New York
03:45 amDobro minhas roupas com extrema agilidade e as coloco embaixo do colchão. É um moletom preto para usar quando eu sair daqui escondido.
É tudo mais estranho quando você passa a olhar as pessoas por outro ângulo, não é mais o seu jeito de olhar, e sim o seu novo jeito de observar. Ter que ficar atenta a tudo e a todos ao mesmo tempo.
É uma nova forma de estar livre, andar por aí nas escondidas é até libertador.
Me deito em minha cama e fico analisando o teto, era escuro assim como a minha alma estava se tornando. Ela estava escurecendo, se tornando triste e ao mesmo tempo se revoltando com aqueles que eu mais amei.
Fui mandada observa o Dylan e aquilo doeu como se uma faca em alta temperatura tivesse fincada em meu coração.
Lucy estava lá em seu apartamento, vestindo uma camisola sexy e acariciando os ombros dele, mas eu podia ver como Dylan estava rígido, não estava se sentindo confortável e a tensão de seu corpo estava atingindo em cheio a ela.
Observava tudo pela escada de incêndio que dava em sua janela, via a cara de desgosto que ela fazia por não consegui o que não queria. Foi então que ela começou a falar e falar, posso lembrar de suas palavras até agora.
- Você tem que esquece-la. - A amargura saiu em cada palavra. - Vamos ter um filho juntos e mesmo assim não consegue entender a responsabilidade que tem.
- Eu a amo. - Ele grita. - Eu não posso esquece-la tão fácil, e eu nem sei se esse filho é meu. - Dylan foi até sua cozinha, pegou um copo e encheu com água. - Estamos falando de você grávida, não da para confiar.
Seus olhos estavam cheio de ódio, então ela simplesmente pegou um casaco grande que chegava até seus joelhos e saiu do apartamento do Dylan, batendo a porta com força.
Meu corpo doeu por vê-lo daquela forma, chorando e passando as mãos pelos cabelos.
O celular em meu bolso começa a tocar e chama a atenção dele para a janela, desesperada para não ser pega, pulo e caio de costas no chão.
A dor é enorme, mas não se compara a dor que meu coração sentia por tudo aquilo.
Me levanto com dificuldade e sentindo uma grande dor, pego o celular em meu bolso assim que ele toca novamente.
Não se iluda com essa tristeza toda, afinal não é o primeiro filho que ele tem.
A dor fica muito maior, as lágrimas querem cair, mas sou obrigada a segura-las.
Vá até a janela do Foster tem algo interessante acontecendo por lá. FOCO!
Subi as escadas de incêndio da janela do Foster e observei cada momento.
Lucy estava lá, chorando, Thomas a abraça na tentativa de consolada e eu posso vê-la sorrindo convencida daquilo que estava fazendo.
Sinto nojo.
Quero vomitar com aquela cena, Lucy queria os dois na palma da suas mãos ou talvez ela já tinha.
- Eu estou tão sozinha, não tenho em quem confiar, ninguém pode me ajudar nessa nova fase. - Ela força o choro. - Não é fácil estar grávida e ainda mais tão nova.
- Pra tudo tem um jeito. - Thomas, diz. - Você me disse que eu poderia ser o pai já que tivesse algo naquela noite e e estou disposto a assumi com a responsabilidade.
- Eu adoraria. - Ela sorri fraco de uma forma tão falsa. - Eu não esqueci aquela noite até hoje, eu não sabia que poderia me apaixonar por você dessa forma, até me assusta. - Lucy acaricia o rosto do Foster e ele apenas a observa.
Ela desabotoa o casaco e o deixa cair em seus pés, ficando com a camisola de renda preta e o salto alto na frente dele.
Seus passos são calmos e calculados, os braços dela acariciam os ombros dele que estavam expostos devido a estar sem camisa, eles se enrolam no pescoço ele e ela se aproxima dele.
Meu coração se acelera e eu sinto um desconforto passa pelo meu corpo inteiro.
- Você não tem ideia de como eu sinto falta daquela noite. - Ela sussurra próximo a boca dele.
Ele permanece ali parado, com os olhos fechados e ela aproveitar para beija-lo. Fecho meus olhos, porque eu não conseguia ver aquilo, me dava nojo.
Sinto o celular vibra no bolso da minha calça, pego e vejo que tem pelo menos duas mensagens.
Deve ser tão ruim ter o coração divididos a duas janelas.
Mantenha o foco, Alissa!!!
Sou obrigada a assisti cada detalhe, vejo quando ele a coloca na cama e sobe por cima dela, mas ele toma uma atitude no qual deixa tanto ela como a mim surpresas.
- Eu não posso. - Ele se levanta as pressas e passa as mãos pelos cabelos.
- O que aconteceu? - Lucy tenta se aproximar, mas ele não permite.
- Eu não posso fazer isso com você. - Mais uma vez ele passa as mãos pelos cabelos e suspira. - Se essa criança for minha, vou assumi a responsabilidade, mas não posso fazer isso com você sendo que tem outra pessoa na minha cabeça.
- É a Alissa? - Ela pergunto. Sinto a desprezo sair de sua boca quando cita meu nome.
Ele não diz nada, apenas balança a cabeça concordando.
Sinto meu coração bater forte, em batidas descontroladas. Aquilo havia enchido meu coração de esperança, mas eu não fazia ideia de que tipo de esperança era essa.
- Qual o problema com ela? Por que todo mundo gosta dela? O que ela tem que eu não tenho? - Ela se distância dele e pega seu casaco no chão e se veste. Seu olhar era de fúria, mas depois foi se tornando triste até que as lágrimas começaram a cair.
Rapidamente ela se retirou e eu desci as escadas, corro para a entrada principal do prédio e vejo ela saindo.
Seu rosto estava levemente levantado e ela seca as lágrimas que caiam com fúria.
O celular vibra em meus dedos e eu ligeiramente o pego.
Parece que você se enganou. Não é ela que tem os dois nas palmas das mãos e sim você.
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Clube Da Meia Noite
RandomCONTEÚDO PARA MAIORES... Ele me beijou como se fosse a ultima vez, sua lingua brincava com a minha de uma forma excitante. Suas mãos deslizavam pelo meu corpo, era como se ele quisesse mapear-me. Foi quando ele me invadiu, me dominou, me fez ir da...