Quarenta e Três

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New York
00:35

Alguns meses depois.

É surpreendente como a vida nos faz pensar e repensar sobre nossas próprias atitudes. Quando pensamos que estamos fazendo algo de totalmente certo, na verdade, estamos fazendo a maior cagada de todas.

E bem... Eu estou nessa posição!

Quem sou eu na fila do pão.

A meses que não recebo uma se quer mensagem, nenhum tipo de sinal ou suspeita de quem poderia ser, as pessoas ao meu redor continuam as mesmas de todos os dias, a minha rotina parece uma bagunça no qual eu não tenho mais o controle e para ser completamente sincera, estou perdida em um mundaréu de questionamentos sobre mim mesma e sobre minhas próprias condutas.

Encaro por alguns minutos uma caixa média, na cor vermelha, delicadamente amarrada por uma fita branca, era a única mensagem que havia recebido e a mesma foi totalmente ignorada. Mas hoje, algo em mim gritava alto para ir até aquele clube novamente e eu precisava ir.

E ali estava eu, encarando por cerca de dez minutos aquela caixa, sentindo as minhas bochechas queimarem de vergonha só de imaginar usar qualquer coisa que esteja ali dentro, naquele local, onde as pessoas pareciam querer me comer viva. Por fim, tomo uma atitude por um belo pico enérgico e começo a desfazer o laço.

Me espanto ao vê um frasco de perfume, uma algema e uma máscara preta. Ao lado do perfume, um pequeno cartão no tom de rosa bebê, uma caligrafia extremamente caprichada e detalhada, tão cuidadosamente pensada ao ser escrita e tão notório que chega a ser algo fascinante.

E assim me achará, por cada detalhe!
Assim, me sentirá, quando o meu cheiro estiver pelo seu corpo.
Não somente em um momento de prazer, estamos presos um ao outro, mas pela eternidade.

Sinto meu corpo estremecer com um arrepio estranho, algo nada bom de se sentir. Tudo em mim me diz para desistir e que era uma ideia absurda, porém, a curiosidade dentro de mim estava me matando todos os dias e aquele era o momento de descobrir o que era que estava acontecendo.

Inspiro profundamente, pego a caixa em minha mãos e começo a caminhar pela minha casa em direção a porta, meus pais estavam dormindo tranquilamente depois de um dia cansativo de trabalho, por um momento até passa em minha cabeça ser a última vez que eles me vejam, já que eu estava tão disposta a enfrentar o total e completo desconhecido.

- Vamos Alissa. - Digo para mim mesma, tentando me alto encorajar.

A rua estava deserta, a cada passo que eu dava podia ouvir o barulho do meu salto contra o asfalto, vejo a sombra do meu corpo a cada movimento me seguindo, a noite não estava tão fria, porém, o vento que passava por mim era o suficiente para está me dando arrepios.

Enquanto estava me aproximando do clube, posso vê carros chegando, totalmente com seus vidros escuros. As mulheres entrando com seus sobretudos, as máscaras que cobriam parte de seus rostos trazendo um pouco de mistério e ao mesmo tempo sensualidade, como a ocasião prometia.

Me enfio no final da fila na esperança que o segurança não peça nenhum convite, pois, estava entrando totalmente de penetra. Havia quatro mulheres em minha frente, seus corpos era esculturais, bem desenhados, me sentia até uma pata desengonçada perto delas. A educação e a maneira tão sigilosa delas se expressarem me causa uma pontinha de inveja, provavelmente conseguiam entrar e sair de qualquer situação ou de lugar apenas com sutileza que tinham.

- Olha só quem veio nos visitar, Alissa. - O segurança pronuncia meu nome como se fôssemos conhecidos a tanto tempo e eu fico encarando ele sem entender absolutamente nada.

- Nos conhecemos? - Pergunto.

- Você não nos conhece, mas aqui todos nos conhecemos você. - Pisca com um olho só, me dando passagem para entrar.

