudo que eu precisava era da minha cama.

Meu corpo não balançava como o dele, para ser sincera, eu não fiz esforço nenhum para me mexer.

Tentei me afasta de seus braços, mas parecia algo impossível, estava presa ali, girando e girando.

Merda!

Eu sentia que iria vomitar a qualquer momento se eu girasse mais um pouco.

Estava  parecendo um boneco de posto, todo desordenado e sendo motivo de qualquer jeito e maneira.

As luzes doíam a minha cabeça e as coisas pareciam sumir e voltar, como se eu fosse desmaiar, porém, algo me fizesse voltar.

O suor gelado escorria pela minha testa e me causava arrepios.

O que estava acontecendo comigo?

Foi então que rapidamente outra mão grudou em meu braço, me fazendo sair bruscamente de perto do cara grandão.

- Larga meu namorado sua vagabunda. - Uma loira, magra, que parecia te acabado de sair de uma revista, gritou por cima da música alta.

Seus olhos eram de completa raiva, o ódio estava inundando cada parte dela e eu pude ver mesmo com pouca luz que ela estava ficando vermelha.

Em uma ação rápida, ela jogou todo o líquido que tinha disponível em seu copo em mim. O cheiro de vodka me deixou mais enjoada, principalmente, quando parte dele caiu em minha boca.

Meu estômago começou a trabalhar, o suor frio foi se tornando algo mais constante, os arrepios foram se tornando maiores.

Minhas pernas começaram a tremer e eu sentia que iria cair a qualquer momento.

E não aguentei!

Quando percebi meus estômago estava trabalhando e em questão de segundos estava vomitando em seu vestido vermelho curto.

O choque tomou todos que estavam ali em nossa volta, os olhares curiosos foram se formando cada vez mais rápido.

- Sinto muito. - Digo, enquanto limpo a boca.

A tontura foi ficando mais forte, as coisas giravam cada vez mais, eu me sentia em uma montanha russa.

Dei um passo para trás me chocando com o corpo de alguém, mas não deu tempo de fazer nada.

As coisas foram ficando cada vez mais escuras e tudo que eu pude ouvir foi um:

- Porra, Alissa!

O rosto de um homem preocupado, enquanto me segurava e tentava ajeitar seu óculos para não cair, foi a última coisa que eu consegui ver.

E eu fui me enfiando em um mar de escuridão, não sentia mais meu corpo, apenas alguém me carregando e saindo em passos rápidos.

E por fim, a total inconsciência.

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