Trinta e Sete.

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New York
16:27 pm

                    6 meses depois.

Um vestido vinho, um salto alto nude e uma maquiagem simples. Era assim que eu me analisava no espelho do banheiro do tribunal.

Claro que não podia usar o banheiro sem ser vigiada, não teria esse grande privilégio e para ser sincera pelas minhas condições no qual me encontrava e pela inúmeras vezes que me neguei a falar qualquer coisa sobre o caso, a minha situação só foi se apertando e dúvido que saia daqui sem no mínimo pegar de três a dez anos de cadeia.

Fui informada pela minha advogada que entre as pessoas que ali se encontravam, Alex, Samantha, Thomas e Dylan estavam presentes e se sentariam na frente porque iriam testemunham a meu favor. Lucy estava na lista daqueles que testemunharia, mas minha advogada não sabia realmente se seria contra ou ao meu favor.

Por favor me mantive a pessoa mais fria possível, quem me visse, diria que esse tempo que me mantivesse na cadeia teria me tornado a pessoa mais fria e sem coração. Porém, por dentro, eu continuava sendo aquela mesma sentimental e que havia se tornando uma garotinha perdida no meio dessa confusão.

- Alissa, vai começar daqui cinco minutos. - Vejo o rosto branco da minha advogada, ela estava vestida com um terninho preto por cima de sua camiseta lilás de botões, uma saia preta que ia até seus joelhos e um salto alto.

O olhar dela era sério como sempre, foram poucas vezes que a vi tendo algum tipo de sentimento e nessas vezes que a vi tendo um olhar diferente foi quando dizia sobre os anos que eu poderia pegar.

Me dei uma última olhada no espelho e suspirei profundamente. Me mantive com meu jeito frio e caminhei ao seu lado até dentro da sala onde seria meu julgamento.

Fui levada até uma cadeira que ficava do lado esquerdo ao do juiz. As pessoas ficavam de frente para mim, todas sentadas em seus devidos lugares, havia duas mesas de frente para mim, onde ficariam os advogados de defesa e de acusação.

Ao lado direito, tinham cerca de trinta cadeiras já ocupadas pelas testemunham.

Meu olhar correu por todas aquelas pessoas, por todos aqueles olhares que vieram até mim, mas apenas uma prendeu a minha atenção.

Thomas Foster.

Ele estava sentado ao lado de Dylan e de Samantha, não dizia nenhuma palavra, nenhum gesto e seu rosto não mostrava nenhuma reação. Porém, seu olhar dizia muita coisa. Seu olhar mostrava o quanto ele queria estar do meu lado naquele momento, era como se ele quisesse me abraçar, seu olhar tinha carinho, dor e ao mesmo tempo tinha amor.

Senti meu corpo se aquecer.

Nunca vi ele olhar para alguém daquela forma, foi tão diferente e tão único que meu coração se acelerou.

Tudo que eu desejava era poder sair dali correndo e abraça-lo, tocar seus lábios com os meus e esquecer que estávamos num tribunal.

(...)

- O falecido foi encontrado no caído nos fundos da boate. No laudo foi constatado que ele foi drogado e jogado do terceiro andar. - A advogada de acusação andava de um lado para o outro. - Nesse mesmo andar, foi pego pelas câmeras de segurança a acusada o empurrando.

- Isso é mentira, senhor juiz. - Minha advogada se levanta e eu posso ver a raiva em seu olhar.

- Por favor, deixe a acusação termina. - A voz do juiz e calma e ele diz cada palavra lentamente.

- Como eu estava dizendo, as câmeras pegaram a acusada empurrando a vítima. Outra coisa, pelas câmeras também é nítido ver que ela usava roupas íntimas e um casaco que cobria seus joelhos. Ou a senhora vai negar que usava esse tipo de roupa?

- Não, eu não nego.

- Pois bem, essa mesma roupa foi comprada em uma loja perto da boate e novamente as câmeras pegam a Alissa comprando. Para não ficar claro que era ela, entramos com um mandado de busca e encontramos a mesma roupa das câmeras em seu guarda roupa. Ou vai negar?

A advogada mostra algumas fotos para as testemunham, algumas arregalam os olhos e outras se mantém com a mesma expressão.

Logo ela trás as fotos até mim e eu fico chocada com a tamanha semelhança que á entre mim e a pessoa, mesmo que ela esteja de óculos escuros, ainda é possível haver a confusão.

- As roupas são as minhas, mas não sou eu.

- Pois bem, essa é a sua assinatura? - Ela entrega outro papel em minhas mãos e lá estava o contrato de compra da roupa e no final da folha se encontrava a minha assinatura.

- Sim, é minha.

- É só isso por enquanto. - A advogada diz sorridente e se senta em seu lugar.

Agora era a vez da minha advogada falar. Ela tinha seu corpo ereto, seu olhar rígido e uma expressão seria, mas eu sabia que por trás de tudo isso, tinha uma raiva gigantesca.

- A advogada de acusação entrou em um assunto bem interessante quando ela disse que a minha cliente empurrou a vítima do terceiro andar. - Ela sorri e vai até a mesa e pega alguns envelopes. - Aqui dentro estão alguns exames que a minha cliente fez no período de sua infância, logo que ela quebrou o braço esquerdo e justamente o braço que a pessoa que empurrou a vítima mais usou.

Ela entrega os raio-x para as testemunhas e cada um analisa atentamente.

- Onde ela mora tem moradores que tem câmeras nos portões de suas casas e através de algumas câmeras vimos que Alissa volta para casa por volta de meia e quarenta e cinco e as câmeras da boate mostram que a vítima morreu por volta de meia noite e meia. - Seu olhar era fixo na advogada de acusação.

- Ok, vamos da uma pausa. - O juiz para a sessão e se retira da sala.

Me levando e logo sou retirada de lá pela minha advogada, nos sentamos mais afastadas de todo mundo, por preferência dela, no final do corredor.

- Não precisa se irrita tanto assim, vejo que não tenho outra saida. - Digo.

- Você vê isso de uma forma e eu vejo de outra. - Ela diz. Me mantenho de quieta depois daquela resposta.

(...)

- Eu cheguei a minha conclusão, foi um debate muito interessante. - O juiz recolhe alguns papéis que estavam em cima de sua mesa e se levanta, mas no momento que ele se levanta, ouvimos gritaria ao lado de fora e um homem entra.

- Não pode entra aqui desta forma, estamos no meio de uma sessão. - Um policial tenta para-lo, mas ele olha friamente para o policial e diz algo.

- Eu sei de muita coisa que pode ajudar a Alissa nesse caso.

- Como pode ter tanta certeza? - O juiz pergunta. Ele estava alterado.

- Porque foi eu que mandei matar.

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Capítulo repostado novamente. Houve algum erro e o capítulo não tinha sido postado por completo e foi cortado as partes.

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