Êxito por um instante em entrar, minha mente elabora tantas e tantas perguntas, mas ao mesmo tempo, sei que nada será respondido. Quem quer que comande ele, não gostará nenhum pouco que eu saiba de qualquer coisa.

Entro, começo a caminhar por um corredor que era apenas iluminado por luzes eventuais e bem no final dele, estava o salão cheio de pessoas, a música alta tocando, as mulheres se insinuavam para os homens que estavam sentados cada um em sua mesa.

Me sinto receosa, a vontade era de ir embora a todo custo, porém, eu precisava de resposta, precisava saber quem estava por trás de todos os bilhetes, de todas as perseguições e até mesmo de tudo que foi tramado contra minha vida.

E ali, era justamente onde eu iria encontra.

(...)

Eu posso te vê.
Deslumbrante seria pode prova-la neste vestido.

Sinto minhas entranhas se retorcendo, eu podia sentir meu corpo queimando em sentir o seu olhar sobre mim, procuro por um lado e não vejo nada que não seja casais dançando, olho para o outro lado e vejo apenas pessoas se pegando, entre beijos ardentes e mãos explorando cada centímetro de suas companhias.

Meu coração estava tão acelerado que eu poderia sentir ele querendo sair pela minha boca, com o celular nas mãos, começo a caminhar sem rumo nenhum até achar alguém conhecido ou alguém que possa está com um celular na mão despercebido.

E nada!

Não acho absolutamente nada!

Sinto meu celular vibrando entre meus dedos e a curiosidade me atinge de tal maneira que não penso duas vezes em olhá-lo.

Existem muitas portas fechadas, mas entre elas me encontrará.

Sem delongas saio à procura de alguma porta ou de um corredor. Os mesmos não eram algo difícil de ser achado, pois, logo as encontro, as portas naquele corredor estavam fechadas, havia casais quase transando ali encostados nas paredes. Sinto minhas bochechas queimarem em vergonha em ouvir alguns gemidos e sussurros, algo tão intimo que estavam sendo totalmente exposto sem qualquer pudor e ali bem no finalzinho do corredor estava um casal que literalmente estavam transando.

Fico estática, encaro em choque e ao mesmo tempo analisando a cada movimento, expressão e falas. O cabelo ruivo dela estava cobrindo seu rosto que aparentemente estava suado, suas mãos estavam apoiadas na parede, sua roupa estava levantada até a cintura mostrando seu corpo, sua cabeça se inclinava para trás a cada vez que ele a penetrava com firmeza.

Ele destilava tapas em sua bunda com tanto vigor que era possível ver as marcas dos seus dedos na pele dela, a mão esquerda agarrava a cabelos dela e a mão direita segurava seu pescoço enquanto ele ia penetrando rigidamente.

É possível ouvir o gemido preso na garganta do rapaz, o rosto se contraindo e cabeça dele começa a pesar para trás e parece que ali ele se desfaz.

Ela arruma seu cabelo e olha em minha direção e o choque me toma por completo. Sabia que aquela ousadia não poderia vim de qualquer pessoa, Lucy se recompõem ajeitando sua roupa e juntamente Henry ajeitando sua calça.

Vejo o olhar de deboche dela para mim, era como se ela tivesse ganhado algo, um prêmio talvez, era impossível entender naquele momento o que de fato estava acontecendo. Henry fica estático me olhando, sem qualquer reação, sua cara de prazer concluído desmancha e se forma apenas uma cara de culpa.

Eu estava perdida em pensamentos, não conseguia me mexer, sinto meu estômago se revirando, o suor frio descendo pelas minhas costas e meu corpo inteiro tremia.

- Gostou do show foi? - Ela diz me encarando. Lhe dou as costas e saio andando sem rumo.

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Gente, até que fim voltei!

Peço desculpas de coração pela demora a postar, o livro estava sendo denunciado por isso não estava conseguindo postar nada.

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